Na Festa do Sagrado Coração de Jesus, no Catolé, Dom Dulcênio preside Missa e Crisma
Nesta sexta-feira, 27 de junho, a Igreja Católica celebrou a
Solenidade do Sagrado Coração de Jesus, data que manifesta o amor imenso e
misericordioso de Deus pela humanidade, e que convida os fiéis a amarem como
Cristo amou.
Em Campina Grande, a Paróquia do Sagrado Coração de Jesus, no
bairro do Catolé, realizou uma programação especial para festejar o seu
padroeiro, culminando com a missa solene presidida pelo Bispo Diocesano, Dom
Dulcênio Fontes de Matos.
A celebração marcou o encerramento do tríduo preparatório da festa
e fez memória ao Jubileu dos 350 anos da aparição do Sagrado Coração de Jesus a
Santa Margarida Maria Alacoque, em 1675. A comemoração jubilar, iniciada pela
Igreja em dezembro de 2023, destaca a atualidade da devoção e o chamado à
vivência do amor divino.
Durante a missa, também foi celebrado o Sacramento da Crisma para
217 jovens e adultos da comunidade, que confirmaram sua fé cristã diante do Bispo.
O Pároco, Padre Márcio Henrique, agradeceu a Dom Dulcênio pela presença e pelo
testemunho de fé. Concelebrou ainda o Vigário Paroquial, Padre Edjamir, e o
Diácono Válter Luna com os seminaristas auxiliaram na liturgia.
A festa reuniu centenas de fiéis, marcando um momento de
espiritualidade, renovação e comunhão.
Homilia
A homilia de Dom Dulcênio destacou o amor eterno e misericordioso
de Cristo. O Coração de Jesus é apresentado como fonte de luz e esperança para
a humanidade, desejando libertar o homem da morte e conduzi-lo à vida plena.
Esse coração ama profundamente e convida cada pessoa a confiar em seus planos
de salvação.
“Ele é o Bom Pastor, que, conduzindo-nos, não nos deixa faltar
nada, porque nenhuma satisfação ou consolação necessária para o homem pode
estar fora da órbita do Coração que tanto amou a humanidade. É, pois, o Sagrado
Coração a fonte inesgotável de todos os bens, fonte salvadora (porque os bens
que o cristão deve buscar não são outros senão os que o remeterão à salvação),
para qual rumamos, esperançosos, com uma alegria duradoura, e mais do que isso,
verdadeira, e mais ainda, perene, e por isso mesmo, eterna”, pregou
inicialmente.
A imagem de Jesus como Bom Pastor revela o cuidado concreto de
Deus: Ele busca, acolhe, carrega e cura suas ovelhas. Esse pastor não abandona
ninguém, mas vai ao encontro dos perdidos e dos feridos, conduzindo-os com
paciência e misericórdia.
“Jesus é o Pastor necessário para todo e qualquer tipo de ovelha,
que, obviamente, somos nós, com nossas debilidades, com nossas fraquezas, com
nossas virtudes também – daí Ezequiel falar das ovelhas gordas e fortes. Nós
somos as ovelhas que deveremos ter como Pastor único e suficiente o próprio
Deus, que, quando do nosso cansaço, põe-nos nos ombros, levando-nos Consigo”,
refletiu.
Dom Dulcênio também lembrou que o caminho para o céu passa por
dificuldades. A vida cristã inclui o sofrimento, mas o Bom Pastor está sempre
ao lado de suas ovelhas, sustentando-as com sua força. Mesmo no “vale das
sombras”, Ele caminha conosco, dando sentido às dores com sua presença fiel.
“Enquanto não chegarmos às pradarias eternas, teremos que passar
pelo ‘vale das sombras’, das dores, das dificuldades, das perseguições, das
doenças, dos problemas. Mas, também não se enganem, por sempre estar ao nosso
lado, o Bom Pastor sempre percebe as nossas querelas e os nossos cansaços
provenientes deste mundo, de uma vida que anseia o céu, mas ainda não está
Nele. E, quando isto acontece, Ele nos põe sobre os ombros, e caminha conosco,
emprestando-nos a sua força, o Seu vigor”, destacou.
Por fim, a homilia ressaltou a alegria do Coração de Jesus ao ver
uma ovelha retornar. Essa alegria deve ser partilhada por todos os fiéis, que
são chamados a acolher e apoiar os que voltam ao redil. Celebrar o Sagrado
Coração é viver a misericórdia e ser sinal de esperança no mundo.
“Esta felicidade que o Bom Pastor sente quando da conversão, do
resgate de uma ovelha, deverá ser sentida por aqueles que já se encontram na
companhia com o bondoso Coração de Jesus, embora na temporalidade. Deveremos
compartilhar da alegria do céu, enquanto já esclarecidos na fé, alegrar-nos com
o retorno daqueles que foram encontrados e conquistados pelo Bom Pastor (cf. Lc
15,5-6). Sejamos ‘co-pastores’. Se não pudermos fazê-lo, não sejamos empecilho
para o retorno das ovelhas desgarradas (cf. Lc 15,25-32); antes, alegremo-nos
por elas e as apoiemos, alimentando-lhes a esperança, de acordo com a
misericórdia de Deus”, findou.
Por:
Ascom
Fotos: Pascom Paroquial