Dom Dulcênio Preside a Décima Noite do Novenário em Serra Branca
Seguindo
a agenda de celebrações preparatórias para a festa de Nossa Senhora da
Conceição nas Paróquias da Diocese de Campina Grande, o Bispo Diocesano, Dom
Dulcênio Fontes de Matos, presidiu, nesta sexta-feira, 5, a Santa Missa na
Paróquia de Serra Branca, cuja padroeira, a Imaculada Conceição, está sendo
celebrada desde o último dia 29 de novembro. A programação segue até o dia 8 de
dezembro, quando a comunidade celebrará solenemente a festa da padroeira.
A
celebração presidida por Dom Dulcênio marcou a décima noite do novenário,
reunindo a comunidade paroquial em devoção à Virgem Maria. A Eucaristia foi
concelebrada pelo Pe. Joselito, Pároco, e pelo Pe. Naelson, Vigário Paroquial,
que, junto aos fiéis, manifestaram alegria pela presença do pastor diocesano.
Homilia
Dom
Dulcênio refletiu que Isaías anuncia um tempo novo, em que Deus fará justiça e
transformará a dor em vida. Os cegos verão, os surdos ouvirão e o mal perderá
sua força. Essa promessa exige confiança perseverante no Senhor.
“O
trecho de Isaias lido hoje nos aponta o tempo em que as obras do Senhor se
completarão: Vimos, no texto, certa expectativa messiânica. O profeta aponta
algumas características deste tempo: os surdos ouvirão, os cegos verão e
alegrar-se-ão os humildes. Além disso, fracassará o prepotente, desaparecerá o
trapaceiro e sucumbirão os malfeitores. A confiança em Deus e a perseverança em
seus caminhos nos conduzem ao “Dia do Senhor”, no qual todas as coisas mudarão
para melhor”, iniciou.
No
Evangelho, Jesus confirma essa esperança ao curar os cegos que o chamam de
“Filho de Davi”. Antes do milagre, pede a eles a fé: “Acreditais que eu posso
fazer isto?”. O bispo destacou que Cristo não se limita a expectativas humanas,
mas revela o Messias que age pela misericórdia.
“Este
título era, entre os judeus contemporâneos de Jesus Cristo, comum para designar
o Messias que todos esperavam, e se fundamentava nas antigas previsões, nas
quais se descreve o Messias como outro Davi, ou como descendência que Deus há
de suscitar a Davi; assim diz Javé em Jeremias 23,5 “Dias virão-oraculo do
Senhor- em que farei brotar de Davi um rebento justo”. No entanto, Jesus Cristo
aceita-o com reservas, porque implicava uma concepção humana do Messias, e
prefere o misterioso título de “Filho do Homem’”, destacou.
Quando
Jesus toca os olhos dos cegos, mostra que sua humanidade cura e restaura.
Também nós precisamos deixar Deus abrir nossos olhos para as coisas
espirituais. Somente quem confia e persevera na oração consegue ver a ação de
Deus.
“Jesus
tocou os olhos dos cegos e no mesmo instante enxergaram. Frequentemente os
evangelistas descrevem Cristo tocando os enfermos, enquanto os cura. [...] Hoje
também, uns mais e outros menos, todos necessitamos que se abram nossos olhos,
frequentemente, ou se fecham ou encontram dificuldade para as coisas do
Espírito. E O Senhor nos adverte noutro lugar da Sagrada Escritura que, para
ver as coisas de Deus, é necessário ter coração confiante (Sl 26,3-4)”.
Refletindo
sobre a figura de Maria, Dom Dulcênio lembrou que ela foi escolhida por Deus
para o plano da Salvação. Humana como nós, mas preservada do pecado, pôde dizer
“sim” com total liberdade e preparar-se para ser a Mãe do Salvador.
“A
seu tempo, Maria foi concebida para exercer em papel fundamental na História da
Salvação, pois acolheu e acompanhou, passo a passo, a missão de seu Filho,
nosso Salvador e Redentor. Embora elevada por Deus à condição de mais excelsa
de todas as criaturas, nossa Mãe é tão humana quanto cada um de nós. Ela é da
nossa raça que, infelizmente, inaugurou com o pecado a própria história de
“degradados filhos de Eva”, disse.
Por
fim, destacou que Maria nunca conheceu remorso ou oposição à vontade divina,
pois nada nela esteve separado da graça. Por isso é Santíssima: sua liberdade
escolheu o bem de forma plena, tornando-se modelo para toda a Igreja.
“Nós
a chamamos Santíssima, porque nada houve nela que não fosse santo, desde um
gesto, uma atitude ou uma oração que fizesse. A presença do Espírito Santo lhe
garantia a plenitude da graça. Sempre se sentiu impulsionada ao bem,
evidentemente, praticando-o por opção própria, porque Deus age pelos estímulos
da graça, porém, dentro da liberdade que Ele mesmo nos proporciona e, a ela, de
maneira extraordinária”, findou.
Por: Ascom
Fotos: Pascom Paroquial






























