Na Festa do Sagrado Coração de Jesus, no Catolé, Dom Dulcênio preside Missa e Crisma

Atualizado em 28/06/25 às 05:027 minutos de leitura75 views

Nesta sexta-feira, 27 de junho, a Igreja Católica celebrou a Solenidade do Sagrado Coração de Jesus, data que manifesta o amor imenso e misericordioso de Deus pela humanidade, e que convida os fiéis a amarem como Cristo amou.

Em Campina Grande, a Paróquia do Sagrado Coração de Jesus, no bairro do Catolé, realizou uma programação especial para festejar o seu padroeiro, culminando com a missa solene presidida pelo Bispo Diocesano, Dom Dulcênio Fontes de Matos.

A celebração marcou o encerramento do tríduo preparatório da festa e fez memória ao Jubileu dos 350 anos da aparição do Sagrado Coração de Jesus a Santa Margarida Maria Alacoque, em 1675. A comemoração jubilar, iniciada pela Igreja em dezembro de 2023, destaca a atualidade da devoção e o chamado à vivência do amor divino.

Durante a missa, também foi celebrado o Sacramento da Crisma para 217 jovens e adultos da comunidade, que confirmaram sua fé cristã diante do Bispo. O Pároco, Padre Márcio Henrique, agradeceu a Dom Dulcênio pela presença e pelo testemunho de fé. Concelebrou ainda o Vigário Paroquial, Padre Edjamir, e o Diácono Válter Luna com os seminaristas auxiliaram na liturgia.

A festa reuniu centenas de fiéis, marcando um momento de espiritualidade, renovação e comunhão.

Homilia

A homilia de Dom Dulcênio destacou o amor eterno e misericordioso de Cristo. O Coração de Jesus é apresentado como fonte de luz e esperança para a humanidade, desejando libertar o homem da morte e conduzi-lo à vida plena. Esse coração ama profundamente e convida cada pessoa a confiar em seus planos de salvação.

“Ele é o Bom Pastor, que, conduzindo-nos, não nos deixa faltar nada, porque nenhuma satisfação ou consolação necessária para o homem pode estar fora da órbita do Coração que tanto amou a humanidade. É, pois, o Sagrado Coração a fonte inesgotável de todos os bens, fonte salvadora (porque os bens que o cristão deve buscar não são outros senão os que o remeterão à salvação), para qual rumamos, esperançosos, com uma alegria duradoura, e mais do que isso, verdadeira, e mais ainda, perene, e por isso mesmo, eterna”, pregou inicialmente.

A imagem de Jesus como Bom Pastor revela o cuidado concreto de Deus: Ele busca, acolhe, carrega e cura suas ovelhas. Esse pastor não abandona ninguém, mas vai ao encontro dos perdidos e dos feridos, conduzindo-os com paciência e misericórdia.

“Jesus é o Pastor necessário para todo e qualquer tipo de ovelha, que, obviamente, somos nós, com nossas debilidades, com nossas fraquezas, com nossas virtudes também – daí Ezequiel falar das ovelhas gordas e fortes. Nós somos as ovelhas que deveremos ter como Pastor único e suficiente o próprio Deus, que, quando do nosso cansaço, põe-nos nos ombros, levando-nos Consigo”, refletiu.

Dom Dulcênio também lembrou que o caminho para o céu passa por dificuldades. A vida cristã inclui o sofrimento, mas o Bom Pastor está sempre ao lado de suas ovelhas, sustentando-as com sua força. Mesmo no “vale das sombras”, Ele caminha conosco, dando sentido às dores com sua presença fiel.

“Enquanto não chegarmos às pradarias eternas, teremos que passar pelo ‘vale das sombras’, das dores, das dificuldades, das perseguições, das doenças, dos problemas. Mas, também não se enganem, por sempre estar ao nosso lado, o Bom Pastor sempre percebe as nossas querelas e os nossos cansaços provenientes deste mundo, de uma vida que anseia o céu, mas ainda não está Nele. E, quando isto acontece, Ele nos põe sobre os ombros, e caminha conosco, emprestando-nos a sua força, o Seu vigor”, destacou.

Por fim, a homilia ressaltou a alegria do Coração de Jesus ao ver uma ovelha retornar. Essa alegria deve ser partilhada por todos os fiéis, que são chamados a acolher e apoiar os que voltam ao redil. Celebrar o Sagrado Coração é viver a misericórdia e ser sinal de esperança no mundo.

“Esta felicidade que o Bom Pastor sente quando da conversão, do resgate de uma ovelha, deverá ser sentida por aqueles que já se encontram na companhia com o bondoso Coração de Jesus, embora na temporalidade. Deveremos compartilhar da alegria do céu, enquanto já esclarecidos na fé, alegrar-nos com o retorno daqueles que foram encontrados e conquistados pelo Bom Pastor (cf. Lc 15,5-6). Sejamos ‘co-pastores’. Se não pudermos fazê-lo, não sejamos empecilho para o retorno das ovelhas desgarradas (cf. Lc 15,25-32); antes, alegremo-nos por elas e as apoiemos, alimentando-lhes a esperança, de acordo com a misericórdia de Deus”, findou.

Por: Ascom
Fotos: Pascom Paroquial



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