Solenidade da Assunção da Virgem Santa Maria
Neste domingo, dia 20, na Diocese de Campina Grande o dia foi
bastante intenso, com a abertura dos Jogos da Juventude pela manhã; mais
paróquias peregrinaram à Catedral para receberem a Indulgências Plenárias,
foram as Paróquias de Nossa Senhora de Fátima, do bairro da Palmeira, que
realizou uma bonita procissão conduzida pelo Pároco Padre Haroldo e o Diácono
Cláudio, e a Paróquia de Jesus Libertador, do bairro das Malvinas que veio
motivada pelo Pároco, Padre Phérikllys e o Diácono Valter.
À tarde a Diocese promoveu a Caminhada das Famílias, evento
que marcou o encerramento da Semana Nacional das Famílias. A Caminhada reuniu
centenas de fiéis que saíram da Igreja Matriz de São José, no bairro do José
Pinheiro e dirigiram-se em procissão à Catedral, também para receberem as Indulgências.
Homilia
Na homilia pregada pela manhã aos fiéis peregrinos que foram
à catedral, Dom Dulcênio, ao falar da grandeza de Nossa Senhora, explicou que
Maria é clarão da beleza de Deus. E se a reconhecemos assim, como o próprio
Deus a reconheceu, olhando para a pequenez de Sua serva, é porque, pela fé,
somos sensíveis e nos admiramos com a beleza de Deus em Maria.
“Ver Deus, contemplar a Sua beleza, contemplando-a em Maria,
a mais perfeita dentre todas as criaturas, é sinal da nossa inocência, que não
perdeu a nossa capacidade de admiração. Esta inocência, que independe de idade
cronológica, sempre é viva e fresca. Esta inocência surpreende-nos em cada vez
que contemplamos Maria, tal como nunca nos acostumamos diante dos cuidados de
nossa mãe biológica, porque nos acalma e sempre nos é uma novidade; sempre é
irrepetido por mais constante e repetitivo que seja”.
Aprofundando o tema sobre o dogma da Assunção de Maria, Dom
Dulcênio ensinou que Nossa Senhora foi eleita por Deus como arca incorruptível
para a morada divina, trazendo no seu coração e no seu ventre imaculados o
Verbo encarnado. “Uma arca singularmente adornada. É, pois, por ela, que Deus
deseja nos livrar da corrupção do pecado. Olhando para ela, não quereremos
desvirtuar o nosso olhar para o que nos constrange, para o que nos engana, nos
equivocando, pelo pecado, para uma vida errônea”, pregou.
Concluiu sua homilia matinal apontando que Deus cumulou a Sua
beleza em uma só criatura, e esta é Maria, na qual reside toda a plenitude do
bem e da graça. “Contemplar Maria é alegrar-nos. Imitar Maria é embelezá-la
ainda mais com as joias de nossa vida desejosa do Reinado do Senhor, da Sua
glória. Embelezar Maria é trazer a alegria de sermos filhos devotados ao seu
coração materno. Contemplemos e embelezemos Maria!”, pontuou.
À tarde, ao acolher às famílias que vieram em peregrinação, o
bispo disse que Celebrar o Dogma da Assunção é entender que a Igreja contempla
a inseparável relação da Virgem Maria com Cristo, morto e ressuscitado e, ao
mesmo tempo, com o povo de Deus peregrino na história, e que de Cristo é o
corpo vivo.
“Ao celebrarmos o mistério da Ressurreição e Ascensão de
Jesus Cristo junto ao Pai, já realizado plenamente em Maria, Mãe de Deus e mãe
nossa, junto com a Igreja vislumbramos nela a meta do nosso caminho, vivenciado
ainda através das provações do deserto da história, fortalecidos, porém, pela
esperança da vitória final sobre os sofrimentos e a morte; vitória esta que já
resplandece na história e no rosto de Maria Assunta”, disse.
E continuou: “Maria, por primeiro, foi assunta por graça ao
céu em alma e corpo, na integridade da sua pessoa, superando os laços da morte,
no exemplo e em solidariedade a seu filho, Jesus ressuscitado. Ela nos antecipou ao chegar à meta;
tornou-se, de tal modo, sinal certo do caminho a percorrer e do objetivo a
alcançar que nos é prometido por graça”.
Lucas, no evangelho deste domingo, descreve a visita de Maria
à sua prima Isabel nos mesmos termos de festa e alegria com os quais a arca de
Deus foi acolhida por parte do rei Davi na cidade de Jerusalém, que se torna
daquele momento em diante a “cidade santa”; assim ensinou que Maria é a
verdadeira arca da aliança enquanto, depois de ter recebido na fé e gerado na
carne o filho de Deus.
“A igreja celebra a Virgem Maria como a “Mãe de Deus” e do
seu unigênito Jesus Cristo, por ter dado ao Verbo de Deus sua própria carne.
Hoje aquela mesma carne é glorificada e acolhida na plenitude da vida de Deus.
Quando confessamos na fé que Maria foi Assunta junto de Deus em alma e corpo,
falamos da integridade da sua pessoa, com todos seus sentimentos e sua
existência humana de mulher. Ela viveu deixando-se guiar em plena obediência e
liberdade de amor pelo Espírito, que a tornou fecunda da vida mesma de Deus”.
Palavras do Padre João Paulo na Missa da tarde
O Padre João Paulo, Coordenador do Setor Vida e Família da Diocese, agradeceu a todos pelo empenho e pela bonita manifestação de fé que foi realizada na tarde deste domingo, 20, com a realização da Caminhada das Famílias; também agradeceu ao Bispo pela motivação e pelo incentivo. Por fim destacou que as famílias e todo o povo católico precisa levantar a bandeira da vida, em toda e qualquer circunstância, dizendo não a descriminalização do aborto.
Por: Ascom
Fotos: Pascom de Fátima e Jesus Libertador e João Neto (Setor Diocesano de fotos)














































