Centenário da Primeira Missa na Cidade de Montadas é Comemorado com Tríduo Festivo
A
Comunidade Paroquial de Montadas vive um momento de grande júbilo em 2025, ao
comemorar o centenário da primeira missa realizada na cidade, em 1925. Para
celebrar este momento histórico, a Paróquia de São José realiza um tríduo especial
dentro dos festejos em honra ao seu padroeiro, São José.
A
primeira noite de celebração contou com a presença de Dom Dulcênio Fontes de
Matos, Bispo Diocesano, que presidiu a Santa Eucaristia nesta segunda-feira, 17
de março. O prelado expressou sua alegria em participar dessa ocasião singular na
vida da comunidade e agradeceu ao Padre Assis Meira pelo convite. O Diácono
Valério e os Seminaristas deram assistência litúrgica.
Segundo
o Padre Assis Meira, Pároco da comunidade, o tríduo, além de relembrar um marco
histórico para a cidade, também fortalece os laços de fé e devoção da
comunidade, que segue em festa até o dia 19, solenidade de São José.
Na
homilia de Dom Dulcênio, ele refletiu sobre a conversão, especialmente neste
tempo de Quaresma. Ele desafiou a todos a examinar a vida à luz da Palavra de
Deus, reconhecendo falhas e buscando reparação, para sermos dignos da
misericórdia divina.
“Neste
tempo de quaresma, favorável a conversão, somos orientados mediante a liturgia
da Palavra a fazer um profundo exame de consciência, revendo nossas faltas para
repará-las e, assim, nos tornamos dignos da misericórdia e do perdão de Deus”,
disse.
Dom
Dulcênio destacou dois métodos para um exame de consciência eficaz: o “ver,
julgar e agir” e a Lectio Divina. O primeiro nos ensina a reconhecer erros,
decidir mudar e buscar reparação. O segundo nos convida a meditar na Palavra de
Deus, permitindo que ela ilumine nosso caminho de conversão. O processo de
mudança é um ato de entrega a Deus, confiando em sua misericórdia.
O
Evangelho chama à prática da misericórdia, ensinando que devemos não julgar,
não condenar, perdoar e dar. Segundo o Bispo, ao praticarmos isso, Deus nos
tratará da mesma forma, com generosidade. A misericórdia divina é um presente,
não algo que merecemos, e Deus se inclina em direção à nossa fragilidade para
nos resgatar.
“A
indicação é que, quando realizamos as ações seguidas pelos verbos citados,
temos a garantia de que Deus fará o mesmo conosco, e com generosidade. Sim,
porque a misericórdia é a composição de miséria mais coração, é Deus quem se
inclina em nossa direção, não por algum atributo, nem por merecimento, nem pela
espera de alguma forma de recompensa, mas por pura generosidade”, destacou.
Dom
Dulcênio lembrou que a moral cristã tem Deus como modelo. Se desejamos perdão,
devemos perdoar; se esperamos misericórdia, devemos agir com misericórdia. O
julgamento de Deus será conforme o que fazemos com os outros.
“Irmãos,
que fique claro: a chave para entender a moral cristã é entender que o modelo
dela é Deus. Devemos ser compassivos porque Deus é compassivo; devemos perdoar
porque Deus nos perdoa... Por isso, seremos julgados por Deus com a mesma
medida com que julgamos os outros. Se não formos misericordiosos como Deus, no
nosso relacionamento com os demais, Deus fará o mesmo conosco e aplicará a nós
o seu juízo pouco misericordioso”.
O
Bispo concluiu sua pregação dizendo: “Rogo a São José, que interceda ao Coração
Sacratíssimo de Jesus, por essa porção do povo de Deus de Montadas. Que o
Evangelho continue a ser proclamado nestas terras pelos próximos 100 anos e que
muitos sejam os frutos”.
Sobre
a Primeira Missa
A
história religiosa de Montadas teve início em 1925, quando a primeira missa foi
celebrada pelo Padre João Coutinho na residência do senhor Manoel Cirino Lira.
O senhor Lira, que construiu sua casa na localidade, mandou celebrar a primeira
missa da comunidade no mês de março, marcando o início da fundação do lugar.
Durante seis anos, as missas continuaram a ser realizadas na casa do Sr. Manoel
Cirino Lira.
Em
1928, começou a construção de uma capela na mesma localidade. Dois anos depois,
em 1930, a capela ainda não tinha sido concluída. Mesmo incompleta, a capela
recebeu sua primeira missa no dia de Natal daquele ano. Inicialmente, a capela
tinha como padroeiro o Sagrado Coração de Jesus. No entanto, foi em 1934, com a
chegada do Padre Manoel Costa, que o padroeiro foi alterado para São José, como
é até hoje.
Por:
Ascom
Fotos: Pascom Paroquial





















