Missa e Crisma marcam a terceira noite da Festa da Sagrada Família, em Campina Grande
Na noite desta terça-feira, 30 de dezembro, a Paróquia da Sagrada
Família, localizada no bairro Rocha Cavalcante, em Campina Grande, viveu um
momento de fé e alegria ao acolher o senhor Bispo Diocesano, Dom Dulcênio
Fontes de Matos, que presidiu a Santa Missa dentro da programação festiva da
comunidade. A celebração se inseriu no contexto dos festejos em honra à
padroeira, a Sagrada Família de Nazaré, ocasião marcada por grande participação
dos fiéis.
A
Missa desta noite foi marcada pela administração do sacramento da Crisma. Dom
Dulcênio crismou 46 adultos, que, após preparação catequética, assumiram
publicamente a maturidade da fé e o compromisso de testemunhar Cristo na vida e
na Igreja. Concelebraram com o bispo o Pároco, Pe. Isaías, e o Vigário Paroquial,
Pe. Gleidimar.
A
programação da festa, iniciada no último dia 28, prossegue, convidando os fiéis
a permanecerem firmes na fé, buscando inspiração no testemunho da Família de
Nazaré e confiando seus lares à proteção da Sagrada Família, padroeira e guia
espiritual da comunidade.
Homilia
Dom Dulcênio recordou que nossa fé tem uma razão: Jesus perdoou
nossos pecados e nos conduziu à salvação. A partir da 1ª Carta de São João,
somos chamados a não amar o que passa, mas a colocar nossa esperança naquilo
que vem de Deus, permanecendo fiéis ao Evangelho.
“A primeira leitura... nos coloca diante da razão de nossa fé: “os
nossos pecados foram perdoados por meio do nome de Jesus”. Alcançamos a
salvação por meio do Filho unigênito, que se encarnou e nos levou à redenção
pelo evento da Cruz. Na verdade, São João nos exorta a ser coerente com o
exemplo deixado por Jesus: “Não ameis o mundo nem o que há no mundo” (v.15). As
realidades mundanas passam, mas não passam as realidades que vêm de Deus”, disse.
No
Evangelho, a figura da profetisa Ana inspira todos os cristãos. Mulher de
oração, penitência e testemunho, ela representa não só consagrados, mas também
leigos que, em seu cotidiano, evangelizam com atitudes e santificam o mundo com
a vida.
“Ana, pois, pode ser uma figura não só do religioso ou da
religiosa consagrados a Deus e à ação apostólica da Palavra ou da caridade, mas
também pode encarnar a figura do leigo comprometido que, com o testemunho de
sua palavra, anuncia profeticamente a evangelização em seus ambientes temporais
e com o testemunho de sua vida santifica e sobrenaturaliza toda atividade
humana, pois Ana prestava um culto constante com a prática da oração e a vida
de penitência”.
Aos
crismandos, Dom Dulcênio explicou que a graça recebida no Batismo cresce com
nossos atos de fé. Assim como Jesus “crescia em graça”, também cada cristão
deve cooperar com o Espírito Santo. A Crisma, portanto, é o sacramento da
decisão por Cristo, da maturidade e da responsabilidade na fé.
“Amados crismandos e crismandas, por meio do batismo, falo a cada
um em particular, sua alma recebeu a graça de Deus, que permaneceu em você,
esperando que, com o seu desenvolvimento físico, intelectual e espiritual, você
tomaria consciência dessa graça que existe em sua pessoa e com o seu esforço
pessoal, ajudado pela moção do Espírito Santo de Deus, essa graça se tornaria
em você cada dia mais consciente, mais crescente e mais difundida”, explicou.
Por fim, o bispo afirmou que ser crismado é assumir um papel na
Igreja. Pelo sacramento, o fiel participa da missão da Diocese e é chamado a
servir. Como ensina o Concílio Vaticano II, os leigos têm parte real na missão
salvífica da Igreja.
“Quem é crismado é como chamado, vocacionado por seu Bispo, para
desempenhar um serviço ou ministério na Igreja. O Vaticano II, na Lumen
Gentium, no número 33, diz: “O apostolado dos leigos é participação na própria
missão salvífica da Igreja. A este apostolado todos são destinados pelo Senhor
através do batismo e da confirmação”. Portanto, amados crismandos, chegou a
hora de vocês definirem a vossa vocação dentro da sua Igreja Particular”,
findou.
Por: Ascom
Fotos: Pascom Paroquial














