Dom Dulcênio Preside Missa e Crisma na Paróquia de Esperança
Na
noite deste sábado, 6 de dezembro, o Bispo Diocesano de Campina Grande, Dom
Dulcênio Fontes de Matos, presidiu a Santa Missa com o rito da Crisma na
Paróquia Nossa Senhora do Bom Conselho, na cidade de Esperança. Ao todo, 155
adultos receberam o sacramento da Confirmação.
Dom
Dulcênio foi calorosamente acolhido pelos crismandos, padrinhos, familiares e
toda a comunidade paroquial, que se reuniu para testemunhar este momento
especial. A celebração contou com a presença do Pároco, Pe. Evanilson Souza, e
do Vigário Paroquial, Pe. João de Deus, que concelebraram a Eucaristia e
destacaram a importância da presença do Bispo, sublinhando que ele confirma na
fé não somente aos crismados, mas toda a comunidade presente. O Diácono Maurício deu assistência litúrgica.
A
Eucaristia marcou o Segundo Domingo do Advento, tempo em que a Igreja se
prepara para a vinda do Salvador. Em sua homilia, Dom Dulcênio refletiu sobre
“As Virtudes do Batista”, apresentando São João Batista como modelo de conversão,
humildade e alegria para os cristãos, especialmente para aqueles que, ao
receberem a Crisma, assumem com maturidade sua responsabilidade missionária na
vida da Igreja.
Assim,
o bispo destacou a centralidade de São João Batista na preparação para o Natal.
Ele é o profeta anunciado pelas Escrituras, reconhecedor do Messias e
testemunha que aponta o Senhor como “o Cordeiro de Deus, que tira o pecado” (Jo
1,29).
Não
podemos passar pelo Tempo do Advento sem notarmos a presença e o testemunho de
São João Batista, “o maior dentre os nascidos de mulher” (Lc 7,28). Este
Profeta, apresentado por São Mateus no Evangelho de hoje, o único a reconhecer
e apontar o Senhor, alcunhando-O “Cordeiro de Deus, que tira o pecado” (Jo
1,29) é tão especial que, a seu respeito, existem algumas profecias, incluindo
a rememorada hoje: “Esta é a voz que grita no deserto: preparai o caminho do
Senhor, endireitai suas veredas” (Is 40,3; Mt 3,3)”, destacou inicialmente.
A
voz de João não se refere a si mesma, mas ao Verbo. Por isso arrasta multidões,
pois não é ruído vazio, mas anúncio que toca a vida. Santo Agostinho lembra: “a
voz sem palavras ressoa ao ouvido, mas não alimenta o coração”. Não é simples
curiosidade religiosa que leva tantos ao deserto.
“João,
chamado voz, somente possui conteúdo por causa do Verbo que anunciava, pois,
como bem disse Santo Agostinho: “João era a voz passageira, Cristo, a Palavra
eterna desde o princípio. Suprimi a palavra, o que se torna a voz? Esvaziada de
sentido, é apenas um ruído. A voz sem palavras ressoa ao ouvido, mas não
alimenta o coração” (Sermo 293). É por isso que, unanimemente, os Evangelistas
dizem que multidões acorriam ao deserto para serem batizadas por João, tal como
escutamos há pouco”.
No
Advento, essa voz nos convida à conversão verdadeira. João exigia atitudes
concretas, e não aparências. Aproximar-se do Messias exige decisão e mudança de
vida, e não gestos superficiais. Dom Dulcênio recordou que a fé, sem
transformação interior, torna-se indiferente e sem força testemunhal.
“Era
João quem os denunciava: “Raça de cobras venenosas, quem vos ensinou a fugir da
ira que vai chegar? Produzi frutos que provem a vossa conversão. […] O machado
já está na raiz das arvores, e toda arvore que não der bom fruto será cortada e
jogada no fogo” (Mt 3,7-8.10), conquistando, dessa forma, o desafeto dos
grandes, de muitos fariseus e saduceus e até dos palacianos de Herodes”,
trouxe.
Por
fim, João nos ensina humildade e alegria na espera. Seu desapego e vida simples
revelam liberdade interior e prontidão para Deus. Como “amigo do Esposo” (Jo
3,29), ele espera com júbilo, não com amargura. Assim, o Bispo aponta três
atitudes essenciais para o Advento: conversão, humildade e alegria.
“O cristão, como João, é marcado pela espera. Entretanto, não
devemos esperar amargurados. Ansiosos para que se completem as promessas do
Senhor que vem, não estejamos tristes, ainda que das agruras pelo preço que a
espera exige de nós. Conversão, humildade e alegria. Estes três elementos dirão
– e muito – acerca da nossa preparação, da nossa vigilância. Que, pois,
trabalhemos em nós tais valores que nos facilitam receber o Senhor que está às
portas deste mundo para levar-nos Consigo”, findou.
Por:
Ascom
Fotos: Pascom Local




















