Solenidade da Santíssima Trindade: Missa na Catedral e Investidura na Paróquia da Trindade

Postado em 15/06/25 às 23:5410 minutos de leitura90 views

Neste domingo, 15 de junho, data em que a Igreja celebrou a Solenidade da Santíssima Trindade, o Bispo Diocesano de Campina Grande, Dom Dulcênio Fontes de Matos, presidiu duas missas marcadas pela fé e participação do povo.

Pela manhã, a celebração ocorreu na Catedral Diocesana de Nossa Senhora da Conceição, com a presença de centenas de fiéis. Concelebraram o Pároco e Vigário Geral, Padre Luciano Guedes, e o Diácono Ricardo, com o auxílio de seminaristas. Durante a acolhida, Padre Luciano destacou a presença de visitantes de outras cidades, como Timbaúba (PE), que estão na cidade para os festejos juninos. Na ocasião, também rezou pelo dia Mundial de Conscientização contra a Pessoa Idosa.

Em sua Homilia, Dom Dulcênio convidou a contemplar o mistério de um único Deus em três Pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo. Celebramos hoje não apenas um aspecto de Deus, mas a plenitude de Sua presença, que guia toda a ação da Igreja. Tudo o que fazemos é em nome da Trindade, cuja glória e unidade são proclamadas na liturgia e vividas na fé da comunidade cristã.

“Em primeiro lugar, obedecendo a ordem do Seu Divino Fundador, tudo o que a Igreja faz sobre a terra é “Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28,19). Portanto: em nome da Santíssima Trindade, por causa Dela e para o aumento da Sua glória infinita. Hoje, celebramos Deus, e, com isso, não dizemos que o fazemos pontualmente, porque a Igreja em tudo o que faz O celebra. Hoje, celebramos Deus, “não uma única pessoa, mas três Pessoas num só Deus”, como diremos no Prefácio da Oração Eucarística; um Deus consubstancial em Sua Trindade, e que, nesta mesma Trindade é um só em Sua Divindade”, pregou.

A homilia destacou a ação da Sabedoria de Deus – o Espírito Santo – presente desde a criação e comunicada ao nosso coração. Essa presença nos insere na vida divina e nos dá dignidade, pois o Deus que nos criou e salvou deseja comunhão conosco. Por meio de Cristo, temos acesso à graça, e pelo Espírito, recebemos o amor que nos une ao Pai.

“Somente por causa desta comunicação de Deus a nós e conosco, é que o homem se torna grande, ganha os méritos de sua dignidade. Este Deus que nos criou, nos redimiu e nos santifica, comunicando-Se, deseja que entremos em comunhão Consigo; que entremos na comunhão divina do amor que é o Espírito Santo, que liga o Pai ao Filho e o Filho ao Pai. Por esta comunhão de amor que Se comunica a nós e conosco, temos acesso a Deus, ao que podemos ser um com Ele, de maneira que, na Sua Divindade, temos lugar; de maneira que, na Sua Divindade, somos divinos pela Sua graça”, destacou.

Por fim, Dom Dulcênio lembrou que celebrar a Trindade é um chamado à unidade e à responsabilidade. A fé trinitária nos convida a viver em comunhão, como Igreja, unidos pelo amor e pela participação no Corpo de Cristo. Ser um com Deus é também ser um com os irmãos, numa vida marcada pelo amor, pela fé e pela esperança.

“Trindade e Unidade. Estes dois aspectos do infindável e inefável mistério que celebramos particularmente hoje também podem ser compreendidos pela fé da Igreja, pois como Santo Hilário salientou a unidade das Pessoas Trinitárias: “Um só é o Criador de todas as coisas. Pois um só é Deus Pai, de quem tudo procede; um só é o Filho Unigênito, nosso Senhor Jesus Cristo, por quem tudo foi feito; e um só é o Espírito, que foi dado a todos nós”, findou.

Missa com Investidura na Paróquia da Trindade

Ainda neste dia, mas a noite, Dom Dulcênio presidiu a missa solene na Paróquia da Santíssima Trindade, no bairro Catolé, em Campina Grande. A celebração foi marcada por um momento especial: a investidura de 100 Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão, entre novos e ministros renovando o serviço.

O Pároco, Padre Jorge Rodrigues, concelebrou a Eucaristia, acompanhado do Diácono Manassés da Silva e dos seminaristas. A celebração reforçou a missão da comunidade paroquial e a vivência do mistério central da fé cristã: a comunhão com o Deus Uno e Trino.

Homilia

Dom Dulcênio destacou que a fé cristã se fundamenta na Trindade: um só Deus em três Pessoas. Esse mistério central ilumina toda a vida da Igreja, que tudo faz em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. É a base da liturgia, da missão e da identidade cristã, pois Deus se revela como unidade perfeita em comunhão de amor.

“O Catecismo da Igreja Católica, tecendo acerca do mistério trinitário, chamá-lo-á central à fé e à vida cristã, porque é “fonte de todos os outros mistérios da fé, é a luz que os ilumina. É o ensinamento mais fundamental e essencial na hierarquia das verdades de fé” (n. 234), já que tudo o que faz a Igreja, operando a sua missão salvadora recebida do Seu Esposo e Fundador, é realizada “em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo”, engrandecendo a Trindade eterna, “imensa e una” (Liturgia das Horas, Hino das I e II Vésperas da Solenidade da Santíssima Trindade)”, trouxe inicialmente.

A Trindade não é fruto da razão, mas dom revelado por Deus na História da Salvação. Pai, Filho e Espírito Santo agem juntos e inseparavelmente. Como ensina Santo Atanásio, toda graça vem do Pai, por meio do Filho, no Espírito. Assim, a Trindade é comunhão plena, sem hierarquia, e fonte de toda a vida e santidade.

“...O Pai cria todas as coisas por meio do Verbo, no Espírito Santo; e deste modo, se afirma a unidade da Santíssima Trindade. [...] Com efeito, toda a graça que nos é dada em nome da Santíssima Trindade, vem do Pai, pelo Filho, no Espírito Santo. Assim como toda a graça nos vem do Pai por meio do Filho, assim também não podemos receber nenhuma graça senão no Espírito Santo” (nn. 28.30). Logo, não entrevemos hierarquia na Trindade, tampouco competição, de maneira que, diante da eterna e inquebrantável comunhão de Suas Pessoas, chamamo-la ‘perfeita Comunidade”, refletiu.

Por fim, Dom Dulcênio recordou que, pelo Batismo, somos inseridos no mistério do Deus uno e trino. Recebemos o amor do Pai, a graça do Filho e a comunhão do Espírito, como afirma Santo Atanásio. Vivemos já agora essa comunhão, em louvor contínuo, enquanto aguardamos, sem nos afastar da graça, a plenitude eterna junto da Trindade.

“Enquanto tal bem-aventurança não nos chega, nunca a nossa vida se aliene, pelo pecado, da vida divina com a qual já fomos presenteados desde o Batismo que recebemos; antes, pelo contrário, seja a nossa existência - já aqui e agora - um canto contínuo de louvor e “glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. Assim como era no princípio, agora e sempre, por todos os séculos dos séculos. Amém”.

Por: Ascom
Fotos: Pascom (Catedral e Trindade)



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