Dom Dulcênio Preside Missa e Crisma na Paróquia de Esperança

Postado em 07/12/25 às 00:077 minutos de leitura49 views

Na noite deste sábado, 6 de dezembro, o Bispo Diocesano de Campina Grande, Dom Dulcênio Fontes de Matos, presidiu a Santa Missa com o rito da Crisma na Paróquia Nossa Senhora do Bom Conselho, na cidade de Esperança. Ao todo, 155 adultos receberam o sacramento da Confirmação.

Dom Dulcênio foi calorosamente acolhido pelos crismandos, padrinhos, familiares e toda a comunidade paroquial, que se reuniu para testemunhar este momento especial. A celebração contou com a presença do Pároco, Pe. Evanilson Souza, e do Vigário Paroquial, Pe. João de Deus, que concelebraram a Eucaristia e destacaram a importância da presença do Bispo, sublinhando que ele confirma na fé não somente aos crismados, mas toda a comunidade presente. O Diácono Maurício deu assistência litúrgica.

A Eucaristia marcou o Segundo Domingo do Advento, tempo em que a Igreja se prepara para a vinda do Salvador. Em sua homilia, Dom Dulcênio refletiu sobre “As Virtudes do Batista”, apresentando São João Batista como modelo de conversão, humildade e alegria para os cristãos, especialmente para aqueles que, ao receberem a Crisma, assumem com maturidade sua responsabilidade missionária na vida da Igreja.

Assim, o bispo destacou a centralidade de São João Batista na preparação para o Natal. Ele é o profeta anunciado pelas Escrituras, reconhecedor do Messias e testemunha que aponta o Senhor como “o Cordeiro de Deus, que tira o pecado” (Jo 1,29).

Não podemos passar pelo Tempo do Advento sem notarmos a presença e o testemunho de São João Batista, “o maior dentre os nascidos de mulher” (Lc 7,28). Este Profeta, apresentado por São Mateus no Evangelho de hoje, o único a reconhecer e apontar o Senhor, alcunhando-O “Cordeiro de Deus, que tira o pecado” (Jo 1,29) é tão especial que, a seu respeito, existem algumas profecias, incluindo a rememorada hoje: “Esta é a voz que grita no deserto: preparai o caminho do Senhor, endireitai suas veredas” (Is 40,3; Mt 3,3)”, destacou inicialmente.

A voz de João não se refere a si mesma, mas ao Verbo. Por isso arrasta multidões, pois não é ruído vazio, mas anúncio que toca a vida. Santo Agostinho lembra: “a voz sem palavras ressoa ao ouvido, mas não alimenta o coração”. Não é simples curiosidade religiosa que leva tantos ao deserto.

“João, chamado voz, somente possui conteúdo por causa do Verbo que anunciava, pois, como bem disse Santo Agostinho: “João era a voz passageira, Cristo, a Palavra eterna desde o princípio. Suprimi a palavra, o que se torna a voz? Esvaziada de sentido, é apenas um ruído. A voz sem palavras ressoa ao ouvido, mas não alimenta o coração” (Sermo 293). É por isso que, unanimemente, os Evangelistas dizem que multidões acorriam ao deserto para serem batizadas por João, tal como escutamos há pouco”.

No Advento, essa voz nos convida à conversão verdadeira. João exigia atitudes concretas, e não aparências. Aproximar-se do Messias exige decisão e mudança de vida, e não gestos superficiais. Dom Dulcênio recordou que a fé, sem transformação interior, torna-se indiferente e sem força testemunhal.

“Era João quem os denunciava: “Raça de cobras venenosas, quem vos ensinou a fugir da ira que vai chegar? Produzi frutos que provem a vossa conversão. […] O machado já está na raiz das arvores, e toda arvore que não der bom fruto será cortada e jogada no fogo” (Mt 3,7-8.10), conquistando, dessa forma, o desafeto dos grandes, de muitos fariseus e saduceus e até dos palacianos de Herodes”, trouxe.

Por fim, João nos ensina humildade e alegria na espera. Seu desapego e vida simples revelam liberdade interior e prontidão para Deus. Como “amigo do Esposo” (Jo 3,29), ele espera com júbilo, não com amargura. Assim, o Bispo aponta três atitudes essenciais para o Advento: conversão, humildade e alegria.

“O cristão, como João, é marcado pela espera. Entretanto, não devemos esperar amargurados. Ansiosos para que se completem as promessas do Senhor que vem, não estejamos tristes, ainda que das agruras pelo preço que a espera exige de nós. Conversão, humildade e alegria. Estes três elementos dirão – e muito – acerca da nossa preparação, da nossa vigilância. Que, pois, trabalhemos em nós tais valores que nos facilitam receber o Senhor que está às portas deste mundo para levar-nos Consigo”, findou.

Por: Ascom
Fotos: Pascom Local



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