Paróquia de Cabaceiras celebra tríduo em honra a São Bento

Atualizado em 02/08/25 às 23:046 minutos de leitura81 views

A Paróquia de Cabaceiras vive intensamente o tríduo em honra a São Bento, padroeiro da cidade, em um clima de fé, devoção e celebração; comunidade que também tem Nossa Senhora da Conceição como patrona. A programação teve início na sexta-feira (1) e segue até a próxima segunda (4), reunindo fiéis na Igreja Matriz para missas, momentos de oração e confraternização.

Neste sábado, 2, o segundo dia do tríduo contou com a presença de Dom Dulcênio Fontes de Matos, Bispo Diocesano de Campina Grande, que presidiu a Celebração Eucarística. O bispo foi acolhido pelo Pároco, Padre André, e por toda a comunidade que se fez presente na igreja matriz. O sacerdote destacou a importância da visita do pastor diocesano, que fortalece a fé e a comunhão da paróquia.

Dom Dulcênio agradeceu pela recepção calorosa e expressou sua alegria por retornar a Cabaceiras neste período festivo, cidade que une tradição cultural e religiosidade, conhecida como a "Roliúde Nordestina".

A festa de São Bento continua com missas diárias, quermesses e apresentações culturais, promovendo momentos de integração e vivência comunitária entre os paroquianos e visitantes.

Na homilia, Dom Dulcênio destacou que o cristão é um peregrino neste mundo, chamado a buscar a meta que está em Cristo. Os bens terrenos não devem ser fins, mas meios para o céu.

“Resgatado por Cristo e vivente da vida divina, o homem de fé, constantemente, deve sentir-se transeunte neste mundo passageiro: ele está a caminhar. Deve saber que o que é daqui de baixo não é meta; é meio.  E, se é meio, deve contribuir para que alcancemos a meta, de maneira que devemos ter a consciência: “Corro direto para a meta, rumo ao prêmio, que, do alto, Deus me chama a receber em Cristo Jesus” (Fl 3,14)”, destacou.

A Segunda Leitura chama atenção para os vícios que corrompem a vida em Cristo, especialmente a cobiça, chamada de idolatria por São Paulo. Dom Dulcênio advertiu que a ganância substitui Deus por “mammón”, levando o cristão a perder o senso da Providência e da solidariedade.

“O interessante é que o Apóstolo nos elucida o que pode detratar esta novidade de Cristo em nós, sempre agradável ao Pai no Espírito Santo: “[…] fazei morrer o que em vós pertence à terra: imoralidade, impureza, paixão, maus desejos e a cobiça, que é a idolatria. Não mintais uns aos outros” (Cl 3,5.9). Percebam que, dentre os vícios elencados por Paulo, um é designado “idolatria”: a cobiça. E o que é idolatria? Sabemos que é a tentativa fracassada de substituir Deus, e a ganância tenta, por vezes e de maneira sutil, substituí-Lo por ‘mammón’: o deus da avareza, do apego aos bens”, disse.

No Evangelho, Jesus adverte contra toda forma de ganância. Santo Tomás de Aquino ensina que ela endurece o coração, impedindo a misericórdia. Suas virtudes opostas, a liberalidade e a justiça, ajudam a usar os bens com sabedoria e a reconhecer o direito do outro.

“Santo Tomás de Aquino, na Suma Teológica, afirma: “A cobiça dá lugar à insensibilidade para com a misericórdia, porque […] o coração [com ela, com a cobiça] de um homem não se abranda pela misericórdia para ajudar ao necessitado com suas riquezas (II-II, 118.8). E podemos ainda ilustrar o que disse o Doutor Angélico com a proibição de São Paulo, logo após classificar a cobiça como idolatria: “Não mintais uns aos outros”.

Dom Dulcênio concluiu que nada deve ocupar o lugar de Deus em nosso coração. Até nossas orações devem ser simples, como o pedido do pão diário. Ser rico diante de Deus é ser desapegado, confiando na Providência. Tudo passa — só Deus basta.

“Ser rico diante de Deus é ser pobre; ser pobre diante de Deus é ser rico. Nesta afirmativa aparentemente paradoxal, somos todos responsabilizados a que usemos do que nos é concedido com sabedoria e desprendimento, porque tudo passa e só Deus nos é o suficiente. E, como estamos a subir as escarpas deste mundo para o Céu, não queiramos nos sobrecarregar com o que não nos é essencial, porque somente um o é”, findou.

Por: Ascom
Fotos: Pascom Paroquial


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