Criação da Área Pastoral e Crisma marcam início da Festa de Santa Ana no Congo
Foi
com grande alegria e fé que a Comunidade do Congo celebrou na noite desta
sexta-feira, 18 de julho, a Criação da Área Pastoral Senhora Santa Ana. A
missa, presidida por Dom Dulcênio Fontes de Matos, Bispo Diocesano de Campina
Grande, marcou oficialmente a nova fase da antiga capela, agora elevada à
condição de Área Pastoral.
O
momento foi ainda mais significativo por coincidir com o primeiro dia do
novenário em honra à padroeira, Senhora Santana, dando início às festividades
religiosas com um marco histórico para os fiéis. Outro destaque da celebração
foi o Sacramento da Crisma, conferido a 48 crismandos, entre jovens e adultos,
em um sinal de renovação da fé e compromisso cristão.
A
nova Área Pastoral, composta por nove comunidades e a Igreja Matriz, torna-se a
quarta da Diocese de Campina Grande. Anteriormente vinculada à Paróquia de São
Pedro, em Caraúbas, a comunidade agora assume uma caminhada pastoral com maior
autonomia, dando um passo importante rumo à futura ereção paroquial.
Durante
a homilia, Dom Dulcênio expressou sua satisfação com a nova realidade da
comunidade e exortou todos os fiéis à vivência do Evangelho com compromisso e
ação concreta. “É tempo de semear com fé, coragem e esperança”, destacou o
bispo. O Padre Adriel Falcão, que permanece como Administrador Paroquial,
agradeceu a confiança do bispo e reafirmou seu compromisso com a missão
evangelizadora junto ao povo do Congo.
A
solene celebração contou ainda com a concelebração dos padres Naelson, que já
atuou como Vigário Paroquial na comunidade, e Manoel Cristino, além da presença
de Autoridades Civis.
Homilia
Dom
Dulcenio celebrou com alegria os três momentos marcantes para a Comunidade do
Congo: a novena da padroeira, o Sacramento da Crisma e a criação da Área
Pastoral. A antiga capela inicia agora uma nova etapa com mais autonomia e
compromisso pastoral.
“Em
uma só celebração Eucarística rendemos graças a Deus por três momentos
importantes na vida da Comunidade de Senhora Santa Ana do Congo. Primeiro, a
preparação da festa de Santa Ana com o novenário, segundo a Confirmação de
alguns membros da Comunidade e terceiro, a Criação da Área Pastoral Senhora
Santa Ana do Congo, como primeiro passo para a ereção da futura Paróquia. A
Comunidade de Senhora Santana do Congo, até então, era capela da Paróquia de
São Pedro de Caraúbas, torna-se Área Pastoral, com vida própria”, iniciou.
O
bispo destacou que a nova Área Pastoral deve ser casa acolhedora para todos. Inspirado
no livro do Êxodo, ele comparou o momento atual à travessia do povo hebreu rumo
à liberdade. A criação da Área Pastoral representa um passo importante na
caminhada de fé da comunidade.
“Vocês,
como capela ligada a paróquia de São Pedro de Caraúbas, nunca estiveram
escravos, mas é preciso ter consciência que caminham para a maturidade eclesial
cada vez mais, hoje teve início o procedimento de passagem; ter consciência de
que este momento é muito importante, é um marco nas suas vidas de cristãos
católicos pertencentes a bela história do Congo. Comecem a celebrar a vitória
que está por vir com o que já está acontecendo com a Criação da Área Pastoral”,
destacou.
Dom Dulcenio também refletiu sobre o Evangelho, onde Jesus
prioriza a vida e a misericórdia acima das regras rígidas. Criticou um
cristianismo centrado apenas em proibições e destacou que Deus prefere um
coração sincero ao ritual vazio.
“Deus
prefere a misericórdia aos sacrifícios, isto é, os sentimentos de um coração
sincero e compassivo à prática meramente exterior e ritualista dos preceitos da
lei. Existe, infelizmente, um tipo de cristianismo negativo que não olha senão
para as proibições: uma forma de viver o Evangelho que produz o temor e não a
confiança. Não é essa a forma que agrada a Deus; nem as prescrições da vida
religiosa devem ser vividas nesse tom, mas com a alma aberta e a esperança que
é o fruto do amor. Deus é amor!”, refletiu.
Aos crismandos, o bispo lembrou que o cristão leigo tem missão no
mundo e na Igreja. Ser crismado é ser enviado. Dom Dulcenio os convocou a serem
testemunhas ativas da fé, contribuindo com ações concretas e amor ao próximo.
“Crismandos,
todo cristão é testemunho e seu testemunho deve ser verdadeiro. Como
crismandos, diante da caminhada de sua Área Pastoral, quase Paróquia, sendo
você consciente, não pode limitar-se à crítica abstracionista ou à lamentação
estéril; deve sim contribuir com ideias e ação, sempre na vivência do amor de
Deus e para com o próximo. Amém”, findou.
Por: Ascom
Fotos: Pascom Paroquial




























