Paróquia de Cabaceiras celebra tríduo em honra a São Bento
A
Paróquia de Cabaceiras vive intensamente o tríduo em honra a São Bento,
padroeiro da cidade, em um clima de fé, devoção e celebração; comunidade que
também tem Nossa Senhora da Conceição como patrona. A programação teve início
na sexta-feira (1) e segue até a próxima segunda (4), reunindo fiéis na Igreja
Matriz para missas, momentos de oração e confraternização.
Neste
sábado, 2, o segundo dia do tríduo contou com a presença de Dom Dulcênio Fontes
de Matos, Bispo Diocesano de Campina Grande, que presidiu a Celebração Eucarística.
O bispo foi acolhido pelo Pároco, Padre André, e por toda a comunidade que se
fez presente na igreja matriz. O sacerdote destacou a importância da visita do
pastor diocesano, que fortalece a fé e a comunhão da paróquia.
Dom
Dulcênio agradeceu pela recepção calorosa e expressou sua alegria por retornar
a Cabaceiras neste período festivo, cidade que une tradição cultural e
religiosidade, conhecida como a "Roliúde Nordestina".
A
festa de São Bento continua com missas diárias, quermesses e apresentações
culturais, promovendo momentos de integração e vivência comunitária entre os paroquianos
e visitantes.
Na
homilia, Dom Dulcênio destacou que o cristão é um peregrino neste mundo,
chamado a buscar a meta que está em Cristo. Os bens terrenos não devem ser
fins, mas meios para o céu.
“Resgatado
por Cristo e vivente da vida divina, o homem de fé, constantemente, deve
sentir-se transeunte neste mundo passageiro: ele está a caminhar. Deve saber
que o que é daqui de baixo não é meta; é meio.
E, se é meio, deve contribuir para que alcancemos a meta, de maneira que
devemos ter a consciência: “Corro direto para a meta, rumo ao prêmio, que, do
alto, Deus me chama a receber em Cristo Jesus” (Fl 3,14)”, destacou.
A Segunda Leitura chama atenção para os vícios que corrompem a
vida em Cristo, especialmente a cobiça, chamada de idolatria por São Paulo. Dom
Dulcênio advertiu que a ganância substitui Deus por “mammón”, levando o cristão
a perder o senso da Providência e da solidariedade.
“O
interessante é que o Apóstolo nos elucida o que pode detratar esta novidade de
Cristo em nós, sempre agradável ao Pai no Espírito Santo: “[…] fazei morrer o
que em vós pertence à terra: imoralidade, impureza, paixão, maus desejos e a
cobiça, que é a idolatria. Não mintais uns aos outros” (Cl 3,5.9). Percebam
que, dentre os vícios elencados por Paulo, um é designado “idolatria”: a
cobiça. E o que é idolatria? Sabemos que é a tentativa fracassada de substituir
Deus, e a ganância tenta, por vezes e de maneira sutil, substituí-Lo por
‘mammón’: o deus da avareza, do apego aos bens”, disse.
No Evangelho, Jesus adverte contra toda forma de ganância. Santo
Tomás de Aquino ensina que ela endurece o coração, impedindo a misericórdia.
Suas virtudes opostas, a liberalidade e a justiça, ajudam a usar os bens com
sabedoria e a reconhecer o direito do outro.
“Santo
Tomás de Aquino, na Suma Teológica, afirma: “A cobiça dá lugar à
insensibilidade para com a misericórdia, porque […] o coração [com ela, com a
cobiça] de um homem não se abranda pela misericórdia para ajudar ao necessitado
com suas riquezas (II-II, 118.8). E podemos ainda ilustrar o que disse o Doutor
Angélico com a proibição de São Paulo, logo após classificar a cobiça como idolatria:
“Não mintais uns aos outros”.
Dom
Dulcênio concluiu que nada deve ocupar o lugar de Deus em nosso coração. Até
nossas orações devem ser simples, como o pedido do pão diário. Ser rico diante
de Deus é ser desapegado, confiando na Providência. Tudo passa — só Deus basta.
“Ser
rico diante de Deus é ser pobre; ser pobre diante de Deus é ser rico. Nesta
afirmativa aparentemente paradoxal, somos todos responsabilizados a que usemos
do que nos é concedido com sabedoria e desprendimento, porque tudo passa e só
Deus nos é o suficiente. E, como estamos a subir as escarpas deste mundo para o
Céu, não queiramos nos sobrecarregar com o que não nos é essencial, porque
somente um o é”, findou.
Por: Ascom
Fotos: Pascom Paroquial



















