Comunidade de São Domingos acolhe Dom Dulcênio na festa do padroeiro
Na
noite desta sexta-feira, 8 de agosto, a Comunidade de São Domingos, localizada
em São Domingos do Cariri, recebeu o bispo diocesano de Campina Grande, Dom
Dulcênio Fontes de Matos, que presidiu a missa solene em honra a São Domingos
de Gusmão, padroeiro local.
A
celebração, que faz parte da programação da festa iniciada no dia 6, teve um
momento marcante com o rito do Crisma, no qual 48 jovens e adultos receberam o
sacramento. A Eucaristia foi concelebrada pelo Padre João Carlos e pelo Pároco local, Padre André Morais, que
destacou a importância da presença do bispo como sinal de unidade e
fortalecimento da fé na comunidade. Seminaristas e religiosas também
participaram da liturgia.
Após
a missa, a programação seguiu com o show religioso do padre João Carlos,
reunindo fiéis para um momento de oração, louvor e confraternização. Diversas
comunidades da região prestigiaram o evento.
A
festa será encerrada neste domingo, dia 10, com a missa solene às 19h30,
seguida da tradicional procissão com a imagem de São Domingos pelas ruas da
cidade.
Homilia
Dom
Dulcênio destacou o convite de Moisés ao povo para lembrar, com o coração, as
maravilhas de Deus. Essa memória não é apenas racional, mas profunda, marcada
por gratidão e fidelidade. Aos crismandos, questionou se eles têm reconhecido a
ação de Deus em suas vidas.
“A
leitura do Livro do Deuteronômio é a conclusão de um dos discursos de Moisés. É
um convite ao povo, para que despertem suas consciências sobre a grandeza de
Deus e as maravilhas que Ele realizou no meio do povo. Moisés mostra o poder de
Deus e suas ações de libertação em prol da vida, os sinais de sua manifestação.
Contudo, cabe ao povo reconhecê-lo e segui-lo, gravando no coração seus
ensinamentos, seus mandamentos. Tudo o que gravamos no coração não esquecemos,
daqui vem a palavra “decorar”, iniciou.
Ao refletir sobre São Domingos, o bispo o apresentou como exemplo
de fé e compromisso. Suas virtudes não são apenas admiradas, mas devem ser
imitadas. Seguir Cristo exige renúncia, coragem e mudança de vida. Esse é o
chamado também para os crismandos.
“Suas
virtudes devem ser para nós incentivos para imitá-lo. Nossas ações e nossa
fidelidade a Deus responderão a questionamentos acerca do reconhecimento de
Deus na nossa vida. Se assim o fizermos, diz Moisés, seremos felizes, teremos
vida longa, possuiremos os bens por Deus prometido, estaremos prontos para
segui-lo, sem amarras ou obstáculos, como pede o santo Evangelho que foi proclamado.
Jesus chama cada um de nós e coloca os critérios, as condições para o
seguimento: renúncia, despojamento, compromisso, mudança de vida, de conduta...
Será que São Domingos é exemplo nesse sentido para nós?”, trouxe.
A homilia alertou para o risco de viver presos às vaidades do
mundo. Tudo passa, menos a alma. A verdadeira felicidade está em Deus, e não
nos bens terrenos. Assim como Domingos, é preciso buscar a santidade e colocar
a vida a serviço de Cristo.
“Entendam,
no dia em que teu corpo for levado ao eterno repouso, o mundo perderá para ti
toda a importância e bem depressa será apagada a memória de rua existência.
Riqueza, honra, elogios – tudo passa, mas tua alma ainda existirá! Tolice é,
pois, dar ao mundo uma importância que não tem; prestar-lhe honras e atenções,
que não merece. A alma é que merece todo o nosso cuidado. O mundo passa, a alma
fica. Façam como São Domingos que serviu a Deus e tratou de santificar-se.
Santificar-se é o verdadeiro fim do homem aqui na terra”.
Por fim, o Evangelho pediu renúncia: esvaziar-se do egoísmo, da
vaidade e de tudo que nos afasta de Deus. Somente assim é possível seguir Jesus
de verdade. A fé vivida com autenticidade nos transforma e nos leva a
reconhecer Deus atuando em nós, como aconteceu com São Domingos.
“A
renúncia a si mesmo é a primeira condição e a maior de todas, porque dela
derivam todas as demais renúncias. Quem consegue renunciar a si mesmo, renuncia
a todas as outras coisas, pois a renúncia de si é um processo de esvaziamento,
no sentido teológico de termo. Esvaziarmo-nos das superficialidades que ocupam
tantos espaços no nosso coração, na nossa vida. Devemos nos esvaziar do
egoísmo, do individualismo, das maldades, do orgulho, da arrogância, da inveja,
dos medos; enfim, de tudo aquilo que possa impedir de seguir a Cristo
livremente”, findou.
Por: Ascom
Fotos: Pascom local
























