Dom Dulcênio celebra a Festa de Nossa Senhora das Dores nas cidades de Monteiro e Zabelê

Postado em 15/09/25 às 22:5012 minutos de leitura21 views

Neste 15 de setembro, data em que a Igreja celebra a memória litúrgica de Nossa Senhora das Dores, o Bispo Diocesano de Campina Grande, Dom Dulcênio Fontes de Matos, esteve presente na Forania Cariri II, onde presidiu celebrações festivas nas cidades de Monteiro e Zabelê, ambas sob o patrocínio da Mãe das Dores.

Celebração em Monteiro

Pela manhã, Dom Dulcênio presidiu a Santa Missa Solene em Monteiro, reunindo centenas de fiéis monteirenses que renderam graças a Deus pela intercessão da Virgem Dolorosa. O Padre José Aldevan, Pároco local, acolheu o Bispo Diocesano, os Padres concelebrantes, seminaristas e devotos, em uma celebração marcada pela piedade e espírito comunitário.

A festa de Nossa Senhora das Dores em Monteiro teve início no último dia 5 de setembro, com uma intensa programação religiosa e cultural. O encerramento ocorreu à tarde, com a Santa Missa e a tradicional procissão, expressando mais uma vez a fé e a unidade do povo monteirense em torno da sua Padroeira.

Celebração em Zabelê

À tarde, o prelado seguiu para a cidade de Zabelê, também dedicada à Senhora das Dores e pertencente à Paróquia de São Sebastião de Umbuzeiro. Dom Dulcênio presidiu a Santa Missa dentro do novenário da padroeira e participou da procissão solene pelas ruas da cidade, acompanhada com devoção por toda a comunidade.

O Padre Helton, Pároco local, agradeceu ao bispo por sua presença neste momento tão especial para os fiéis zabelenses. Dom Dulcênio exortou os fiéis a viverem com profundidade os dias restantes do novenário, buscando sempre mais a santidade e a conversão sincera à luz do exemplo de Maria.

As festividades em Zabelê continuam até o próximo domingo, dia 21 de setembro, com programação que inclui missas, momentos de oração e confraternização comunitária.

Homilia

A homilia de Dom Dulcênio proferida nas duas missas, convidou à contemplação de Maria como modelo de fé e esperança, mesmo em meio ao sofrimento. Seu “sim” a Deus, desde a anunciação até o Calvário, revela uma fidelidade inabalável. Maria não apenas acompanhou a cruz de Jesus, mas participou ativamente da redenção, com amor firme e silencioso.

“[...] Num momento extremo como o da Cruz, não duvidou do poder divino; antes, colaborou grandemente na obra da redenção, de maneira tal que nunca se olvidou do seu “sim”, dado no momento de sua vocação, manifestando a consciência de sua eleição e a sua reverberação por toda a vida: “Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra” (Lc 1, 38)”, pregou inicialmente.

O bispo recordou São José de Anchieta, que, mesmo refém entre os índios, encontrou força espiritual em Maria. Sem papel ou tinta, compôs de memória um poema à Virgem, reconhecendo nela proteção e inspiração. Esse gesto mostra como, desde os inícios do Brasil, Maria foi luz para os missionários e refúgio em tempos de dor.

“‘Antevendo os perigos que o haviam de cercar, tomou por veladora a Virgem Mãe de Deus, de quem era muito devoto, e prometeu de lhe compor sua vida, para que o livrasse no corpo e na alma de todo o perigo de pecado, que quanto aos perigos da vida corporal bem pouco os temia, quem pedia a Deus lhe fizesse a mercê que acabasse ali a vida com tormentos por seu amor’”, citou.

Os versos de Anchieta, citados na homilia, descrevem Maria como aurora da salvação: uma nova luz que anuncia Cristo. Ela é estrela da redenção, bela entre as belas, cuja missão se revela desde o nascimento. Em Maria se concentra a esperança da humanidade, desde a queda de Adão até o nascimento de Jesus.

“Que nova luz nascente desperta os olhos meus? / Eis que desponta um clarão mais intenso, aurora mais radiante rompe os altos montes, rutila nos alcantis um astro mais fulgente! [...] Bela entre as mais belas, ela precede a deslumbrante claridade, e, majestosa, anuncia o Sol do dia eterno. Esta é a estrela que se desprendeu da estirpe de Jacó e não há de sofrer a influência das trevas”, trouxe.

Encerrando, Dom Dulcênio chamou os fiéis de Monteiro e Zabelê a olhar Maria não só pelas graças recebidas, mas como inspiração de santidade. A Virgem Dolorosa, com rosto sereno e sofredor, ensina que fé e dor podem caminhar juntas. Seguir seu exemplo é caminho seguro para quem deseja viver com esperança e fidelidade.

“Não busques apenas reconhecê-la pelos benefícios do passado ou pelas graças que almejas para o teu presente e de tua cidade. Vê a vida de Maria, desejando o futuro da santidade que ela exemplifica para ti, pois ela te inspira isso com a eternidade na qual está glorificada. A santidade é a tua vocação. Somente desta forma, honesta e coerentemente - como coerente foi a vida da Santa Mãe com a graça divina - poderás honrá-la pela candor que só o mistério da sua existência possui”, concluiu.

Por: Ascom
Fotos: Pascom de Monteiro e Zabelê

FOTOS EM MONTEIRO

FOTOS EM ZABELÊ


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