Dom Dulcênio Ordena 4 Novos Diáconos Permanentes Para a Igreja
Em uma solene
Celebração Eucarística, a Diocese de Campina Grande acolheu com alegria a
ordenação de quatro novos Diáconos Permanentes. A missa foi presidida por Dom
Dulcênio Fontes de Matos, Bispo Diocesano, na noite desta terça-feira, 27 de
maio, na Catedral de Nossa Senhora da Conceição, reunindo centenas de fiéis em
clima de profunda emoção e comunhão.
Foram
ordenados os senhores Danilo de Almeida Vasconcelos, David Severino de Souza,
Francisco de Assis Cardoso da Silva e José Vlademir Elói. Com o coração cheio
de fé e gratidão, eles disseram “sim” ao chamado de Deus para o serviço à
Igreja, assumindo o ministério diaconal com humildade, generosidade e espírito
missionário.
A celebração
contou com a presença do clero diocesano, diáconos, seminaristas, religiosos,
familiares e amigos dos ordenados, além de representantes das paróquias onde
cada um atua.
Homilia
Dom Dulcênio
expressou a alegria da Igreja ao acolher os novos diáconos na “Casa da Rainha e
Imperatriz da Borborema”, destacando o valor do serviço e da caridade na
missão. Em sua fala, reforçou a firmeza da Igreja, que permanece inabalável
diante de qualquer desafio.
Inicialmente, Dom Dulcênio destacou a ação do
Espírito Santo no tempo pascal, ressaltando a fé de Paulo e Silas diante da
perseguição e a conversão do carcereiro de Filipos. O bispo relembrou que o
testemunho cristão só é possível com a força do Espírito, permitindo aos
discípulos enfrentarem o sofrimento com firmeza e esperança.
“O testemunho sereno dos prisioneiros, a sua
lealdade, a série de eventos extraordinários, impressionam o carcereiro, que
pergunta aos apóstolos: “Senhores, que devo fazer para ser salvo?” A resposta é
simples e direta: “Acredita no Senhor Jesus”. Assim, depois de Lídia, prosélita
judaica, um funcionário romano, entra a fazer parte da comunidade de Filipos,
tão cara a Paulo.”
Aos candidatos ao diaconato, Dom Dulcênio lembrou
que o ministério nasce do serviço e da humildade, seguindo o exemplo de Cristo,
que se fez servo. O diaconato não é um degrau para o sacerdócio, mas um chamado
específico à caridade.
“E tudo começa aqui, como nos recorda o fato de que
o diaconato é a porta de entrada para a caridade. Talvez, sejamos todos
convidados ao diaconato para sermos mais caridosos com os outros e conosco; ou
seja, pensar numa Igreja “constitutivamente diaconal”. Recordemos, por favor,
que para os discípulos de Jesus, amar é servir e servir é reinar. O poder está
no serviço, não noutro aspeto. Ora, os diáconos são os guardiões do serviço na
Igreja, por isso podemos dizer que eles são os guardiões do serviço. Pensai
nisto!”, disse.
O bispo também exortou os futuros diáconos a serem
bons esposos e pais, testemunhando o Evangelho com a vida. A fé, como ensina
São Tiago, sem obras é morta, e por isso a caridade deve estar no centro da
missão diaconal.
“Porém, não é suficiente anunciar a fé apenas com
as palavras porque, como recorda o Apóstolo Tiago, a fé “sem as obras, está
completamente morta”. Por conseguinte, é necessário acompanhar o anúncio do
Evangelho com o testemunho concreto da caridade, que “para a Igreja... não é
uma espécie de atividade de assistência social... mas pertence à sua natureza,
é expressão irrenunciável da sua própria essência” (Deus caritas est, 25)”,
pregou.
Por fim, Dom Dulcênio invocou a intercessão de
Maria e do diácono São Lourenço, pedindo que inspirem os novos diáconos em sua
missão. Com gratidão e bênção pastoral, concluiu destacando que a caridade e o
serviço devem ser os pilares de suas ações, sustentadas sempre pelo Evangelho
vivido com humildade e alegria.
“Por fim, não menos importante, mas, para selar as
minhas palavras, Maria, a humilde serva do Senhor que ofereceu o Salvador ao
mundo, e o Diácono Lourenço, que amou o Senhor a ponto de lhe entregar a
própria vida, vos acompanhem sempre com a sua intercessão. Com estes
sentimentos, concedo de coração a cada um de vós a Bênção do vosso pastor que,
de bom grado, torno extensiva a quantos vos são queridos e a todos aqueles com
quem vos encontrais no cumprimento do vosso ministério. E lembrem-se: caridade
e serviço! A caridade e o serviço sejam os pilares de vossas ações, animadas
pelo ânimo do Evangelho!”, concluiu.
Sobre os Diáconos
- O Diácono Danilo de Almeida Vasconcelos, da Paróquia de Nossa Senhora do Rosário, bairro da Prata, atua como professor universitário e fisioterapeuta e é casado com Tatiana Almeida Vieira Vasconcelos. O casal tem duas filhas: Ana Luisa e Maria Alice. Diácono Danilo exercerá seu ministério na Paróquia Imaculado Coração de Maria e Sagrado Coração de Jesus, Monte Castelo.
- O Diácono David Severino de Souza, natural da
Paróquia de Nossa Senhora do Desterro, em Boqueirão, é servidor público. É
casado com Marta Mineia Macedo Souza e pai de duas filhas: Maria Daniele e
Maria Letícia. Sua missão será na Paróquia São Pedro e São Paulo, em Queimadas.
- O Diácono Francisco de Assis Cardoso da Silva
é professor e natural da Paróquia de São José, em São José da Mata. Casado com
Lindinalva Pedro da Silva Cardoso, tem três filhos: Luiz Miguel, Felipe Gabriel
e Lívia Isabele. Ele prestará serviço diaconal na Paróquia de origem.
- O Diácono José Vlademir Elói, natural da
Paróquia de Santa Rosa de Lima, em Campina Grande, é corretor e casado com
Gilza Albuquerque Elói, com quem tem três filhos: Thiago, José Arthur e João
Pedro. Ele servirá na Paróquia Senhor do Bonfim, Distrito de Jenipapo.
Diaconato Permanente
Os Diáconos são ordenados para o Serviço da
Palavra, Liturgia e Caridade. Destinam-se para ajudar e a servir os bispos e
presbíteros. A doutrina católica estabelece que o grau de diaconato é um grau
de serviço, estabelecido desde a época dos apóstolos, como testemunham os Atos
dos Apóstolos e a Carta de São Paulo a Timóteo: (Atos 6, 1-6).
O Diácono Permanente diz respeito a homens casados
dessa forma, os homens casados que se dedicam a ajudar a Igreja por meio da
vida litúrgica, pastoral ou nas obras sociais e caritativas. Ao serem
ordenados, os diáconos unem-se mais intimamente ao altar, para cumprir seu
ministério com maior eficácia, por meio da graça sacramental.
Por: Ascom
Fotos: Pascom Diocesana