Dom Dulcênio preside Missa e Crisma na Paróquia Nossa Senhora Aparecida, no Médici
Na noite deste sábado, 8 de novembro, o Bispo Diocesano
de Campina Grande, Dom Dulcênio Fontes de Matos, presidiu a Santa Missa com o
Sacramento da Crisma na Paróquia Nossa Senhora Aparecida, localizada no bairro
Presidente Médici, em Campina Grande. A celebração reuniu a comunidade
paroquial e contou com a crisma de 137 jovens, que confirmaram sua fé e seu
compromisso cristão.
A missa foi concelebrada pelos Padres da Paróquia: Pe. Denis Lima e Pe. Alan, e pelo Padre Douglas, Pároco da Paróquia de Santa Rosa de Lima, em Campina. Os Diáconos Manases e Walter deram apoio litúrgico junto aos seminaristas.
Durante a homilia, Dom Dulcênio refletiu sobre a festa
litúrgica da Dedicação da Basílica de Latrão, Catedral de Roma, celebrada neste
dia pela Igreja em todo o mundo, destacando seu significado como símbolo da
unidade e da presença viva de Cristo em sua Igreja.
Ele lembrou que a Basílica do Latrão, consagrada em
9 de novembro de 324 pelo Papa Silvestre, é o mais antigo templo cristão de
Roma e considerada a “Mãe e Cabeça de todas as igrejas do mundo” (Urbi et
Orbe).
O prelado convidou a refletir sobre a Igreja como
morada de Deus entre os homens. Mais que recordar a consagração do templo em
Roma, a celebração aponta para Cristo, o verdadeiro Templo, que “armou sua
tenda entre nós”. Assim como o Latrão é a “mãe e cabeça de todas as igrejas”,
Cristo é a fonte e a vida da Igreja.
“Celebrar a festa de hoje é celebrar Cristo Jesus,
morada de Deus entre nós; Ele que montou a Sua ‘tenda’ em nosso meio, o
Sheninah. Mesmo existindo na história, Cristo Senhor, morada eminentíssima de
Deus entre nós, continua a congregar tantos em Si e a Si pelo mistério da
Igreja. Ele, a Cabeça; nós, os membros que só temos vida e sentido se
interligados ao cerne do corpo, fonte das emoções e da razão”.
Inspirado na visão de Ezequiel, o bispo lembrou que
o rio que brota do templo representa a graça divina que flui pela Igreja,
fecundando a terra e gerando vida. Do lado aberto de Cristo na cruz nascem os
sacramentos, fonte da graça que renova os corações e torna a Igreja sinal do
amor de Deus no mundo.
“A Primeira Leitura de hoje, que nos traz a visão
profética de Ezequiel em relação ao Templo, é, de fato, uma visão prefigurativa
do mistério de Cristo e da Igreja. Cristo é o Templo, cuja contemplação absorve
o olhar de Ezequiel; a sua Graça é escorrida pela correnteza da Igreja; [...] É
do peito aberto do Senhor que nasce a Igreja, que, por ser Sacramento de
Cristo, congrega e revitaliza a vida de tantos”, pregou.
A segunda leitura recorda que cada cristão é templo
do Espírito Santo, edificado sobre Cristo, a pedra angular. Citando Santo
Agostinho, Dom Dulcênio ensina que “os que habitam na casa de Deus são também
casa de Deus”. Ser Igreja, portanto, é deixar que o Senhor habite em nós.
“Santo Agostinho afirma com toda clareza: “Aqueles
que habitam na casa de Deus, são também eles mesmos casa de Deus”. Logo,
entrevemos a importância de estarmos congregados na única Igreja de Cristo, a
Igreja Católica, Corpo Místico do Senhor, ao tempo em que também nós somos, por
participação, esta Igreja, este Corpo”.
Por fim, o Evangelho mostra Jesus purificando o
templo, gesto que anuncia a fundação da nova aliança: a Igreja nascida de seu
corpo glorioso. Dom Dulcênio encerrou lembrando, com São Cesário de Arles, que
o verdadeiro esplendor da casa de Deus está na pureza da alma.
“Queres ver bem limpa a basílica? Não manches tua
alma com as nódoas do pecado. Se desejas que a basílica seja luminosa, também
Deus quer que tua alma não esteja em trevas, mas que em nós brilhe a luz das
boas obras, como disse o Senhor, e seja glorificado aquele que está nos céus.
Do mesmo modo como tu entras nesta igreja, assim quer Deus entrar em tua alma,
conforme prometeu: E habitarei e andarei entre eles (cf. Lv 26,11.12)”, findou.
Por: Ascom
Fotos: João Neto (Pascom Diocesana)
























