Quarta-feira de Cinzas: “A Quaresma e a Esperança”, refletiu Dom Dulcênio

Postado em 05/03/25 às 21:337 minutos de leitura63 views

A Igreja Católica iniciou, nesta quarta-feira, 5 de março, o Santo Tempo da Quaresma com a celebração da Quarta-feira de Cinzas. Na Catedral Diocesana de Nossa Senhora da Conceição, ocorreram três missas; a última, às 17h, foi presidida pelo Bispo Diocesano, Dom Dulcênio Fontes de Matos, que em sua pregação fez uma reflexão sobe “A Quaresma e a Esperança”.

A Santa Missa contou com a concelebração do Padre Luciano Guedes, Vigário Geral e Pároco da Catedral, além da assistência litúrgica dos Diáconos Anderson e Ricardo e dos Seminaristas; a celebração também reuniu centenas de fiéis presencialmente, além dos que acompanhavam pelas redes socias da Diocese e pela Rádio Caturité.

Sobre a quarta-feira de Cinzas

A Quarta-feira de Cinzas celebra o início da Quaresma, um período de 40 dias de preparação para a Páscoa no calendário litúrgico cristão. Este dia marca um momento de reflexão, arrependimento e conversão, convidando os fiéis a intensificarem sua vida espiritual por meio da oração, jejum e caridade.

Durante a celebração, os fiéis recebem a imposição das cinzas, um símbolo de humildade e penitência. As cinzas, geralmente provenientes dos ramos usados no Domingo de Ramos do ano anterior, são colocadas na testa ou cabeça dos fiéis com as palavras "Lembra-te que és pó e ao pó voltarás" ou "Convertei-vos e crede no Evangelho", lembrando-lhes da fragilidade humana e da necessidade de reconciliação com Deus. A Quarta-feira de Cinzas também é um convite à renovação espiritual, preparando os cristãos para celebrar a Páscoa com um coração mais puro e preparado.

A homilia de Dom Dulcênio

Dom Dulcênio destacou que a Quaresma não deve ser vista como um período de sofrimento, mas como um tempo de renovação espiritual, centrado na Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo. Ele ressaltou que é com Cristo, no deserto, que encontramos a possibilidade de conversão e renovação, reforçando que este tempo nos oferece a esperança de um novo começo.

“Iniciamos, com a imposição das cinzas no dia de hoje, o Sacro Tempo Quaresmal. E antes de pensarmos que a Quaresma seja uma experiência mórbida na vida da Igreja, é preciso que pensemos que os cristãos abstraem a sua força da vivência do mistério pascal, da Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo, tal como estamos a preparar-nos por este tempo. E, na experiência de irmos ao deserto com Jesus, é Dele que nos vem a possibilidade de convertermo-nos”, iniciou sua pregação.

Dom Dulcênio também citou a mensagem do Papa Francisco, que associa a Quaresma à esperança. O Papa enfatiza que a Igreja nos convida a preparar nossos corações para celebrar a Páscoa com alegria, lembrando-nos de que a Quaresma é um tempo para refletir sobre nossa caminhada espiritual, renunciando aos pecados e buscando a liberdade em Cristo.

“o Santo Padre Francisco, na sua mensagem para a Quaresma deste ano, faz uma reflexão em que mescla a esperança e este tempo litúrgico porque “a Igreja, mãe e mestra, convida-nos a preparar os nossos corações e a abrir-nos à graça de Deus para podermos celebrar com grande alegria o triunfo pascal de Cristo, o Senhor, [...] centro da nossa fé e a garantia da nossa esperança na grande promessa do Pai, já realizada n’Ele, Seu Filho amado: a vida eterna (cf. Jo 10,28;17,3)”, destacou.

Ao falar sobre o "caminhar", o Papa chamou atenção para a caridade, não apenas material, mas também no apoio e solidariedade entre as pessoas. Dom Dulcênio reforçou a importância de caminharmos juntos como comunidade, sem deixar ninguém para trás, ajudando uns aos outros a seguir em direção à liberdade que Cristo nos oferece.

“Caminhar juntos significa ser tecelões de unidade, partindo da nossa dignidade comum de filhos de Deus (cf. Gl 3,26-28); significa caminhar lado a lado, sem pisar ou subjugar o outro, sem alimentar invejas ou hipocrisias, sem deixar que ninguém fique para trás ou se sinta excluído. Sigamos na mesma direção, rumo a uma única meta, ouvindo-nos uns aos outros com amor e paciência”, disse.

Por fim, Dom Dulcênio destacou a importância da oração e confiança em Deus, como ensina o Papa Francisco. Ele nos desafiou a refletir sobre nossa fé e confiança no perdão de Deus. A Quaresma, portanto, deve ser vivida como um tempo de penitência, caridade e oração, fortalecendo a esperança e guiando-nos na superação das dificuldades com a ajuda de Cristo.

“Penitência, caridade e confiança orante e atuante: eis o que se descortina como propulsores de esperança para nós neste tempo favorável, neste tempo forte. Os exercícios quaresmais sejam, pois, para nós um longo retiro espiritual, vencendo o demônio e, com ele, tantas feras interiores que temos dentro de nós, tal como refletiremos no próximo domingo, pois, como disse Jesus, os vencemos “à força de oração e de jejum” (Mt 17,21)”, findou.

Por: Dvanilson Marinho (Ascom)
Fotos: Joaquim Urtiga (Pascom Diocesana)


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