Paróquia de São Judas Tadeu celebra com fé e devoção a festa do padroeiro
Neste
dia 28 de outubro, festa litúrgica dedicada a São Judas Tadeu, a Comunidade Paroquial
que leva o nome do santo, localizada no bairro das Nações, em Campina Grande,
celebrou com grande fervor a missa festiva em honra ao seu padroeiro. A
celebração reuniu centenas de devotos e devotas que, com fé e gratidão,
participaram deste momento especial de louvor e ação de graças.
A Missa solene foi presidida por Dom Dulcênio Fontes de Matos, Bispo
Diocesano de Campina Grande, e concelebrada pelo Pároco local, Padre José
Vanildo, e pelo Padre José Alvino de Cristo, da Diocese de Ilhéus (BA). O
Diácono Cazuza também prestou apoio litúrgico junto aos seminaristas.
A
festa foi o ponto culminante da novena, marcado por intensa preparação
espiritual, orações e momentos de partilha comunitária. Durante esse tempo, os
fiéis refletiram sobre a vida e o testemunho do apóstolo São Judas Tadeu,
conhecido como o “Santo das causas urgentes”.
Homilia
Em
sua pregação, Dom Dulcênio destacou que celebrar os Apóstolos é recordar os
fundamentos da fé cristã. Inspirando-se no Apocalipse e na carta aos Efésios, o
bispo lembrou que os apóstolos são os alicerces da Igreja, tendo Cristo como
pedra principal.
“Sempre
costumo dizer que celebrar os Apóstolos, cada um a sua vez, ao longo do ano,
tão como fazemos hoje, é celebrar os fundamentos da nossa Fé Católica. [...] Isso
penso com o amparo das visões de São João, no Apocalipse: [...] A muralha da
cidade tinha doze alicerces, e sobre eles estavam escritos os nomes dos doze
apóstolos do Cordeiro” (Ap 21,9.10-11a.14)”, destacou inicialmente.
O prelado observou que, embora São Judas Tadeu seja mais conhecido
como o “Santo das causas urgentes”, sua vida é marcada por fidelidade e
simplicidade. Chamado nos Evangelhos de “Tadeu” ou “Judas de Tiago”, ele
inspira a vivência de uma fé discreta, mas profundamente enraizada em Cristo.
“É
bem verdade que, nesta comunidade paroquial, São Judas Tadeu tem mais realce do
que São Simão, chamado “Cananeu” ou “Zelota”. Porém, mesmo refletindo mormente
sobre o nosso Padroeiro, não deixemos de ver
a sua vida, rica pelo seguimento radical a Jesus e simultaneamente
discreta pelos poucos elementos que dispomos para dela falarmos”, trouxe.
Comentando o diálogo de Judas Tadeu com Jesus na Última Ceia —
“Senhor, por que te manifestas a nós e não ao mundo?” —, Dom Dulcênio ressaltou
que o Ressuscitado se revela a quem tem o coração aberto. Citando Bento XVI,
afirmou que Cristo “não se mostra como uma coisa”, mas quer habitar em quem o
ama e guarda sua palavra, tornando-se presença viva e transformadora.
“O
Senhor diz: “Se alguém me tem amor, há-de guardar a minha palavra; e o meu Pai
o amará, e Nós viremos a ele e nele faremos morada” (Jo 14,22-23). Bento XVI,
em comentário a esta resposta de Jesus a São Judas, esclarece-nos: “Isto
significa que o Ressuscitado deve ser visto, sentido também com o coração, de
modo que Deus possa habitar em nós. O Senhor não se mostra como uma coisa. Ele
quer entrar na nossa vida e por isso a sua manifestação é uma manifestação que
exige e pressupõe o coração aberto”, disse.
Por
fim, o bispo lembrou que São Judas Tadeu é autor de uma das Cartas católicas do
Novo Testamento, que exorta à fidelidade e à caridade. Diante dos desafios do
tempo presente, Dom Dulcênio convidou os fiéis a conservar a fé com firmeza e
amor, pedindo que o apóstolo os ajude a testemunhar com coragem e serenidade a
beleza do Evangelho.
“No
meio de todas as tentações que existem, com todas as correntes da vida moderna,
devemos conservar a identidade da nossa fé, com firmeza e clareza, face às
contradições do mundo em que vivemos, sem nos esquecermos da caridade, que
embute o perdão e a concórdia. Por isso, o texto epistolar prossegue assim: “Mas
vós, caríssimos, mantende-vos no amor de Deus, esperando que a misericórdia de
Nosso Senhor Jesus Cristo vos conceda a vida eterna”, concluiu.
Por: Ascom
Fotos: Pascom Paroquial


























