Paróquia de Santa Cecília celebra sétima noite do novenário com Crisma

Postado em 19/11/25 às 23:077 minutos de leitura9 views

A Paróquia de Santa Cecília viveu, na noite desta quarta-feira, 19 de novembro, mais um forte momento de espiritualidade dentro do novenário em honra aos seus padroeiros, São Severino e Santa Cecília, Mártires. A sétima noite da festa foi marcada pela celebração do Sacramento da Crisma, quando 35 adultos receberam a confirmação da fé.

A Eucaristia foi presidida por Dom Dulcênio Fontes de Matos, Bispo Diocesano de Campina Grande, que também administrou o sacramento. Nos instantes iniciais da celebração, o Pároco, Frei Givaldo, acolheu o Bispo com gratidão e alegria, destacando a importância deste momento para toda a comunidade, que se alegra duplamente: pela presença do seu Pastor no novenário e pela maturidade de fé daqueles que hoje deram mais um passo na vida cristã.

Dom Dulcênio agradeceu a acolhida fraterna e dirigiu-se especialmente aos crismandos, encorajando-os a permanecer firmes na fé. Inspirado pelo Evangelho do dia, exortou-os a cultivar os dons recebidos de Deus, colocando-os a serviço do bem e deixando-os florescer na comunidade e na vida pessoal.

Homilia

Dom Dulcênio destacou que a liturgia nos chama à perseverança e à fidelidade na forma como administramos os dons concedidos por Deus. A verdadeira diferença, afirmou, está no modo como cada pessoa faz frutificar aquilo que recebeu, colocando seus talentos a serviço do bem.

“Uns tem mais, outros tem menos, de acordo com a capacidade de cada um, diz Jesus. Mas todos, indistintamente, recebemos de Deus bens para administrar. A diferença está na maneira como cada um administra esses bens preciosos. Um multiplicam os seus dons e talentos, partilhando-os com os demais. Outros enterram ou guardam suas preciosas moedas e elas se desvalorizam, isto é, perdem a razão de ser. Cabe a nós perguntarmo-nos: Estamos investindo nossos talentos ou estamos guardando-os?”, destacou.

Ao comentar a parábola do Evangelho, o bispo lembrou que o tempo da ausência de Cristo não é momento de comodidade, mas de empenho na construção do Reino. Cada discípulo é chamado a usar os talentos recebidos para produzir frutos, evitando a negligência e a omissão, atitudes que levam à perda das graças.

“Jesus quer ensinar-nos que o tempo de sua ausência, até que ele volte na Parusia, não é tempo de descanso ou de inatividade, mas é tempo de trabalhar e de atividade no sentido de construir o Reino de Deus. O Senhor dota seus discípulos com tipos diferentes de talentos; coloca-os neles, para que entreguem a um trabalho eficiente e duradouro, evitando o mal e praticando o bem em tudo”, disse.

Dom Dulcênio também ressaltou o sentido escatológico da parábola, recordando que Cristo voltará e pedirá contas de nossa resposta às graças concedidas. Por isso, o fruto das boas obras deve ser visto com humildade, reconhecendo que tudo vem de Deus, ainda que exija esforço pessoal.

“O fruto de nossas obras não é nosso, mas de Deus, vem de Deus, é dado por Deus; o fruto se deve total e absolutamente à graça de Deus; mas nosso trabalho e esforço pessoal são condições que o Senhor exige, para que ele dê o fruto. Daí que nós não possamos vangloriar-nos ou envaidecer-nos pelo fruto que, com nosso trabalho apostólico, se tenha podido conseguir”.

Por fim, o bispo convidou os fiéis a examinar como têm correspondido à graça, lembrando que a fidelidade exige sacrifício, mas é amplamente recompensada. Assim, cada cristão é chamado a investir seus talentos com generosidade, consciente da responsabilidade que acompanha os dons recebidos.

“Meus irmãos, não há dúvidas de que corresponder à graça de Deus supõe esforço e sacrifícios. No entanto, serão muito bem recompensados pelos prêmios que o Senhor reserva aos que permanecerem fiéis. Portanto, falo para mim mesmo, para todos e cada um em particular. Examine-se para averiguar se sua correspondência à graça está de acordo com a graça recebida, e não esqueça as palavras de Jesus que São Lucas nos oferece: “Porque, a quem muito se deu, muito se exigirá” (Lc 12,48)”, findou.

Por: Ascom
Fotos: Pascom Paroquial



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