Encontro Diocesano da Pastoral Familiar reúne agentes em Campina Grande
A
Comissão Diocesana para a Vida e Família
realizou, neste domingo (9), o Encontro Diocesano da Pastoral Familiar, com o tema “Da Familiaris Consortio à Amoris Laetitia: uma caminhada sinodal
da Pastoral Familiar”. O encontro aconteceu no Centro Diocesano Dom Luís Gonzaga Fernandes,
no bairro José Pinheiro, em Campina Grande, reunindo cerca de 160 agentes pastorais de todas
as foranias e paróquias da Diocese de Campina Grande.
O encontro teve como propósito fortalecer a formação, comunhão e missão dos
agentes que atuam na evangelização das famílias, por meio de palestras, momentos de espiritualidade,
partilhas e diálogo. Foi um espaço de escuta e de integração,
marcado pela vivência do espírito sinodal proposto pela Igreja.
A programação foi conduzida pelo Diácono Anchieta Araújo, Assessor Eclesiástico
da Comissão Vida e Família, junto à sua equipe diocesana. Também participaram
os Padres Ednaldo, da Paróquia São
Francisco de Assis, no bairro do Cruzeiro, e João Paulo, da Paróquia Nossa Senhora das
Mercês, em Cuité, que ministraram palestras e reflexões sobre a missão da
família cristã no mundo atual.
O casal Geovaneto e Juliana, Coordenadores Regionais da
Pastoral Familiar do Regional Nordeste 2 da CNBB, e natural de Campina
Grande, também marcou presença, partilhando experiências e incentivando os
casais e agentes a perseverarem na caminhada de fé e serviço.
O
Bispo Diocesano, Dom Dulcênio Fontes de Matos,
também esteve presente no encontro e presidiu a missa de encerramento do
encontro. Ele destacou a importância da família como igreja doméstica e base da vida cristã, e
encorajou todos os participantes a continuarem anunciando o Evangelho no seio
das famílias e na sociedade.
Homilia
Inspirado
na visão de Ezequiel, o bispo mostrou que o rio que nasce do Templo representa
a graça que flui de Cristo e da Igreja, levando vida a toda parte. A Igreja é o
canal dessa graça que fecunda o mundo e faz crescer frutos espirituais em todos
os tempos.
“Como
poderíamos medir ou quantificar o bem produzido pelos cristãos ao longo destes
dois milênios, se a Graça de Deus transmitida a eles pela Igreja através dos
Sacramentos age neles? Nossa vida só frutifica e remedia o mundo se estamos
fincados na Igreja, Corpo Místico de Cristo”, trouxe inicialmente.
O
sangue e a água que brotaram do peito de Cristo no Calvário manifestam o
nascimento da Igreja. É dela que vêm os sacramentos, que restauram e renovam os
fiéis. Assim, a Igreja continua a missão de Cristo, fazendo brotar vida onde há
secura e morte.
“É
do peito aberto do Senhor que nasce a Igreja, que, por ser Sacramento de
Cristo, congrega, revitaliza a vida de tantos quantos estão mortos,
ressequidos, cujas ramagens estão secas. E como isto acontece senão pelos sete
sacramentos simbolizados no sangue e na água que irromperam do Crucificado, do
Verdadeiro Templo de Deus?”.
Pela
ação do Espírito, cada cristão também se torna templo vivo de Deus. Edificados
sobre Cristo, a pedra angular, somos chamados à santidade. Estar unidos à
Igreja é permanecer firmes na fé e na comunhão que sustentam o Corpo de Cristo.
“Nós
também somos habitação de Deus pelo Espírito que age e mora em nós. Esta é a reflexão da Segunda Leitura. A Igreja,
por sua prática sacramental, infunde em nós esta condição de santuário de Deus,
alicerçados em Cristo – que também nos é pedra angular, pedra de amarração da
construção que somos nós”, pregou.
Por
fim, Dom Dulcênio recordou que Jesus purificou o templo e convidou cada fiel a
purificar o coração. O zelo pela casa de Deus deve inspirar cuidado com a
igreja de pedra e com o templo interior da alma.
“Do
mesmo modo como tu entras nesta igreja, assim quer Deus entrar em tua alma,
conforme prometeu: E habitarei e andarei entre eles (cf. Lv 26,11.12)”. Que
esta festa hoje celebrada nos encha de zelo para cuidarmos da propriedade de
Deus neste mundo: a Igreja, habitação interior de Deus, que somos nós; e a
igreja-edifício, sublime casa onde nos reunimos para nos nutrir dos Sacramentos
e da Palavra de Deus pela fé, e para a reunião dos crentes em Jesus”, terminou.
Por: Ascom
Fotos: Alexandre Marques
























