“Um Clamor Chamado Conversão”: Refletiu o Bispo no III Domingo da Quaresma

Postado em 23/03/25 às 14:047 minutos de leitura107 views

Celebrando a tradicional Missa do Lar na Catedral Diocesana de Nossa Senhora da Conceição, na manhã deste 23 de março, Dom Dulcênio Fontes de Matos, o Bispo Diocesano, refletiu sobre o tema “Um Clamor Chamado Conversão”, fazendo um convite à reflexão e à transformação espiritual neste tempo quaresmal.

A Missa foi concelebrada pelo Padre Luciano Guedes, Vigário Geral e Pároco da Catedral, e pelo Padre Elison Santos, do Clero da Arquidiocese de Maceió, que também exerce a função de Assistente Eclesiástico do Movimento do Cursilho de Cristandade do Regional NE2. O Diácono Anderson e os seminaristas deram assistência litúrgica.

A celebração contou com a presença de representantes do Movimento do Cursilho de Cristandade, do Regional NE2, que estavam em Assembleia desde a última sexta-feira, 21, no Convento de Santo Antônio, em Lagoa Seca, e que foi encerrada neste domingo. Padre Luciano Guedes acolheu os participantes, bem como os fiéis presentes na Catedral e os que acompanhavam a missa pelas redes sociais da diocese e pela rádio Caturité.

Nos instantes finais da missa, Dom Dulcênio, acompanhado pelo Padre Elison Santos, realizou a oração de envio dos cursilhistas para sua missão, abençoando-os antes de retornarem às suas atividades.

Homilia

A Quaresma é um tempo de purificação e reflexão sobre nossa fé, marcada por tentações e provações. Segundo Dom Dulcênio, Deus não se esconde, mas se revela de várias formas, ajudando-nos a enfrentar as dificuldades e guiando-nos na conversão, como Cristo prometeu: “Eis que estarei convosco todos os dias” (Mt 28,19).

“Inculquemos o Tempo da Quaresma - e, consequentemente a sua experiência - como um caminho representativo da vida humana sobre esta terra, na qual, tentados pelo diabo, mas, sobretudo, provados por Deus para que nos conscientizemos do patamar da nossa fé e da necessidade de nossa conversão, não estarmos alheios da presença do Senhor que, na Sua Ascensão, nos prometeu: “Eis que eu estarei convosco todos os dias, até o final dos tempos” (Mt 28,19)”, iniciou sua pregação.

A revelação de Deus a Moisés no deserto, como vimos na Primeira Leitura, mostra Seu cuidado com o sofrimento do Seu povo. O Bispo destacou que Deus liberta Israel não apenas fisicamente, mas espiritualmente, preparando-nos para a verdadeira liberdade. O "novo Israel", como ensina São Paulo, é formado por todos que acolhem a ação divina.

“Deus revelou-Se para o povo de Israel. Porém, ao dar-lhe a Lei e as profecias, Deus estava preparando um novo Israel, não para, simplesmente, libertá-lo do Egito e para dar-lhe a terra onde corre leite e mel (Ex 3,8a), e sim para libertá-lo do verdadeiro opressor, o diabo, e das suas amarras, o pecado, conduzindo àquela a qual São Paulo chamou de Jerusalém do Alto, a livre, nossa mãe (cf. Gl 4,26)”, destacou.

São Paulo, na Segunda Leitura, alerta contra a murmuração, um protesto contra os desígnios de Deus. O bispo alertou que o pecado é uma rebeldia contra Deus, levando à esterilidade espiritual. Quando nos afastamos de Deus, nossa vida perde sentido. A advertência de São Paulo nos chama a não cair na queixa e na desconfiança.

“E o que é murmuração neste texto? É todo protesto contra Deus, de Quem jamais devemos protestar algo de contrário; Ele, o irrepreensível, Sumo Bem. Murmuramos contra Deus quando nos rebelamos à Sua vontade irreparável. E o pecado, como toda rebeldia, é um protesto fadado ao orgulho contra Deus”, disse.

A parábola da figueira, no Evangelho, convida-nos a produzir frutos para o Reino de Deus. Dom Dulcênio reforçou que, assim como a figueira improdutiva, podemos viver sem frutos espirituais se não estivermos atentos à ação de Deus.

“Deus pôs-nos no mundo para fazermos a diferença, realizando a Sua vontade sempre. E Ele, na Sua paciência e na Sua misericórdia, aposta em nós, espera por nós. Três anos…, uma vida… Até o dia em que nos pedirá contas. O problema é quando passamos toda a vida improdutivos. Esta derrubada não é outra senão o momento em que poderemos padecer pelas oportunidades que perdemos de frutificar segundo o querer de Deus”, pregou.

O prelado encerrou sua pregação destacando a paciência do vinhateiro, que pede mais um ano para cuidar da figueira, refletindo a misericórdia divina, que nos dá oportunidades de conversão e santidade.

“Isto faz-nos entrever como Deus, na Sua sabedoria sempiterna, oferece-nos, constantemente, meios para que nos convertamos. Este clamor é do Evangelho, que é o próprio Cristo, que, por duas vezes, nos disse: “Se não vos converterdes, ireis morrer todos do mesmo modo” (Lc 13,3.5)”, findou,

Por: Ascom
Fotos: Pascom Paroquial


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