Em clima pascal, Dom Dulcênio preside Missa e Crisma na Paróquia Nossa Senhora das Graças

Postado em 20/04/25 às 22:278 minutos de leitura58 views

Celebrando a Solenidade da Páscoa do Senhor, neste domingo, 20, o senhor Bispo de Campina Grande, Dom Dulcênio Fontes de Matos, presidiu missa na Paróquia de Nossa Senhora das Graças, localizada no bairro da Liberdade, em Campina Grande. A celebração foi marcada por grande participação da comunidade paroquial, que acolheu com alegria o seu pastor.

Ao lado do Pároco, Padre Aldevan, que concelebrou a Eucaristia, Dom Dulcênio também conferiu o Sacramento do Crisma a 95 adultos da comunidade; desses, 5 são surdos, onde foram preparados com o auxílio de uma intérprete de libras. O momento representou uma significativa renovação da fé e compromisso missionário desses fiéis, que, agora fortalecidos pelo Espírito Santo, assumem de forma mais plena sua vivência cristã.

Em sua pregação, Dom Dulcênio convidou a todos a refletir sobre a pergunta: “Como assim: Cristo ressuscitou?”. A resposta não se encontra na lógica humana, pois é mistério que sustenta toda a fé cristã. Como ensina São Paulo, se Cristo não ressuscitou, nossa fé não tem sentido.

“Como se deu a Ressurreição do Senhor? Não sabemos; é mistério que nos invade; um mistério que sustenta toda a verdade cristã, pois, como disse São Paulo, “[...] se Cristo não ressuscitou, a nossa pregação é sem fundamento,­ e sem fundamento também é a vossa fé” (1Cor 15,14)”, disse inicialmente.

Dom Dulcênio destacou que a liturgia proclama: só a “noite feliz” soube a hora exata da Ressurreição, mostrando o caráter sagrado e oculto desse acontecimento. O bispo recordou, com Bento XVI, que o túmulo vazio, por si só, não é prova, mas tampouco faria sentido uma Ressurreição sem corpo. O mistério permanece, desafiando a razão e convidando à fé.

“O sepulcro vazio não pode, por si mesmo, demonstrar a Ressurreição, isso é certo. Mas cabe também a pergunta inversa: É compatível a Ressurreição com a permanência do corpo no sepulcro? Pode ter ressuscitado Jesus e seu corpo jazer no sepulcro? Que tipo de Ressurreição seria essa? Hoje se desenvolveram ideias de ressurreição para as quais a sorte do cadáver é irrelevante”, destacou.

Com apoio nas palavras do Papa emérito, o prelado explicou que Jesus não voltou à vida como antes, nem se tornou um espírito. Ele entrou numa nova realidade, onde o corpo glorificado pertence agora ao eterno. A Ressurreição é um salto que rompe a história e revela o destino final do ser humano.

“Poderíamos considerar a Ressurreição algo como uma espécie de ‘salto qualitativo’ radical, em que se entreabre uma nova dimensão da vida do ser humano. Mais ainda, a matéria é transformada em um novo gênero de realidade. O homem Jesus, com seu próprio corpo, pertence agora totalmente à esfera do divino e do eterno. De agora em diante - como disse Tertuliano em uma ocasião - ‘espírito e sangue’ têm morada em Deus”, pregou.

Por fim, Dom Dulcênio afirmou que quem crê no Ressuscitado deve viver de modo novo. Unidos a Cristo, somos chamados a buscar as coisas do Alto, deixando o pecado e caminhando para a glória. A Páscoa é convite a uma vida transformada, marcada pela esperança da ressurreição.

“Entendemos, por fim, que Ele assim Se nos manifestou para que, de agora em diante, mesmo que estejamos relacionados ao tempo e ao espaço, devemos levar uma vida do Alto, aspirando-O; uma vida nova, escondida em Cristo com Deus (cf. Cl 3,3); jogando fora o fermento da maldade e da perversidade (cf. 1Cor 5,8) para sermos hóstias santas de pureza, de ressurreição”, disse.

Por: Ascom
Fotos: Matheus Borges (Pascom Diocesana)



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