Na Catedral: Dom Dulcênio Preside Missa e Crisma
Celebrando a oitava da
Páscoa, o senhor Bispo de Campina Grande, Dom Dulcênio Fontes de Matos, presidiu
missa e crisma na noite desta quarta-feira, 23 de abril, na Catedral Diocesana
de Nossa Senhora da Conceição. Ao todo, 70 adultos receberam o Sacramento da
Confirmação, renovando publicamente sua fé e o compromisso com a vida cristã. A
cerimônia contou com grande participação de fiéis, que acompanharam com devoção
este momento especial para a comunidade paroquial.
A celebração foi
concelebrada pelo Padre Luciano Guedes, Pároco da Catedral e Vigário Geral, e
pelo Padre Mércio Aurélio, Vigário Paroquial, com o apoio litúrgico dos
Diáconos Anderson e Ricardo, e dos Seminaristas. Em sua homilia, Dom Dulcênio
destacou o papel dos crismandos como testemunhas do Cristo Ressuscitado,
especialmente em tempos desafiadores para a fé.
Homilia
Dom Dulcênio iniciou sua pregação destacando a
alegria da Páscoa e a missão dos crismandos de testemunhar a fé. Ele sublinhou
que a ressurreição de Cristo é a vitória que nos alcança e transforma. Assim
como os discípulos foram chamados a anunciar o Ressuscitado, hoje os
confirmados na fé recebem essa mesma missão.
“Para os que acompanham a liturgia de Igreja nessa
oitava da Páscoa, deve ter percebido, que ela segue a mesma dinâmica: insiste
nas sucessivas aparições de Jesus aos seus discípulos e relata o pedido do
Mestre para que eles sejam testemunhos da ressurreição. Penso que a insistência
do Ressuscitado aos discípulos não é diferente a nós hoje, especialmente
àqueles que confirmam a sua fé pelo Sacramento da Crisma”, refletiu.
O evangelho do caminho de Emaús ilustra bem a
jornada de fé. Os discípulos, desanimados e cegos pela dor, não reconhecem
Jesus à primeira vista. É no partir do pão que seus olhos se abrem. A mensagem
é clara: Jesus caminha conosco, mesmo quando não o percebemos, e se revela na
Eucaristia.
“Eles, por sua parte, contaram (...) como o teriam
reconhecido ao partir o pão” (Lc 24,35). Os discípulos de Emaús reconheceram
Jesus no ato da fração do pão. Eles eram uns desertores; a conversa que tinham
mantido com jesus incendiou seus corações e despertou-lhes a confiança. Jesus
deu-se a conhecer na Eucaristia; pois é ali que Jesus se encontra e ali Jesus
fala ao coração e o preenche de sua graça”, destacou.
A homilia também assume um tom pastoral e
questionador, especialmente dirigido aos crismandos. Dom Dulcênio propôs
reflexões pessoais. Tais perguntas têm o objetivo de provocar um exame de
consciência e um compromisso mais profundo com a fé, mostrando que o encontro
com Cristo deve transformar o modo como enxergamos e vivemos o cotidiano.
“Você está acostumado(a) ao convívio íntimo com
Jesus? Quando alguém experimentou o convívio íntimo com Jesus Cristo, tem
necessidade de encontrar-se frequentemente com ele. Quando Jesus fica, as
coisas vêem-se e vivem-se de outra maneira. Outra pergunta: Você deseja
sinceramente que Jesus fique com você para sempre? Mais outra pergunta: O que você faz para que
assim aconteça? Vejam bem, Jesus aproxima-se de nós muitas vezes na vida, sob
formas diferentes: uma doença, um insucesso, um sucesso, uma alegria, uma
atrapalhação e muitas outras circunstâncias de nossa vida diária são maneiras
segundo os quais o Senhor se esconde; porém nós não o reconhecemos.”
Por fim, o bispo lembrou que o Senhor pode se
manifestar em diversas situações da vida. A fé nos ajuda a reconhecer Deus em
tudo. Que não sejamos como os discípulos de Emaús, lentos para crer, mas
atentos à presença viva de Cristo em nosso caminho.
“Falta luz aos nossos olhos pata descobrir Jesus sob essas
aparências. Se tivéssemos um pouco mais de fé, se soubéssemos julgar todas as
coisas com critério mais sobrenatural, abrir-se-iam nossos olhos e veríamos a
Deus em todas essas coisas, veríamos a mão de Deus em tudo, sentir-nos-íamos
seguros de sua proteção. Procuremos não merecer a censura de Jesus Ressuscitado
de “sem inteligência e tardos de coração” (v 25)”, findou.
Por:
Ascom
Fotos: Pascom Paroquial

























