Seminário São João Maria Vianney realiza investidura de batina de 10 seminaristas
Nesta quinta-feira, 1º de maio, dia de São José Operário e também
Dia do Trabalhador, o Seminário Diocesano São João Maria Vianney, localizado em
Campina Grande (PB), viveu um momento de grande significado espiritual: a
celebração da investidura de 10 seminaristas com a veste talar, conhecida como
batina. A Santa Missa teve início às 17h e foi marcada por intensa oração,
alegria e renovação vocacional.
Os seminaristas que receberam a batina pertencem às dioceses de
Campina Grande e de Caruarú, estando atualmente no segundo e terceiro ano do
curso de Filosofia. A investidura é um rito que simboliza um passo importante
na caminhada rumo ao sacerdócio, marcando o amadurecimento da vocação e o
compromisso com a vida de entrega a Deus e à Igreja.
A Eucaristia foi presidida pelo magnífico Reitor do Seminário,
Padre Leandro Márcio, e concelebrada por diversos sacerdotes das duas dioceses.
Entre os concelebrantes estiveram o vigário geral da Diocese de Campina Grande,
Padre Luciano Guedes; o vice-reitor do seminário, Padre Joseque Borges; o
diretor do Centro de Estudos, Padre João Jorge; o reitor do Seminário Diocesano
de Caruaru, Padre Jerônimo Alves; e o vice-reitor, Cônego Francisco Xavier. A
celebração contou ainda com a presença de seminaristas, religiosas, religiosos,
familiares dos vocacionados e centenas de fiéis, que lotaram a capela do
seminário para testemunhar esse momento de fé e consagração.
Durante sua homilia, o Reitor, Padre Leandro Márcio, refletiu
sobre a figura de São José como modelo de confiança, silêncio e entrega total à
missão confiada por Deus. Ele destacou que, assim como o pai adotivo de Jesus
recebeu de Deus o que havia de mais precioso — seu próprio Filho e a Virgem
Maria —, também o seminarista é chamado a acolher com amor a missão sacerdotal
como algo sagrado.
“Deus nos ama tanto que se coloca em nossas mãos. Ele tem a
coragem de confiar a nós o que é d’Ele. São José não apenas trabalhou para
sustentar Jesus e Maria. Ele cuidou do que havia de mais valioso. Assim também
vocês, que hoje recebem a batina, recebem a confiança de Deus para se tornarem
cuidadores daquilo que é santo: o povo de Deus”, afirmou o padre.
O reitor dirigiu ainda uma exortação paterna aos seminaristas,
incentivando-os a nunca se distanciarem das suas raízes e a conservarem a
humildade: “Valorizem seus pais, não mudem com eles. A batina não é um símbolo
de poder ou prestígio. Quem a veste deve ser alguém que escolhe sair do meio da
multidão para amar mais, servir mais, obedecer mais. Receber a batina é sinal
de um coração disposto a ser sinal do Reino”.
O significado da Batina
A batina é um sinal visível da consagração do seminarista à Igreja
e ao serviço de Deus. Tradicionalmente de cor preta — sinal de morte para o
mundo e vida nova para Deus —, ela representa a decisão de abraçar uma vida de
sobriedade, oração, obediência e desapego. Mais do que uma simples veste, ela
manifesta a disposição interior daquele que se prepara para o sacerdócio
ministerial de se configurar a Cristo, o Bom Pastor.
Receber a batina é também um gesto público: mostra que o seminarista está disposto a deixar de lado ambições pessoais para se dedicar inteiramente à vontade de Deus. Ela é, ao mesmo tempo, sinal de renúncia e de missão, de proximidade com o povo e de serviço ao altar.
Os seminaristas que foram investidos:
Diocese de Campina Grande:
-
José Guilherme Souza Silva - Paróquia Nossa Senhora das Dores, São José dos
Cordeiros
- Manuel dos Santos Freire - Paróquia Nossa Senhora de Fátima, Campina Grande
- José Railton Florentino Trajano - Paróquia Nossa Senhoras das Mercês, Cuité
- Manoel Medeiros Cavalcanti - Paróquia Sagrada Família, Campina Grande
Diocese
de Caruarú
- Lucas
Gabriel Vieira da Silva
- Emerson Sousa dos Santos
- Wellington Francisco da Silva
- José Anderson da Cruz Santos
- Rodrigo Silva Lacerda dos Anjos
- Manoel José de Oliveira Neto
Por:
Pablo Brito (Seminarista)
Fotos: Pascom Diocesana
























