Dom Dulcênio celebra a Festa de Nossa Senhora das Dores nas cidades de Monteiro e Zabelê
Neste
15 de setembro, data em que a Igreja celebra a memória litúrgica de Nossa
Senhora das Dores, o Bispo Diocesano de Campina Grande, Dom Dulcênio Fontes de
Matos, esteve presente na Forania Cariri II, onde presidiu celebrações festivas
nas cidades de Monteiro e Zabelê, ambas sob o patrocínio da Mãe das Dores.
Celebração
em Monteiro
Pela
manhã, Dom Dulcênio presidiu a Santa Missa Solene em Monteiro, reunindo
centenas de fiéis monteirenses que renderam graças a Deus pela intercessão da
Virgem Dolorosa. O Padre José Aldevan, Pároco local, acolheu o Bispo Diocesano,
os Padres concelebrantes, seminaristas e devotos, em uma celebração marcada
pela piedade e espírito comunitário.
A
festa de Nossa Senhora das Dores em Monteiro teve início no último dia 5 de
setembro, com uma intensa programação religiosa e cultural. O encerramento
ocorreu à tarde, com a Santa Missa e a tradicional procissão, expressando mais
uma vez a fé e a unidade do povo monteirense em torno da sua Padroeira.
Celebração
em Zabelê
À
tarde, o prelado seguiu para a cidade de Zabelê, também dedicada à Senhora das
Dores e pertencente à Paróquia de São Sebastião de Umbuzeiro. Dom Dulcênio
presidiu a Santa Missa dentro do novenário da padroeira e participou da
procissão solene pelas ruas da cidade, acompanhada com devoção por toda a
comunidade.
O
Padre Helton, Pároco local, agradeceu ao bispo por sua presença neste momento
tão especial para os fiéis zabelenses. Dom Dulcênio exortou os fiéis a viverem
com profundidade os dias restantes do novenário, buscando sempre mais a
santidade e a conversão sincera à luz do exemplo de Maria.
As
festividades em Zabelê continuam até o próximo domingo, dia 21 de setembro, com
programação que inclui missas, momentos de oração e confraternização
comunitária.
Homilia
A
homilia de Dom Dulcênio proferida nas duas missas, convidou à contemplação de
Maria como modelo de fé e esperança, mesmo em meio ao sofrimento. Seu “sim” a
Deus, desde a anunciação até o Calvário, revela uma fidelidade inabalável. Maria
não apenas acompanhou a cruz de Jesus, mas participou ativamente da redenção,
com amor firme e silencioso.
“[...]
Num momento extremo como o da Cruz, não duvidou do poder divino; antes,
colaborou grandemente na obra da redenção, de maneira tal que nunca se olvidou
do seu “sim”, dado no momento de sua vocação, manifestando a consciência de sua
eleição e a sua reverberação por toda a vida: “Eis aqui a serva do Senhor,
faça-se em mim segundo a tua palavra” (Lc 1, 38)”, pregou inicialmente.
O bispo recordou São José de Anchieta, que, mesmo refém entre os
índios, encontrou força espiritual em Maria. Sem papel ou tinta, compôs de
memória um poema à Virgem, reconhecendo nela proteção e inspiração. Esse gesto
mostra como, desde os inícios do Brasil, Maria foi luz para os missionários e
refúgio em tempos de dor.
“‘Antevendo
os perigos que o haviam de cercar, tomou por veladora a Virgem Mãe de Deus, de
quem era muito devoto, e prometeu de lhe compor sua vida, para que o livrasse
no corpo e na alma de todo o perigo de pecado, que quanto aos perigos da vida
corporal bem pouco os temia, quem pedia a Deus lhe fizesse a mercê que acabasse
ali a vida com tormentos por seu amor’”, citou.
Os versos de Anchieta, citados na homilia, descrevem Maria como
aurora da salvação: uma nova luz que anuncia Cristo. Ela é estrela da redenção,
bela entre as belas, cuja missão se revela desde o nascimento. Em Maria se
concentra a esperança da humanidade, desde a queda de Adão até o nascimento de
Jesus.
“Que
nova luz nascente desperta os olhos meus? / Eis que desponta um clarão mais
intenso, aurora mais radiante rompe os altos montes, rutila nos alcantis um
astro mais fulgente! [...] Bela entre as mais belas, ela precede a deslumbrante
claridade, e, majestosa, anuncia o Sol do dia eterno. Esta é a estrela que se
desprendeu da estirpe de Jacó e não há de sofrer a influência das trevas”,
trouxe.
Encerrando, Dom Dulcênio chamou os fiéis de Monteiro e Zabelê a
olhar Maria não só pelas graças recebidas, mas como inspiração de santidade. A
Virgem Dolorosa, com rosto sereno e sofredor, ensina que fé e dor podem
caminhar juntas. Seguir seu exemplo é caminho seguro para quem deseja viver com
esperança e fidelidade.
“Não
busques apenas reconhecê-la pelos benefícios do passado ou pelas graças que
almejas para o teu presente e de tua cidade. Vê a vida de Maria, desejando o
futuro da santidade que ela exemplifica para ti, pois ela te inspira isso com a
eternidade na qual está glorificada. A santidade é a tua vocação. Somente desta
forma, honesta e coerentemente - como coerente foi a vida da Santa Mãe com a
graça divina - poderás honrá-la pela candor que só o mistério da sua existência
possui”, concluiu.
Por: Ascom
Fotos: Pascom de Monteiro e Zabelê
FOTOS EM MONTEIRO
FOTOS EM ZABELÊ