Missa e Crisma na Paróquia de Nossa Senhora da Conceição, em Sumé
A
Comunidade Paroquial de Nossa Senhora da Conceição, situada na cidade de Sumé,
acolheu o seu Bispo Diocesano, Dom Dulcênio Fontes de Matos, na tarde deste
sábado, 28 de junho, véspera de São Pedro e São Paulo, que presidiu a Santa Missa
e conferiu o Sacramento da Crisma a 210 jovens e adultos.
A
celebração, que reuniu centenas de fiéis na igreja matriz para este
significativo momento de confirmação da fé dos crismandos, foi marcada por um
clima de profunda comunhão e alegria. O Pároco, Padre José Marcondes, e o
Vigário Paroquial, Padre Danilo Monteiro, acolheram calorosamente o senhor
bispo e a assembleia. Padre Naelson Santos, da Paróquia de Serra Branca, também
esteve presente e concelebrou a Eucaristia.
Homilia
Durante
a celebração, Dom Dulcênio refletiu a vida da Igreja “com Pedro e Paulo”, recordando
a expressão “Ó Roma feliz”, exaltando a cidade por ter acolhido o martírio
desses dois apóstolos. Roma é santificada não por seu poder, mas pelo
testemunho de sangue que ali se tornou semente do Evangelho.
“Roma
é felizarda porque em seu seio Pedro, o Príncipe dos Apóstolos, e Paulo, o
Doutor dos gentios, expiraram violentamente para este mundo e adentraram para a
glória do Céu que tanto ansiavam; Roma é feliz ainda porque é contagiada e
vencida pelo avesso ao seu nome – AMOR – que estes dois corajosos homens lhe
implantaram como consequência do Evangelho anunciado e testemunhado por eles
até as suas mortes. Ó Roma feliz!”, disse inicialmente.
Pedro
é apresentado como homem humano e surpreendente: capaz de professar a fé com
coragem e, ao mesmo tempo, de negar o Senhor. Mas é justamente essa humanidade
transformada pela graça que o torna pedra da Igreja. Em sua fraqueza e
fidelidade, vemos a força do chamado de Cristo que não desiste dos seus.
“À
proporção da crença acerca da revelação da identidade de Jesus por parte de
Pedro para os seus, o Cristo publica uma nova face de Pedro, até então inédita
para todos, inclusive para o próprio Pedro. Atribui-lhe o título de “feliz”
(cf. Mt 16,17); depois, de sensível ao próprio Deus – “porque não foi um ser
humano que te revelou isso, mas o meu Pai que está nos céus” (Ibidem); ainda
outorga-lhe o designativo matriz “Pedra”, que implica, dentre tantos outros
atributos, a função de guardião contra os poderes adversos à Igreja de Cristo,
resguardando-a do maligno (cf. Mt 16,18)”, refletiu.
Paulo,
o incansável missionário, é exemplo de entrega total. De perseguidor a Apóstolo,
viveu para anunciar o Evangelho até as últimas consequências. Sua vida é
oferta: ele se fez libação pelas almas conquistadas para Cristo, consciente de
que sua força vinha do Senhor.
“Ao
se apresentar como pronto “para ser derramado em sacrifício” (2Tm 4,6), não se
apresenta como vítima, mas como libação. Utilizando uma linguagem típica da
cultura religiosa da época, Paulo afirma que as vítimas (hóstias) são as almas
que ele conquistou para Cristo, enquanto ele mesmo seria como que o vinho, a
água, ou mesmo o óleo derramado sobre elas, significando que, pelo bem delas,
ele derramou a sua vida, tal como o Servo Sofredor, Cristo, que Se consumiu de
amor (cf. Is 53,12)”, trouxe
Por
fim, Dom Dulcênio convidou a olhar para Pedro e Paulo como testemunhas vivas da
fé. Que aprendamos com Pedro a firmeza, e com Paulo, o zelo missionário. Que
sua herança espiritual continue a transformar também a nossa vida e a vida da
Igreja.
“Que os ensinamentos dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo,
transmitidos fielmente pela Igreja, sejam para nós uma regra de vida
testemunhal do próprio Senhor”.
Por:
Ascom
Fotos: Pascom Paroquial