1º Domingo da Quaresma: Peregrinação à Catedral e Festa de São José, no José Pinheiro

Postado em 09/03/25 às 23:0611 minutos de leitura93 views

Neste 9 de março, a Igreja celebrou o Primeiro Domingo da Quaresma, um tempo de reflexão, penitência e preparação para a Páscoa. Na Catedral Diocesana, a Santa Eucaristia foi presidida pelo Bispo Diocesano, Dom Dulcênio Fontes de Matos, às 10h, com a concelebração do Vigário Geral e Pároco da Catedral, Padre Luciano Guedes. Também participaram da celebração o Padre Mércio Aurélio, Vigário Paroquial e Assessor Eclesiástico para as novas comunidades, e o Frei Sérgio, representando os religiosos.

Neste domingo, a Catedral, como igreja jubilar, acolheu mais uma peregrinação, desta vez das Novas Comunidades de Vida e da Vida Religiosa. A peregrinação fez parte da programação do Ano Jubilar da Esperança da Diocese. Antes da celebração, as comunidades se reuniram na sede da Comunidade Pio X, onde participaram de um momento de preparação espiritual conduzido pelo Padre Mércio, seguido da caminhada até à Catedral.

Homilia

Na homilia, Dom Dulcênio convidou a refletir sobre a Quaresma, tempo em que a Igreja segue Cristo no deserto, sendo conduzida pelo Espírito Santo. O deserto é, mais que um lugar de tentação, um espaço de encontro com Deus. Cristo foi ao deserto para orar e se unir ao Pai. Assim como Ele, também devemos buscar momentos de silêncio para fortalecer nossa fé e confiança em Deus, que é nossa proteção e refúgio.

“Ora, além de trazer consigo a ideia de lugar perigoso ou adverso à vida humana, o deserto, no mais puro sentido espiritual, designa, sobretudo, o lugar do encontro com Deus. Cristo não foi ao deserto para, unicamente, ser tentado. Não. Foi ali para encontrar-Se com o Pai, na força do Espírito Santo”, explicou.

O deserto simboliza o lugar de intimidade com Deus, onde a oração e a dependência do Espírito Santo são fundamentais. As tentações de Jesus no deserto representam as seduções do pecado — materialidade, poder e orgulho — que nos afastam da santidade. O Bispo destacou que em nossa vida, somos desafiados a resistir ao mal e a viver conforme o mistério de Cristo, buscando sempre a santidade, que nos aproxima de Deus e nos fortalece.

“somos grandes incômodos para a realidade do mal e da morte que, tentando subverter a obra de Deus, nos perturba pelas ilusões oferecidas pelo pecado, que, no Evangelho de hoje, na passagem de Jesus no deserto, são representadas pelas seduções da materialidade, do poder e do orgulho, pois o demônio não quer que conheçamos a profundidade de Deus, para que não nos apaixonemos por Sua beleza e bondade infinitas; tampouco, quer que levemos uma vida santa, fruto desta intimidade de amor com Deus”, destacou.

A homilia também lembrou que a luta contra as tentações não acaba, como indica São Lucas, quando o diabo se afastou de Jesus, mas retornou no tempo oportuno. As tentações estarão sempre presentes, mas a oração e a penitência são armas poderosas para resistir. Invocar o nome do Senhor, como nos ensina o Salmo e São Paulo, é o caminho para a salvação e vitória sobre o mal.

“E, como não cairmos em tentação? Como seremos poupados de cair no mal? A Liturgia da Palavra inspira-nos quando fala da invocação do Nome do Senhor pela oração e pelo oferecimento dos sofrimentos vividos no bem e na verdade, como é a penitência.”

Por fim, Dom Dulcênio exortou a todos a viver a vida no deserto com confiança em Deus, que nos guia e nos fortalece. Em meio às tentações, devemos permanecer unidos a Ele, em oração e penitência, para alcançar a santidade e a verdadeira liberdade.

“Estar no deserto para estar com Deus… Esta ocasião, chamada vida, não deve ser desprezada. Não devemos temer porque Ele está conosco. Basta que a Ele nos unamos para conhecê-Lo, falando-Lhe ao Coração, para sermos santos. Aproveitemos a vida neste mundo da maneira correta”. Concluiu.

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Abertura da Festa de São José, no Bairro José Pinheiro

Ainda neste domingo, à noite, a Paróquia de São José, localizada no Bairro José Pinheiro, em Campina Grande, iniciou as festividades em honra ao seu padroeiro, São José. Este ano, a comunidade celebra também o Jubileu Diamantino, comemorando os 75 anos de sua criação, um marco significativo para os fiéis da paróquia.

A missa de abertura foi presidida pelo Bispo Diocesano, Dom Dulcênio; a festa segue até o dia 19 de março com o tema: “São José, ensinai-nos a ser peregrinos da Esperança”. A celebração contou com a presença dos padres Manoel Oliveira, Administrador Paroquial, e Ravindra, Vigário Paroquial, além da assistência litúrgica do Diácono Ricardo e dos Seminaristas.

A programação completa das festividades pode ser conferida clicando aqui.

A homilia nesta missa de abertura, Dom Dulcênio convidou a refletir sobre a oração, que é um pilar essencial desta caminhada. A tentação de Cristo no deserto nos faz perguntar: por que Ele se permitiu ser tentado? A resposta é clara: assim como Cristo, após o batismo, enfrentamos tentações. Suas tentações no deserto são um reflexo das nossas, e é pela oração que encontramos forças para resistir ao mal, unindo-nos a Deus e ao Espírito Santo.

“Jesus Cristo é tentado depois do batismo para insinuar-nos que nos aguardam tentações depois que sejamos batizados”. O retrato do Senhor no deserto é o nosso; as suas tentações por parte do diabo, são referenciais às que sofremos, porque, vindo o maligno, quer roubar de nós a semente da Palavra, da Fé, que recebemos de Deus pela Igreja no dia em que fomos banhados pela regeneração (cf. Mt 13,19)”, destacou.

Dom Dulcênio destacou, também, a importância do Espírito Santo, que nos fortalece, assim como fortaleceu Cristo no deserto. A oração nos permite invocar a Deus como "Abbá, Pai", e, assim como Jesus, somos guiados pelo Espírito em nossas provações. O Espírito nunca nos abandona, e é Ele quem nos dá forças para resistir às tentações e permanecer firmes na fé.

“No mistério providente de Seu amor, o Espírito nos conduz, nos guia pelos desertos do mundo, em meio às tentações, inclusive. Mas, o importante não é isto, e sim que Ele nunca nos desampara. Muito pelo contrário, nos anima e fortalece a permanecermos sempre com Deus”, disse.

O deserto, onde Cristo foi tentado, simboliza o mundo e suas dificuldades. Santo Ambrósio nos lembra que, assim como o primeiro Adão foi expulso para o deserto, o segundo Adão, Cristo, veio ao deserto para nos conduzir de volta ao paraíso. Cristo veio para nos tirar da desesperança e nos levar à verdadeira vida com Deus, prometendo-nos o paraíso se permanecermos fiéis a Ele.

“O deserto sempre figurará o mundo. E o Senhor veio ao nosso deserto, para nos tirar dos nossos ermos pessoais, onde não havia esperança de Deus, para nos levar Consigo ao paraíso. E aquela resposta dada por Jesus ao Bom Ladrão se dirige à toda humanidade: - Estarás comigo no paraíso (cf. Lc 23,43).”

Por fim, o prelado reforça que a oração deve ser uma expressão de fé verdadeira. São Paulo ensina que, ao crer e professar nossa fé, alcançamos a salvação. A oração nos aproxima de Deus e nos dá forças para vencer as tentações, como Cristo fez. Que nossa oração seja nossa força e confiança no amor de Deus, que nos guia e nunca nos abandona.

“consistência da oração é uma fé convicta e professada na fidelidade a Deus, que nos concede a salvação. E, agindo na mesma fórmula do que rezamos, logo, vivendo segundo as obras da fé que recebemos do próprio Cristo por meio de Sua Igreja, seremos salvos, e, desde já, nos sentimos salvos, porque a oração aproxima de nós o Céu, o Paraíso”, findou.

Por: Ascom
Fotos: Pascom Catedral e São José


FOTOS DA FESTA DE SÃO JOSÉ
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MISSA NA CATEDRAL
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