Formação em Gestão Eclesial aprofunda práticas de administração paroquial no segundo dia de atividades
O segundo dia da Formação em Gestão Eclesial, neste dia 15,
promovida pela Diocese de Campina Grande, deu continuidade aos estudos voltados
para a qualificação da administração paroquial, unindo aspectos técnicos e
espirituais da missão da Igreja. Padres, diáconos e agentes de pastoral
participaram de mais uma manhã formativa no Centro Diocesano de Eventos São
João XXIII, em Lagoa Seca.
A assessoria do encontro está sendo conduzida pelo
Pe. José Carlos Pereira, CP, especialista na temática da gestão eclesial, que
destacou a importância de compreender a paróquia como um organismo vivo, cuja
administração deve estar a serviço da evangelização.
A gestão paroquial como missão compartilhada
Logo no início, foi enfatizada a necessidade de uma
gestão participativa, envolvendo a comunidade nas decisões paroquiais, seja por
meio de conselhos (gestão direta) ou de assembleias e organismos (gestão
indireta). “A responsabilidade da gestão é também da comunidade, que deve
participar dos processos decisórios de forma corresponsável”, destacou o
assessor.
Atividade-fim e coerência pastoral
Um dos conceitos centrais do encontro foi a
diferenciação entre atividade-fim e atividades-meios. A evangelização foi
reafirmada como o objetivo principal da Igreja e, consequentemente, de toda
paróquia. Assim, todas as demais atividades desenvolvidas devem estar em
sintonia com essa missão. Foi apresentado o desafio de alinhar práticas
administrativas e pastorais com essa finalidade última, garantindo coerência
entre meios e fins.
Gestão eclesial: profissionalismo a serviço da
missão
A formação seguiu abordando as diversas dimensões
da gestão eclesial, como planejamento, organização, direção e controle,
adaptadas à realidade paroquial. Destacou-se que a paróquia, enquanto entidade
do terceiro setor, precisa estar atenta às exigências legais e administrativas,
sem perder sua identidade evangelizadora.
Estruturas como Mitra Diocesana, Paróquias e
Comunidades foram contextualizadas em uma dinâmica organizacional que exige
responsabilidade e transparência. A prestação de contas foi apresentada como um
exercício necessário para a boa gestão e testemunho cristão.
O gestor eclesial e seus desafios
Foram trabalhadas ainda as competências do gestor
eclesial, que deve atuar em equipe, liderando processos de gestão de pessoas,
patrimônio, pastoral e espiritualidade. A importância da gestão espiritual —
integrando oração, retiros e acompanhamento — foi ressaltada como essencial
para que a administração esteja sempre a serviço da missão.
Temas como gestão de colaboradores (funcionários,
voluntários e leigos) e gestão do patrimônio (bens móveis e imóveis) também
foram aprofundados, evidenciando a necessidade de planejamento estratégico e
equilíbrio entre recursos e necessidades pastorais.
Reflexão em grupos e plenária
Encerrando as atividades do dia, os participantes
foram divididos em grupos para refletir sobre os principais desafios da gestão
paroquial, partilhando experiências e propostas para temas como prestação de
contas, transparência, ética e gestão do tempo. As discussões retornaram em plenária,
fortalecendo o espírito de comunhão e corresponsabilidade.
Continuidade da formação
A Formação em Gestão Eclesial segue até esta sexta,
16, com o objetivo de capacitar os agentes envolvidos na administração
paroquial, oferecendo instrumentos para uma gestão eficiente, transparente e
alinhada à missão evangelizadora da Igreja.
Por: Padre
Márcio Henrique
Fotos: Ascom












