Dom Dulcênio preside Missa e Crisma na Paróquia de São José, em Campina Grande
Na noite deste sábado, 10 de maio, a Paróquia de São José,
localizada no bairro José Pinheiro, em Campina Grande, celebrou a Santa Missa
com o Sacramento da Crisma para 55 jovens e adultos. A celebração, marcando o
IV Domingo do Tempo Pascal, foi presidida por Dom Dulcênio Fontes de Matos,
Bispo Diocesano, que foi calorosamente acolhido pela comunidade paroquial e
pelo Pároco Pe. Henrique Benjamim, SCJ.
A liturgia contou com a presença do Diácono Rucardo Soares, do
Frater Adson Marinho, SCJ, e dos seminaristas, que auxiliaram na cerimônia. A
comunidade participou com fé e alegria, testemunhando esse momento especial na
caminhada cristã dos crismandos, reafirmando o compromisso da paróquia com a
formação e fortalecimento da fé.
Homilia
Celebrando o IV Domingo da Páscoa, Dom Dulcênio recordou que a
Igreja reza pelas vocações, atendendo ao pedido de Jesus: que peçamos ao Pai
por mais operários para a messe. Desde o Antigo Testamento, Deus promete
pastores segundo Seu coração, promessa cumprida em Jesus, o Bom Pastor, que
guia seu povo com amor, mesmo nas dificuldades da vida.
“Desde o Antigo Testamento, Deus promete pastores segundo o Seu
coração, para apascentar com ciência e inteligência (cf. Jr 3,15). E isto se
cumpre em Jesus Cristo, o Bom e Belo Pastor, que chama e conhece as Suas
ovelhas, e estas, por suas vezes, ouvem e conhecem a voz Daquele que as
apascenta. Este Pastor prometido e dado a nós, o Senhor Jesus, conduz os que
são Seus, "uma multidão imensa de gente de todas as nações, tribos, povos
e línguas, e que ninguém podia contar" (Ap 7,9)”, disse inicialmente.
Cristo, o único Pastor, escolhe homens para continuar Sua missão.
A homilia mostrou, com o exemplo de Paulo e Barnabé, que ser pastor é anunciar,
corrigir e seguir com fidelidade, mesmo diante da rejeição. O verdadeiro pastor
é aquele que não se cala e permanece firme na missão recebida de Deus.
“Na Primeira Leitura, os Atos dos Apóstolos nos apresentam a
insistência de dois dos notáveis pastores da Igreja para que os que acolheram a
semente das suas pregações e do Evangelho continuassem fiéis à graça de Deus
(cf. At 13,43). Apascentar é, então, exortar, e comporta também admoestar,
principalmente quando aqueles a quem somos enviados fazem pouco ou nenhum caso
da sã Doutrina que portamos e anunciamos. E isto vemos Paulo e Barnabé fazerem
aos judeus”, destacou.
Dom Dulcênio citou Santo Agostinho para lembrar que a voz dos
pastores é a voz de Cristo. Por isso, o povo de Deus é chamado a escutar e
obedecer a esses enviados, não por mérito pessoal, mas porque foram escolhidos
para zelar pelo rebanho do Senhor, mesmo com suas limitações humanas.
“E na voz dos ministros da Igreja de Cristo está a voz mesma do
Senhor, porque agimos em Sua Pessoa. Daí, a obediência cordial que o fiel cristão
deve ter àqueles a quem o Senhor, na Sua admirável providência, dispôs para
zelar pelo que é Seu, sem mérito algum dos que, assim, foram eleitos, chamados e constituídos, não
obstante a nossa fraqueza”.
Por fim, o bispo fez um forte apelo: que nunca faltem pastores
para guiar a Igreja. Mesmo que o mundo prefira outras vozes, é essencial que
surjam homens corajosos, dispostos a apascentar com fidelidade. A Igreja
precisa sempre pedir: “Pedimos pastores!”
“Especialmente hoje, pedimos ao Senhor que nunca nos deixe faltar
pastores, sacerdotes, para o serviço do santo Povo de Deus, para a condução de
corações à santidade, à perfeição do Supremo Pastor da Igreja. Ainda que
aconteça o constatado pelo poeta Padre Zezinho, quando canta: "Sei que a
televisão, o rádio e o jornal convencem mais cabeças do que o padre lá no
Altar", ainda que o mundo queira escutar outras vozes, mas que não faltem
pessoas, homens corajosos, vozes dos ungidos do Senhor, para anunciar e
denunciar, para exortar e corrigir, enfim, para apascentar”, concluiu.
Por:
Ascom
Fotos: Pascom Paroquial (Thales Freitas)






















