Comunidade de São Domingos acolhe Dom Dulcênio na festa do padroeiro

Atualizado em 08/08/25 às 22:448 minutos de leitura68 views

Na noite desta sexta-feira, 8 de agosto, a Comunidade de São Domingos, localizada em São Domingos do Cariri, recebeu o bispo diocesano de Campina Grande, Dom Dulcênio Fontes de Matos, que presidiu a missa solene em honra a São Domingos de Gusmão, padroeiro local.

A celebração, que faz parte da programação da festa iniciada no dia 6, teve um momento marcante com o rito do Crisma, no qual 48 jovens e adultos receberam o sacramento. A Eucaristia foi concelebrada pelo Padre João Carlos e pelo Pároco local, Padre André Morais, que destacou a importância da presença do bispo como sinal de unidade e fortalecimento da fé na comunidade. Seminaristas e religiosas também participaram da liturgia.

Após a missa, a programação seguiu com o show religioso do padre João Carlos, reunindo fiéis para um momento de oração, louvor e confraternização. Diversas comunidades da região prestigiaram o evento.

A festa será encerrada neste domingo, dia 10, com a missa solene às 19h30, seguida da tradicional procissão com a imagem de São Domingos pelas ruas da cidade.

Homilia

Dom Dulcênio destacou o convite de Moisés ao povo para lembrar, com o coração, as maravilhas de Deus. Essa memória não é apenas racional, mas profunda, marcada por gratidão e fidelidade. Aos crismandos, questionou se eles têm reconhecido a ação de Deus em suas vidas.

“A leitura do Livro do Deuteronômio é a conclusão de um dos discursos de Moisés. É um convite ao povo, para que despertem suas consciências sobre a grandeza de Deus e as maravilhas que Ele realizou no meio do povo. Moisés mostra o poder de Deus e suas ações de libertação em prol da vida, os sinais de sua manifestação. Contudo, cabe ao povo reconhecê-lo e segui-lo, gravando no coração seus ensinamentos, seus mandamentos. Tudo o que gravamos no coração não esquecemos, daqui vem a palavra “decorar”, iniciou.

Ao refletir sobre São Domingos, o bispo o apresentou como exemplo de fé e compromisso. Suas virtudes não são apenas admiradas, mas devem ser imitadas. Seguir Cristo exige renúncia, coragem e mudança de vida. Esse é o chamado também para os crismandos.

“Suas virtudes devem ser para nós incentivos para imitá-lo. Nossas ações e nossa fidelidade a Deus responderão a questionamentos acerca do reconhecimento de Deus na nossa vida. Se assim o fizermos, diz Moisés, seremos felizes, teremos vida longa, possuiremos os bens por Deus prometido, estaremos prontos para segui-lo, sem amarras ou obstáculos, como pede o santo Evangelho que foi proclamado. Jesus chama cada um de nós e coloca os critérios, as condições para o seguimento: renúncia, despojamento, compromisso, mudança de vida, de conduta... Será que São Domingos é exemplo nesse sentido para nós?”, trouxe.

A homilia alertou para o risco de viver presos às vaidades do mundo. Tudo passa, menos a alma. A verdadeira felicidade está em Deus, e não nos bens terrenos. Assim como Domingos, é preciso buscar a santidade e colocar a vida a serviço de Cristo.

“Entendam, no dia em que teu corpo for levado ao eterno repouso, o mundo perderá para ti toda a importância e bem depressa será apagada a memória de rua existência. Riqueza, honra, elogios – tudo passa, mas tua alma ainda existirá! Tolice é, pois, dar ao mundo uma importância que não tem; prestar-lhe honras e atenções, que não merece. A alma é que merece todo o nosso cuidado. O mundo passa, a alma fica. Façam como São Domingos que serviu a Deus e tratou de santificar-se. Santificar-se é o verdadeiro fim do homem aqui na terra”.

Por fim, o Evangelho pediu renúncia: esvaziar-se do egoísmo, da vaidade e de tudo que nos afasta de Deus. Somente assim é possível seguir Jesus de verdade. A fé vivida com autenticidade nos transforma e nos leva a reconhecer Deus atuando em nós, como aconteceu com São Domingos.

“A renúncia a si mesmo é a primeira condição e a maior de todas, porque dela derivam todas as demais renúncias. Quem consegue renunciar a si mesmo, renuncia a todas as outras coisas, pois a renúncia de si é um processo de esvaziamento, no sentido teológico de termo. Esvaziarmo-nos das superficialidades que ocupam tantos espaços no nosso coração, na nossa vida. Devemos nos esvaziar do egoísmo, do individualismo, das maldades, do orgulho, da arrogância, da inveja, dos medos; enfim, de tudo aquilo que possa impedir de seguir a Cristo livremente”, findou.

Por: Ascom
Fotos: Pascom local


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