“Pastores para a Esperança”: Refletiu o Bispo na Missa do dia do Padre

Atualizado em 04/08/25 às 17:527 minutos de leitura64 views

A Diocese de Campina Grande celebrou com alegria, na manhã desta segunda-feira, 4, a memória de São João Maria Vianney, padroeiro dos sacerdotes. A Missa Solene foi realizada na Catedral de Nossa Senhora da Conceição, reunindo o clero em um momento de oração, unidade e renovação vocacional.

A Celebração Eucarística foi presidida por Dom Dulcênio Fontes de Matos, Bispo Diocesano, que propôs como tema da homilia a reflexão “Pastores para a Esperança”, em sintonia com o Ano Jubilar em curso. O bispo destacou o papel essencial dos padres como sinal de esperança em meio às dificuldades do mundo atual, exortando-os a manter Cristo como centro da vida e da missão sacerdotal.

No início da celebração, Dom Dulcênio parabenizou os sacerdotes pelo dia e pediu orações especialmente pelos que se encontram enfermos, definindo-os como “testemunhas vivas que hoje carregam a cruz da enfermidade”. Também dirigiu palavras de gratidão aos leigos, reconhecendo neles o maior presente que um padre pode receber em sua missão: o povo fiel que acompanha e sustenta o ministério.

A missa também marcou o Jubileu do Clero, como parte da programação do Jubileu da Esperança na Diocese. Em nome do clero, o Padre Marcondes Neves dirigiu palavras de exortação, recordando a vocação sacerdotal como amizade com Cristo, sustentada pela oração, pela Palavra e pela vivência sacramental, conforme ensinamento do Papa Leão XIV.

O Dia do Padre foi vivido na diocese como expressão de unidade e gratidão pelo ministério ordenado. Além dos sacerdotes, Diáconos e fiéis leigos participaram com fé, manifestando orações e carinho àqueles que, como São João Maria Vianney, se consomem pelo bem das almas.

Homilia

Dom Dulcênio destacou a missão do sacerdote como pastor da esperança. Em um mundo cheio de vozes confusas e doutrinas distorcidas, o padre é chamado a manter Cristo no centro da vida e ser guia firme para o povo. Mesmo diante de desafios internos e externos, deve permanecer fiel ao chamado recebido, sendo sinal do amor de Deus.

“Por outro lado, também penso nas nossas crises interiores diante da magnitude do projeto do amor de Deus na nossa vida de consagrados, vendo o mistério que passa por nossas mãos e nosso ser como algo exigente e incompreensível, já que somos pequenos e desmerecidos de tamanha graça querida pelo Senhor para nós, não decifrando o porquê de termos sido eleitos, chamados, consagrados e enviados. Tantos desafios exteriores e interiores, portanto”, refletiu inicialmente.

O prelado sublinhou que o padre é um “irmão mais velho” na fé, alguém que aponta Cristo com palavras e ações. Sua vida de renúncia, vivida com amor à Igreja, o torna testemunha das virtudes em um mundo marcado por vícios. É um homem inquieto que busca Deus e deseja conduzir os outros à mesma esperança.

“Logo, penso no sentido do termo presbítero, que, além de ancião, pode designar “irmão mais velho”. O presbítero é aquele que tem os olhos da fé abertos, reconhecendo o imenso passo de amor dado por Deus em direção a nós, e O aponta para os “irmãos mais novos”: Ele humanizou-Se para nos divinizar; ao que devemos também caminhar ao Seu encontro, correspondendo ao anseio mais profundo que o Senhor tem no Seu Coração”, pregou.

Dom Dulcênio lembrou que o padre é também portador da consolação de Deus. Sua missão é anunciar que a misericórdia venceu o pecado e que a Palavra do Senhor permanece. Para isso, precisa viver em constante conversão, lembrando que só Deus dá sentido à vida.

“Estimadíssimo clero, somos chamados e enviados à consolação, que tece sobre tempos novos: "Consolai o meu povo, consolai-o! - diz o vosso Deus. Falai ao coração de Jerusalém e dizei em alta voz que sua servidão acabou e a expiação de suas culpas foi cumprida; ela recebeu das mãos do Senhor o dobro por todos os seus pecados" (Is 40,1-2). Como o nosso povo precisa da consolação que somente Cristo pode dar!”.

Por fim, o bispo destacou que ser pastor da esperança é buscar a santidade. Como São João Maria Vianney, o padre se consome pelo bem das almas, caminhando com o povo rumo a Cristo. Com a intercessão da Virgem Maria, é sustentado na missão e conduz os fiéis à esperança que salva: Jesus.

“Pastores da esperança buscamos a santidade, que é Deus em nós. Isto buscou São João Maria Vianney; isso buscamos nós. Cada um de nós na sua época, com os desafios próprios, mas com o mesmo querer: corresponder a Deus, ao Seu chamado, como dom que exige santidade e faz-nos desgastar-nos para que todos a conheçam para vivê-la. Todos somos vocacionados a isso, ainda que Deus nos escolha para caminhos diferentes, entretanto, com a mesma meta. Que a Igreja, através de nós, seus filhos e membros, sempre se guie por santos pastores como exemplos de amor ao divino chamado, qual bússola, rumo ao Senhor”, findou.

Por: Ascom
Fotos: Ryan Caio


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