Vigília Pascal: A Luz que não se apaga
Considera a “Mãe de todas as Vigílias”, a
celebração da Vigília Pascal reuniu centenas de fiéis na Catedral Diocesana de
Nossa Senhora da Conceição, na noite deste sábado Santo, 19. A celebração foi
presidida por Dom Dulcênio Fontes de Matos, Bispo Diocesano de Campina Grande, que iniciou a
liturgia no estacionamento da Catedral, com a tradicional bênção do fogo novo,
símbolo da luz de Cristo que dissipa as trevas.
Em seguida, aconteceu uma procissão até o interior
da igreja, onde foi proclamada solenemente a Páscoa. A celebração atingiu seu
ápice com a entoação jubilosa do Glória, o toque dos sinos, o acendimento das
luzes e das velas, marcando com grande emoção e alegria a Ressurreição de Cristo,
centro da fé cristã.
Um momento de especial significado marcou ainda
mais a celebração: quatro adultos receberam os sacramentos do Batismo, da
Primeira Eucaristia e da Crisma. Acolhidos na fé da Igreja, foram iluminados
pela luz do Ressuscitado, renovando o compromisso da comunidade com a missão
evangelizadora.
Em sua pregação, Dom Dulcênio destacou que a
Ressurreição de Cristo não é um fato distante, mas um “hoje” eterno que
transforma o tempo. Inspirado por São Melitão de Sardes, ele recordou que o
mistério pascal une passado e futuro, morte e vida, e inaugura a Luz que não se
apaga.
“Com estas palavras de São Melitão de Sardes, do
século II, nesta Noite Santíssima, desejo que inculquemos sobre a inauguração
do dia eterno - do dia que não tem fim, portanto - da Ressurreição do Senhor.
Isto se deu hoje. E, para a Igreja, sempre será um hoje, de maneira que a
Ressurreição de Cristo não é simplesmente um dado histórico de um passado
distante; mas, enquanto houver hoje, haverá o hoje da Ressurreição Daquele cuja
luz brilha para sempre”, pregou.
Segundo o bispo, esse “hoje” celebrado na liturgia
é o início do dia sem fim, que nos projeta para a Parusia, a volta gloriosa de
Cristo. Ele afirmou que a Páscoa “não é simplesmente um dado histórico”, mas
presença viva que renova a esperança e ilumina o caminho da fé.
“Este hoje revivido pela Igreja, especialmente no
Sacramento do Altar, condiciona, em si, além da historicidade do que aconteceu
misteriosamente no sepulcro, o futuro que nos espera, a Parusia, a volta
gloriosa de Cristo Jesus, nosso Senhor. Tudo por causa do hoje do Ressuscitado.
“Este é o dia que o Senhor fez para nós: alegremo-nos e nele exultemos!”
Com firmeza, o prelado exortou os fiéis a não
permitir que “a Luz crepitante” seja sufocada pela noite do pecado. Ele chamou a
todos a refletir em nossas ações o brilho do Ressuscitado, mantendo acesa a fé
que vence as trevas do mundo.
“Não permitamos, irmãos e filhos, que esta Luz
crepitante seja sufocada em nós pela noite do pecado. Que as nossas obras
refuljam o brilho do Sol Eterno, do Ressuscitado”.
Por fim, nesta “noite feliz”, como proclamado na
liturgia, Dom Dulcênio refletiu que todos são chamados a deixar que a Luz
brilhe em nós e, por ela, transformar o mundo.
“Assim também entendemos
quando cantamos na Proclamação da Páscoa, há pouco: “Só tu, noite feliz,
soubeste a hora em que o Cristo da morte ressurgia; e é por isso que de ti foi
escrito: A noite será luz para o meu dia!”.
Por: Ascom
Fotos: João Neto (Pascom Diocesana)



































