Dom Dulcênio preside Missa e Crisma na Paróquia Nossa Senhora Aparecida, no Médici

Postado em 08/11/25 às 23:087 minutos de leitura69 views

Na noite deste sábado, 8 de novembro, o Bispo Diocesano de Campina Grande, Dom Dulcênio Fontes de Matos, presidiu a Santa Missa com o Sacramento da Crisma na Paróquia Nossa Senhora Aparecida, localizada no bairro Presidente Médici, em Campina Grande. A celebração reuniu a comunidade paroquial e contou com a crisma de 137 jovens, que confirmaram sua fé e seu compromisso cristão.

A missa foi concelebrada pelos Padres da Paróquia: Pe. Denis Lima e Pe. Alan, e pelo Padre Douglas, Pároco da Paróquia de Santa Rosa de Lima, em Campina. Os Diáconos Manases e Walter deram apoio litúrgico junto aos seminaristas.

Durante a homilia, Dom Dulcênio refletiu sobre a festa litúrgica da Dedicação da Basílica de Latrão, Catedral de Roma, celebrada neste dia pela Igreja em todo o mundo, destacando seu significado como símbolo da unidade e da presença viva de Cristo em sua Igreja.

Ele lembrou que a Basílica do Latrão, consagrada em 9 de novembro de 324 pelo Papa Silvestre, é o mais antigo templo cristão de Roma e considerada a “Mãe e Cabeça de todas as igrejas do mundo” (Urbi et Orbe).

O prelado convidou a refletir sobre a Igreja como morada de Deus entre os homens. Mais que recordar a consagração do templo em Roma, a celebração aponta para Cristo, o verdadeiro Templo, que “armou sua tenda entre nós”. Assim como o Latrão é a “mãe e cabeça de todas as igrejas”, Cristo é a fonte e a vida da Igreja.

“Celebrar a festa de hoje é celebrar Cristo Jesus, morada de Deus entre nós; Ele que montou a Sua ‘tenda’ em nosso meio, o Sheninah. Mesmo existindo na história, Cristo Senhor, morada eminentíssima de Deus entre nós, continua a congregar tantos em Si e a Si pelo mistério da Igreja. Ele, a Cabeça; nós, os membros que só temos vida e sentido se interligados ao cerne do corpo, fonte das emoções e da razão”.

Inspirado na visão de Ezequiel, o bispo lembrou que o rio que brota do templo representa a graça divina que flui pela Igreja, fecundando a terra e gerando vida. Do lado aberto de Cristo na cruz nascem os sacramentos, fonte da graça que renova os corações e torna a Igreja sinal do amor de Deus no mundo.

“A Primeira Leitura de hoje, que nos traz a visão profética de Ezequiel em relação ao Templo, é, de fato, uma visão prefigurativa do mistério de Cristo e da Igreja. Cristo é o Templo, cuja contemplação absorve o olhar de Ezequiel; a sua Graça é escorrida pela correnteza da Igreja; [...] É do peito aberto do Senhor que nasce a Igreja, que, por ser Sacramento de Cristo, congrega e revitaliza a vida de tantos”, pregou.

A segunda leitura recorda que cada cristão é templo do Espírito Santo, edificado sobre Cristo, a pedra angular. Citando Santo Agostinho, Dom Dulcênio ensina que “os que habitam na casa de Deus são também casa de Deus”. Ser Igreja, portanto, é deixar que o Senhor habite em nós.

“Santo Agostinho afirma com toda clareza: “Aqueles que habitam na casa de Deus, são também eles mesmos casa de Deus”. Logo, entrevemos a importância de estarmos congregados na única Igreja de Cristo, a Igreja Católica, Corpo Místico do Senhor, ao tempo em que também nós somos, por participação, esta Igreja, este Corpo”.

Por fim, o Evangelho mostra Jesus purificando o templo, gesto que anuncia a fundação da nova aliança: a Igreja nascida de seu corpo glorioso. Dom Dulcênio encerrou lembrando, com São Cesário de Arles, que o verdadeiro esplendor da casa de Deus está na pureza da alma.

“Queres ver bem limpa a basílica? Não manches tua alma com as nódoas do pecado. Se desejas que a basílica seja luminosa, também Deus quer que tua alma não esteja em trevas, mas que em nós brilhe a luz das boas obras, como disse o Senhor, e seja glorificado aquele que está nos céus. Do mesmo modo como tu entras nesta igreja, assim quer Deus entrar em tua alma, conforme prometeu: E habitarei e andarei entre eles (cf. Lv 26,11.12)”, findou.

Por: Ascom
Fotos: João Neto (Pascom Diocesana)



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