Missa de Ramos na Catedral Marca Início da Semana Santa com Centenas de Fiéis

Postado em 13/04/25 às 14:319 minutos de leitura108 views

Na manhã deste domingo, 13 de abril, a Catedral Diocesana de Campina Grande foi tomada por um clima de fé e profunda devoção. Centenas de fiéis participaram da tradicional Missa de Ramos, que marca o início da Semana Santa, também conhecida como a “Semana Maior” da fé cristã.

A celebração teve início na parte externa da catedral, onde os fiéis, segurando seus ramos nas mãos, relembravam o gesto do povo de Jerusalém ao acolher Jesus com júbilo. Antes da bênção dos ramos, Dom Dulcênio Fontes de Matos, Bispo Diocesano de Campina Grande, dirigiu-se aos presentes destacando o sentido profundo deste tempo litúrgico.

“Estamos iniciando a Semana Maior com o Domingo de Ramos, que recorda a entrada triunfante de Jesus em Jerusalém, aclamado por todos com ramos de oliveira”, afirmou o bispo. Ele ainda reforçou a importância de viver intensamente o Tríduo Pascal — a Paixão e Morte de Jesus na Sexta-feira Santa, e a vitória da Ressurreição no Sábado Santo.

Em sua reflexão, Dom Dulcênio também recordou sobre a mudança repentina da multidão, que antes clamava “Hosana, ao Filho de Davi” e depois gritou “Crucifica-o”. “Jesus passou por essa humilhação por nós. Por isso, este é um tempo de conversão, de recomeçar — e ainda há tempo”, destacou. O bispo também falou sobre a importância da fidelidade a Deus e do arrependimento sincero.

Após a bênção dos ramos e fala do bispo, a assembleia, entoando “Hosana, ao Filho de Davi”, seguiu em procissão até o interior da catedral, onde foi celebrada a Santa Missa.

Santa Missa e Homilia

Em sua pregação, Dom Dulcênio convidou a todos a mergulhar no sentido profundo da Semana Santa. A partir da entrada de Jesus em Jerusalém, unida ao anúncio da Paixão, somos chamados a seguir o exemplo de humildade de Cristo, que nos educa não só com palavras, mas com a entrega total de si mesmo.

“No Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor, somos instruídos por Jesus, que nos educa pelo Seu exemplo, a praticarmos a humildade aos planos de Deus como imperativo de fé. Assim, já na Oração da Coleta, rezávamos: “Deus eterno e todo-poderoso, para dar ao gênero humano um exemplo de humildade, quisestes que o nosso Salvador assumisse a condição humana e morresse na cruz. Concedei-nos aprender os ensinamentos de sua paixão e participar de sua ressurreição”, disse inicialmente.

Essa humildade, como explicou o bispo, não é passiva, mas cheia de confiança. O Servo Sofredor, apresentado por Isaías, escuta e conforta. Assim também Jesus, mesmo sofrendo, permanece firme em sua missão. A humildade verdadeira nasce da fé e da esperança no Pai.

“Entretanto, a humildade exemplificada por Jesus não se caracteriza pela esterilidade; antes é demonstrativo de confiança, e só confia quem espera. Prova disto, na Primeira Leitura, do Profeta Isaías, num dos chamados “Cânticos do Servo Sofredor”, escutamos: “O Senhor Deus deu-me língua adestrada, para que eu saiba dizer palavras de conforto à pessoa abatida; ele me desperta cada manhã e me excita o ouvido, para prestar atenção como um discípulo.” (Is 50,4)”, continuou

Dom Dulcênio propôs dois caminhos interiores: o arrependimento sincero dos pecados e a imitação da obediência de Jesus. Arrepender-se e confiar em Deus são atitudes essenciais para quem quer seguir o Cristo da cruz e da ressurreição.

“Diante da humilhação do Senhor, somos convidados, por esta “Semana Maior”, a dois movimentos interiores: o primeiro: a chorar os nossos pecados pelo arrependimento de tê-los cometido e pela contrição de não querermos mais ofender a Deus. Quanto ao segundo movimento, somos instruídos por São Paulo, na Segunda Leitura, a, conhecendo, aprendendo e reproduzindo em nosso interior a humildade confiante e esperançosa do Senhor, reconhecê-Lo na Sua magnitude de Deus”, destacou.

Por fim, o bispo questionou a reação do mundo diante dessa entrega. Como no passado, muitos ainda zombavam da fé. Mas o cristão é chamado a permanecer firme, sabendo que confiar em Deus nunca é em vão. A Semana Santa é tempo de aprender, mudar e renovar o coração.

“Mas, o que pensa o mundo diante de tais lições? O que sempre pensou. O que sempre pensou desde a entrada do pecado, quando começou a ridicularizar Deus e aqueles que Nele confiam, mas não se veem desiludidos, numa certeza maior do que a do salmista, num chamado a reproduzir a confiança mesma do Cristo: “Riem de mim todos aqueles que me veem, torcem os lábios e sacodem a cabeça: ‘Ao Senhor se confiou, ele o liberte e agora o salve, se é verdade que ele o ama!’" (Sl 21,8-9)”, concluiu.

A programação completa da Semana Santa na Catedral você pode conferir clicando aqui

Por: Ascom
Fotos: Rodolfo Suassuna (Pascom Catedral)


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