Dom Francisco Gabriel Preside Missa Solene de Nossa Senhora da Conceição
Oito de dezembro, dia da Imaculada Conceição, padroeira da Diocese
de Campina Grande. Na manhã desta segunda-feira, foi celebrada a tradicional
Missa Solene em honra a Nossa Senhora da Conceição, presidida por Dom Francisco
Gabriel, Bispo da Diocese de Cajazeiras. A celebração também contou com a
participação de seu irmão no episcopado, Dom Dulcênio Fontes de Matos, Bispo
Diocesano de Campina Grande, além de Padres, diáconos, seminaristas,
religiosos, religiosas e centenas de fiéis que lotaram a Catedral. Em clima de
união e profunda fé, a celebração destacou a devoção mariana como expressão de
confiança em Maria, Mãe da Esperança.
Em sua saudação inicial, Dom Dulcênio acolheu Dom Francisco
Gabriel, destacando que ele também compartilha a solenidade como filho da
terra, por ser natural da Paróquia de Esperança, município pertencente à
Diocese de Campina Grande. Ainda em suas palavras, Dom Dulcênio agradeceu a
presença dos sacerdotes e a expressiva participação dos fiéis, que se reuniram
para render graças a Deus pela intercessão da Imaculada Conceição, celebrada
como modelo de pureza, entrega e esperança cristã.
Ao final da celebração, Dom Francisco Gabriel expressou gratidão
pela acolhida fraterna, pelo convite de Dom Dulcênio e por Padre Luciano
Guedes, Pároco da Catedral, destacando a alegria de presidir, pela primeira vez
como bispo, uma Santa Missa na Catedral Diocesana, neste dia solene.
Homilia
Dom Gabriel expressou gratidão recordou sua trajetória vocacional,
iniciada como leigo na Paróquia de Nossa Senhora do Bom Conselho, em Esperança.
Regressar para pregar na festa da padroeira, disse ele, é um marco espiritual e
sinal da graça que une novamente sua história à vida da Igreja.
“Estar aqui e oferecer uma palavra à luz da Liturgia desta
Solenidade da Imaculada Conceição, é sem dúvida, um marco espiritual na minha
vida cristã; por essa possibilidade, minha gratidão ao nosso bispo diocesano,
Dom Dulcênio. Sou filho desta diocese a qual servi durante minha mocidade, como
membro evangelizador leigo nas pastorais da paróquia de Nossa Senhora do Bom
Conselho de Esperança”, iniciou sua pregação.
Como Adão, a humanidade assume o medo, a culpa e a
autossuficiência, rompendo a harmonia original. Porém, o bispo lembrou, pelo
seio de Maria nasce Cristo, o Bom Pastor que restitui a vida, a paz e a amizade
com Deus.
“Medo e vergonha são aqui sinais de culpa por ter pela
desobediência seguido um caminho não proposto pelo Criador, com isso, houve
ruptura de uma aliança cujo bem era a serenidade, a paz, a segurança e a vida
plena. O que em Cristo, o Bom Pastor (Jo 101,10), pelo seio virginal da
Imaculada Conceição será restituído”, disse.
A liturgia recorda que fomos escolhidos para sermos santos e
colaboradores do Reino. A Imaculada Conceição revela esse caminho, sendo modelo
de vida aberta à graça. Maria, preservada do pecado, inspira-nos a viver sem egoísmo
e sem autossuficiência.
“Fomos outra vez despertados pelo desejo de santidade, mirando a Imaculada
Conceição de Maria, que preservada de toda culpa, é modelo inequívoco da
misericórdia do Senhor, que a todos alcança. Da ação redentora de Cristo
nasceu, um homem novo, capaz de um novo de relacionamento com Deus, com os outros
homens e com toda a criação, não marcado pelo egoísmo, pelo orgulho, pela
autossuficiência, mas marcado pelo amor e pelo dom da vida”, pregou.
Ao concluir, o bispo ressaltou que Maria é testemunha da esperança
que não decepciona. Mesmo aos pés da cruz, permaneceu confiante. No Ano
Jubilar, somos chamados a caminhar como peregrinos da esperança, certos de que
Deus continua agindo em favor de seu povo.
“Estamos celebrando o Jubileu como peregrinos de esperança. Nas
palavras do Papa Francisco, Jubileu é entrelaçamento de esperança e paciência
que mostra que a vida cristã é um caminho, que precisa de momentos fortes para
nutrir e robustecer a fé cristã. [...] Assim motivados, ergamos a cabeça,
fiquemos em pé e de prontidão, pois no meio das desilusões e dos sofrimentos,
da finitude e do pecado, dos medos e dos dramas, não esqueçamos que somos
filhos amados de Deus, a quem Ele oferece continuamente a vida definitiva, a
verdadeira felicidade.
Por:
Ascom
Fotos: Pascom Diocesana (Joaquim Urtiga)
























