Na festa da Dedicação da Basílica do Latrão, Diocese celebra o Dia Mundial dos Pobres
A
Diocese de Campina Grande
celebrou, neste domingo (9), o Dia Mundial dos Pobres. A comemoração aconteceu no Santuário da Divina Misericórdia,
localizado no bairro dos Cuités, reunindo moradores da região e diversas pastorais sociais que se uniram
para oferecer um momento de acolhida, lazer e espiritualidade.
O Dia Mundial dos
Pobres é celebrado pela Igreja no próximo domingo, 16 de novembro. No entanto, a
Diocese de Campina Grande antecipou a comemoração, uma vez que, no próximo
domingo, as pastorais sociais participarão
de sua peregrinação jubilar até a Catedral,
dentro das celebrações do Jubileu da Esperança.
Como acontece todos os anos, a ação foi voltada especialmente às
famílias em situação de vulnerabilidade. A programação incluiu um café da manhã
partilhado, atividades recreativas para as crianças e um almoço comunitário; a ação beneficiou mais de 600 pessoas. O
gesto concreto de caridade reforçou o compromisso da Igreja com a dignidade dos
necessitados, em sintonia com o apelo do Papa Francisco, que instituiu este dia como um chamado
à atenção e ao amor pelos mais pobres.
Ainda pela manhã, foi celebrada na capela do santuário a Santa Missa presidida por Dom Dulcênio Fontes
de Matos, Bispo Diocesano, e concelebrada pelo Reitor do
Santuário, Padre Paulo Sérgio. Também
participaram os Diáconos Eduardo e Cazuza, este último Assistente Eclesiástico das
Pastorais Sociais. A celebração, que reuniu centenas de fiéis de várias
paróquias e comunidades, coincidiu com a liturgia da festa da Dedicação da Basílica de São João de Latrão,
destacando o sentido de comunhão e serviço que une toda a Igreja.
Durante
a missa, os seminaristas Allan Pereira e Miguel Rocha realizaram a profissão de fé e o juramento de fidelidade,
etapas que antecedem a ordenação diaconal, marcada para o próximo dia 12 de dezembro. O seminarista Mike Everson, que também será
ordenado diácono, fez o mesmo rito na Paróquia de Nossa Senhora das Dores, em Monteiro. O momento foi de
alegria e gratidão pela vocação e pelo testemunho de serviço desses futuros
ministros da Igreja.
Homilia
Dom
Dulcênio convidou os fiéis a refletirem sobre a santidade da Igreja e a própria
vocação à santidade. A liturgia recorda que a Igreja é Esposa, Templo e Corpo
de Cristo, edificada sobre Ele e habitada pelo Espírito.
“Como
é rica a Liturgia de hoje em alusão a Cristo e a Sua Igreja! Esposa (cf. Ap
21,2), Templo (cf. Ez 4,1), Cidade de Deus e morada do Altíssimo (cf. Sl 45,5),
cidade santa (cf. Ap 21,2), construção e santuário de Deus (cf. 1Cor 3,9c.16).
E tudo isso porque é a Igreja o Corpo do Senhor (cf. Jo 2,19.21); por estar ela
Nele alicerçado (cf. 1Cor 3,11)”, iniciou sua reflexão.
O bispo destacou que somos “santuário de Deus” (1Cor 3,16), e que
a santidade da Igreja se reflete no modo de viver de seus membros. Assim, cada
cristão deve cuidar para não profanar esse templo interior pelo pecado,
permanecendo unido à Cabeça, que é Cristo.
“A
esta santidade da Igreja, como filhos seus, não somos indiferentes: porque a
santidade da Igreja, assim como refulge a da sua Cabeça-Cristo, deve ser
refulgida pela santidade de seus membros; ou seja: pela nossa eximiedade de
procedermos bem, de acordo com o projeto de Deus. [...] Para tanto, exorta-nos
a que não procedamos diferentemente da Cabeça e Fonte da santidade da Igreja”,
destacou.
A homilia também lembrou a imagem do rio que brota do templo (Ez
47), símbolo das graças que jorram do coração de Cristo pela Igreja. Mesmo
composta por pecadores, ela é santa porque vive da graça do Senhor e tem em si
o poder de santificar, como ensinou São Paulo VI.
“A
Igreja é santa, mesmo tendo pecadores em seu seio, pois não possui outra vida
senão a da graça: é vivendo de sua vida que seus membros se santificam; é
subtraindo-se à vida dela que caem nos pecados e nas desordens que impedem a
irradiação da santidade dela. É por isso que ela sofre e faz penitência por
essas faltas, das quais tem o poder de curar seus filhos, pelo sangue de Cristo
e pelo dom do Espírito Santo” (Credo do Povo de Deus, 19)”, citou.
Dom
Dulcênio concluiu recordando que a santidade deve brilhar dentro e fora dos
templos. O cuidado com a casa de Deus e o respeito às celebrações revelam a fé
viva de quem é Igreja. Citando São Bernardo, o bispo lembrou que o verdadeiro
esplendor da Igreja é a santidade de seus filhos.
“Como
descuidamos do nosso reto proceder, que também somos Igreja, templos do Senhor,
consagrados desde o nosso batismo! Quantas vezes fazemos destes templos uma
“casa de comércio” (cf. Jo 2,16), uma feira? Quantas vezes trocamos Deus pelo
pecado? “O zelo por tua casa me consumirá” (Jo 2,17; cf. Sl 69,9).
Infelizmente, a irreverência no templo é reflexo de uma vida onde Deus já foi
destronado”, concluiu.
Por: Ascom
Fotos: Júnior Lira





















