Em Alcantil: Bispo Preside a 6ª Noite do Novenário em Honra a São José
A
comunidade paroquial de Alcantil está em festa, celebrando desde o dia 10 de
março o novenário em honra ao glorioso São José, padroeiro da Paróquia e da
cidade. E nesta noite de sábado, 15, a comunidade acolheu com alegria o Bispo
Diocesano, Dom Dulcênio Fontes de Matos, que presidiu a santa missa, marcando a
sexta noite do novenário.
O
Bispo foi saudado pelo Pároco, Padre Arimateia Júnior, e os fiéis da paróquia
de São José com muito fervor, ao tempo em que agradeceu o carinho e a acolhida.
Em
sua homilia, Dom Dulcênio convidou os fiéis a refletirem sobre a fé e a graça
divina em nossas vidas. Ele iniciou com a Oração de Coleta, que expressa o
pedido à Deus para alimentar nossa fé e purificar nosso olhar, a fim de que
possamos nos alegrar com Sua glória. Esse desejo de purificação nos permite
vislumbrar o céu e nos aproximar da glória prometida por Deus.
“Sabemos
que fomos purificados com o Sangue do Senhor vertido por nós na ara da Cruz. Os
efeitos desta nossa purificação, desta redenção, chegam-nos pelo Batismo, que
nos insere a fé ao coração. Esta fé, alimentada pela Palavra de Deus (que é o
próprio Cristo, que nos orienta), anima-nos ao Céu, de maneira tal que
compromete toda a nossa vida no anseio da glória”, disse inicialmente.
O
Bispo destacou que, como cidadãos do céu, nossa vida deve ser marcada pela
busca de viver conforme os princípios do Reino. A referência ao céu não é
apenas simbólica, mas uma realidade que se concretiza pela graça divina e pela
nossa participação nela.
“Nós
somos cidadãos do céu. [...] Ele transformará o nosso corpo humilhado e o
tornará semelhante ao seu corpo glorioso, com o poder que tem de sujeitar a si
todas as coisas" (Fl 3,20.21). Logo, que jamais devemos viver como
inimigos da cruz de Cristo, sujeitos ao que é vergonhoso e terreno (cf. Fl
3,18-19)”, destacou.
A
história de Abrão, que duvida da promessa de Deus, representa nossa luta com a
fé e a confiança em Deus em momentos de incerteza. Dom Dulcênio lembrou que,
assim como Abrão, somos vulneráveis à dúvida, mas Deus, em Sua fidelidade, faz
uma aliança conosco, e a glória que esperamos é um dom da graça divina.
“E
quando tudo se fazia enfadonho, tenebroso e desesperançoso, Deus manifesta-Se
num braseiro e numa tocha de fogo, fazendo, solenemente, o Seu juramento, mas
somente Ele, e não o homem. Mas, por que só Deus? Porque o céu que nos espera,
a glória prometida a nós, é puro dom. Não temos, em nós mesmos, forças para
sustentar, sem a divina graça, um compromisso com Deus, tampouco alçarmos uma subida
para uma sublime realidade”.
A
transfiguração de Cristo no Monte Tabor é um vislumbre da glória que nos
aguarda. Para alcançá-la, devemos nos transformar, afastando-nos das realidades
terrenas e nos comprometendo com a Palavra de Deus. A Eucaristia, lembrou o
Bispo, é um anticipo dessa glória eterna, e, ao sairmos da Missa, somos
desafiados a levar conosco a certeza da glória que nos espera.
“Muito mais fulgurante do que a manifestação de Deus a Abrão ou no
Tabor está a Eucaristia, realidade que, no espaço e no tempo, nos faz
pré-degustar a glória da eternidade. Por isso, digamos, impulsionados por esta
certeza: "Mestre, é bom estarmos aqui" (Lc 9,33). Mas, com o findar
desta Missa, será necessário que desçamos sem nos esquecermos do que aqui, pela
fé, vimos, ouvimos e sentimos, nutrindo em nós o desejo e os caracteres da
glória que nos espera”, concluiu.
Por:
Ascom
Fotos: Pascom Paroquial















