Domingo do Bom Pastor: Bispo preside missa na Catedral e em Damião

Atualizado em 11/05/25 às 22:2012 minutos de leitura93 views

Neste domingo, 11 de maio, a Igreja celebrou o IV Domingo da Páscoa, também conhecido como Domingo do Bom Pastor. Na catedral Diocesana de Nossa Senhora da Conceição, Dom Dulcênio Fontes de Matos, o Bispo Diocesano, presidiu a Santa Missa pela manhã reunindo grande número de fiéis.

A celebração contou com a participação do Padre Luciano Guedes, Vigário Geral e Pároco da Catedral, além dos Diáconos Anderson e Ricardo, e seminaristas. Durante a missa, quatro candidatos ao Diaconato Permanente receberam o Ministério de Acólito: Danilo Vasconcelos, David de Souza, Francisco de Assis e José Vlademir Elói. O rito foi acompanhado por familiares e amigos, marcando mais um passo importante na caminhada vocacional dos futuros diáconos, cuja ordenação está marcada para o dia 27 de maio, às 19h30, também na Catedral.

Já no período da tarde, o Bispo Diocesano esteve na Comunidade Nossa Senhora de Fátima, na cidade de Damião, pertencente à Paróquia de Barra de Santa Rosa. A celebração fez parte da 11ª noite da trezena em honra à padroeira e contou com a calorosa acolhida do Pároco, Padre Thiago, e dos fiéis da comunidade.

Durante a missa, Dom Dulcênio anunciou oficialmente a criação da Área Pastoral de Damião, uma importante conquista para a comunidade local. A notícia foi recebida com grande emoção e alegria pelos fiéis, que aplaudiram e agradeceram com entusiasmo o reconhecimento da vitalidade pastoral da cidade.

A festa de Nossa Senhora de Fátima segue até o dia 13 de maio, terça-feira, com intensa programação religiosa e cultural, marcando este tempo de graça e renovação para a comunidade de Damião.

Em ambas as celebrações, Dom Dulcênio também elevou preces em ação de graças por todas as mães, tanto as que vivem quanto as que já foram chamadas à eternidade.

Homilia

Em sua homilia, Dom Dulcênio chamou a atenção não só para o coração dos pastores, mas também para a responsabilidade das ovelhas: escutar e obedecer a voz de Cristo, que fala por meio dos seus ministros. A fé autêntica exige disposição para ser guiado, não por vontade própria, mas pela verdade revelada por Deus na Igreja.

“Sempre é falada da necessária sensibilidade de coração daqueles que são chamados por Deus para o múnus pastoral. É justo que se fale, para que os pastores tenham os mesmos sentimentos de Cristo, o Bom Pastor. Porém, pouco paramos para refletir que a sensibilidade de escuta e obediência são pertinentes às ovelhas; ou seja: àqueles que, por um vínculo de fé, devem se deixar conduzir por Deus, que fala e age nas pessoas dos seus ministros sagrados, naqueles que Lhe fazem as vezes como pastores de um rebanho chamado Igreja”, iniciou.

Dom Dulcênio comentou que, nas leituras deste domingo, vemos dois tipos de resposta à Palavra: os judeus, que rejeitam, e os pagãos, que acolhem com alegria. A promessa de Jesus é para as ovelhas que O escutam: estas serão guiadas às fontes da vida, como mostra o Apocalipse. Rejeitar a Palavra é desprezar a salvação.

“Na Primeira Leitura, temos Paulo e Barnabé que, indo à Antioquia da Pisídia, são ouvidos pelos pagãos e desprezados, perseguidos e expulsos pelos judeus. A quem os escutavam, os apóstolos “insistiam para que continuassem fiéis à graça de Deus” (At 13,43). E mais: para a alegria dos gentios e vergonha dos judeus, que deveriam ser os primeiros a abraçarem a fé, porque a Boa-Nova lhes foi anunciada por primeiro, ao que a rejeitaram (cf. Jo 1,11), disseram Paulo e Barnabé: “Era preciso anunciar a palavra de Deus primeiro a vós. Mas, como a rejeitais e vos considerais indignos da vida eterna, sabei que vamos dirigir-nos aos pagãos” (At 13,46)”, refletiu.

O prelado destacou que para seguir Cristo exige coragem e renúncia. Muitos obstáculos estão dentro de nós: orgulho, resistência, vaidade. Ser ovelha fiel é lutar contra si mesmo para deixar que a voz do Senhor encontre espaço no coração. O exemplo dos santos nos inspira a viver essa fidelidade, mesmo quando ela exige sacrifícios.

“Ouvir, seguir, nem sempre é uma atitude fácil. Por vezes, os primeiros obstáculos são impostos por nós mesmos. Por vezes, somos os primeiros a perseguir, a querer extirpar a ação do Evangelho em nós. Ouvir, seguir exige virtudes heróicas, dentre elas a coragem, violência para demolir o nosso orgulho, os nossos caprichos... Para a coragem, é preciso que violentemos o nosso coração para que a voz de Cristo, que fala pelos seus ministros, encontre eco em nós”, destacou.

Dom Dulcênio também advertiu sobre o perigo de dar ouvidos a “vozes estranhas” - influências que afastam da verdade, mesmo dentro do mundo religioso.

“É fácil ouvir quem não te conhece, ovelha! É fácil ser dócil a quem só deseja ser usurário! É fácil, de maneira irresponsavelmente descomprometida, ouvir somente aquilo que afaga o seu ego, como se o Evangelho de Jesus fosse um livro de corroborar auto-estima e de proporcionar auto-ajuda, ovelha insensível! Ovelha rebelde!”, pregou.

Por fim, o bispo também alertou que a escolha entre ser ovelha ou bode é decisiva. Ovelhas ouvem, seguem e se salvam. Bodes recusam, murmuram e se perdem. A qual grupo pertencemos?

“Se aos bodes arredios são-lhes típicas a revolta e a murmuração, aos discípulos, às boas ovelhas, distintas pela audição e atenção, cabe-lhes ficarem “cheios de alegria e do Espírito Santo” (At 13,52). Seja, pois, esta nossa constante atitude”, concluiu.

Por: Ascom
Fotos: Catedral (Pascom Catedral e Diocesana); Damião ( Pascom paroquial e Seminarista Júnior)



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