Por: Ascom Fotos: Seminarista Syllas Emanuel e Joaquim Urtiga
Fotos do Seminário: Fotos da Catedral:Quarta-feira de Cinzas: Bispo preside Missa no Seminário Diocesano e na Catedral de Campina Grande
Para os católicos celebração das cinzas tem um significado muito importante, pois traduzem a finitude humana: "Lembra-te que és pó e ao pó voltarás". Este ano, por conta da pandemia, a distribuição das cinzas ocorreu de modo diferente.
O Bispo Diocesano de Campina Grande, Dom Dulcênio Fontes de Matos presidiu a Missa da imposição das Cinzas, na manhã desta quarta-feira (17), no Seminário Diocesano, São João Maria Vianney, no bairro do Alto Branco. A Missa que reuniu apenas os seminaristas foi concelebrada pelo Padre Leandro Márcio (Reitor) e o Padre Adauto (Diretor Espiritual).
No turno da tarde, na Catedral de Nossa Senhora da Conceição, Dom Dulcênio também presidiu a Missa de Cinzas que contou com a concelebração do Padre Luciano Guedes, Vigário Geral da Diocese, com a assistência litúrgica do Diácono Ricardo Soares, e alguns seminaristas também estiveram presentes participando e auxiliando na celebração.
Este ano, devido a pandemia, a Diocese orientou por meio de uma nota Litúrgico-pastoral que as cinzas não seriam postas sobre a testa dos fiéis, ocorrendo de forma diferente, sendo despejada na cabeça do fiel sem haver contato físico.
Na homilia desta missa de cinzas, o bispo refletiu sobre a condição humana, frágil e finita, entretanto, apontou o caminho quaresmal como indispensável e representativo para chegar ao céu. De acordo com Dom Dulcênio, as cinzas dizem respeito ao futuro do homem que haverá de deixar este mundo e as suas ilusões, o que ele é, fazendo com que cuide de sua eternidade, buscando, pela oração, pela caridade e pela penitência, esmerar-se na sua santificação, já trazida por Jesus.
"As intenções desta Santa Missa de hoje para toda a Igreja não são outras, mas um franco pedido a Deus de que esta Quaresma nos seja proveitosa, repelindo as tentações e sugestões do nosso ‘eu’ e do Diabo", disse.
Dom Dulcênio falou ainda sobre as armas para o católico bem viver esta quaresma, o jejum, a caridade e a oração. Segundo o bispo, as práticas do jejum, da caridade ou esmola e da oração, confirmam o compromisso com os demais irmãos e com Deus. "Se não atendermos a essas exigências para uma justiça autêntica, há um grande risco de alimentarmos o verme da vaidade, verme que nos leva ao abismo", advertiu.
E por fim, desejou aos fiéis uma santa Quaresma e pediu que buscassem multiplicar as boas obras, atentos à oração: "Irmãos e irmãs, os exorto, nesta Quaresma que começa hoje, procurem multiplicar as boas obras e tenham um cuidado especial na oração; seja como diz no Evangelho, uma oração humilde e sem pretensões diante de Deus, comunitária, mas também pessoal, no mais recôndito de seu coração, confiante na bondade do Pai celestial e feita com verdadeiro espírito de fé. Tenham todos uma Santa Quaresma!"
A Quaresma
A Quaresma é o período de preparação para a Páscoa do Senhor que se inicia na Quarta-Feira de Cinzas e se estende até o Domingo de Ramos, uma semana antes da Páscoa. A Palavra provém do latim “Quadragésima” e significa “quarenta dias” ou, talvez mais apropriadamente, o “quadragésimo dia”. O número de quarenta dias tem um significado simbólico-bíblico: quarenta são os dias do dilúvio, da permanência de Moisés no Monte Sinai, das tentações de Jesus.
Esse tempo de penitência é bem recordado pela liturgia: as vestes e os paramentos usados são da cor roxa (no quarto domingo da Quaresma, pode-se usar o rosa, representando a alegria pela proximidade do término da tristeza, pela Páscoa); o Hino de Louvor não é recitado; a aclamação do “Aleluia” também não é feita; não se enfeitam os templos com flores; o uso de instrumentos musicais torna-se moderado, apenas sustentando o canto, etc.