Santa Missa Marca Celebração da Crisma no Convento São Francisco
Na noite deste sábado, 7 de junho, o Convento de
São Francisco, em Campina Grande, acolheu o Bispo Diocesano, Dom Dulcênio
Fontes de Matos, para a celebração da Santa Missa, celebrando a Solenidade de
Pentecostes. Durante a celebração, 36 jovens e adultos receberam o Sacramento
da Crisma, selando um importante passo na maturidade da fé cristã.
Dom Dulcênio foi calorosamente recebido pela
comunidade paroquial e pelo Frei Wellington Reis, OFM, que concelebrou a
Eucaristia. A celebração também contou com o apoio litúrgico do Diácono Marco
Danillo e de seminaristas.
Com grande participação dos fiéis, a celebração foi
marcada por profunda espiritualidade, alegria e comunhão. O momento reforçou a
presença do Espírito Santo na vida da Igreja, especialmente neste tempo em que
se celebra o nascimento da missão evangelizadora dos Apóstolos.
Em
sua pregação, Dom Dulcênio destacou o envio do Espírito Santo como cumprimento
da promessa de Cristo. O Espírito, presença viva de Deus, conduz a Igreja como
vento que impulsiona a barca, imagem tradicional que simboliza sua ação
constante na história da salvação.
“O
Espírito sopra onde quer’ (Jo 3,8). É com esta afirmativa do Senhor a Nicodemos
que me vem à mente a bonita imagem do vento e da barca à vela, tão arraigada na
tradição cristã como retrato do Espírito que conduz a Igreja de Cristo,
soprando nas velas da sua história, pelo oceano agitado do mundo, até o porto
da eternidade feliz da Pátria celestial. O luminoso Papa Bento XVI, certa
feita, afirmou que a grande prova de que a Igreja é divina e, portanto, guiada
pelo Espírito Santo, é que os homens, com os seus pecados, nunca a destruíram”,
iniciou.
O
bispo recorreu aos ensinamentos de São João Paulo II para reforçar que o
Espírito santifica continuamente a Igreja, inserindo os fiéis na vida divina
desde o batismo. Pentecostes, mais do que um evento, é o início de uma missão:
a Igreja, impulsionada pelo Espírito, sai ao mundo para testemunhar o
Ressuscitado com coragem.
“Cristo
Ressuscitado veio e foi 'portador' do Espírito Santo para os Apóstolos. Deu-lho
dizendo: 'Recebei o Espírito Santo'. Isso que aconteceu então no interior do
Cenáculo, 'estando as portas fechadas', mais tarde, no dia do Pentecostes,
viria a manifestar-se publicamente diante dos homens. Abrem-se as portas do
Cenáculo e os Apóstolos dirigem-se aos habitantes e peregrinos, que tinham
vindo a Jerusalém por ocasião da festa, para dar testemunho de Cristo com o
poder do Espírito Santo. E assim se realiza o anúncio de Jesus: 'Ele dará
testemunho de mim: e também vós dareis testemunho de mim, porque estivestes
comigo desde o princípio' (Jo 15,26s.)" (Dominus et Vivificantem, 25)”,
trouxe.
Dom
Dulcênio ressaltou que, naquele dia, a Igreja se manifestou publicamente e
iniciou sua missão evangelizadora. Essa força, perpetuada nos sacramentos e
dons do Espírito, mantém viva a fé e sustenta a Igreja mesmo em tempos
difíceis, como os atuais.
“Ele
introduz a Igreja no conhecimento de toda a verdade (cf. Jo 16,13), unifica-a
na comunhão e no ministério, edifica-a e dirige-a com os diversos dons
hierárquicos e carismáticos e enriquece-a com os seus frutos (cf. Ef 4,11-12;
1Cor 12,4; Gl 5,22). Faz ainda com que a Igreja se mantenha sempre jovem, com a
força do Evangelho, renova-a continuamente e leva-a à perfeita união com o seu
Esposo" (n. 4). Eis, de forma resumida, a Sua ação indispensável e
contínua na vida da Igreja, porque é a sua alma, movendo-a e provendo-a em
todos os tempos, principalmente nos mais difíceis, tal como este que estamos a
atravessar, marcado pelo secularismo, indiferentismo e relativismo moral”,
refletiu.
Por
fim, exortou-se a invocar sempre o Espírito Santo, que habita na Igreja e a
renova com seus dons. Ele é a alma da Igreja, que a mantém fiel e jovem,
guiando-a à verdade e à plena comunhão com Cristo.
“Sendo
o Espírito Santo quem congrega em Cristo para a glória do Pai a humanidade,
como comunidade reunida, invoquemo-Lo constantemente, para que conceda a
Igreja, que espera e deseja, os Seus sete dons, a plenitude da Sua unção já
manifestada no evento que hoje celebramos”, findou.
Por: Ascom
Fotos: Pascom Paroquial


























