Santa Missa marca o início do Ano Letivo no Seminário Diocesano de Campina Grande

Atualizado em 10/02/25 às 21:248 minutos de leitura201 views

Na manhã desta segunda-feira, 10 de fevereiro, o Seminário Diocesano São João Maria Vianney reabriu suas portas para o início do ano letivo de 2025. Ao todo, 69 seminaristas retomaram suas atividades acadêmicas e formativas, sendo 51 da Diocese de Campina Grande e 18 das Dioceses de Caruaru e Petrolina, ambas em Pernambuco.

O novo semestre contempla tanto os alunos do Propedêutico São José, sob a reitoria do Padre José Adauto de Maria, quanto os seminaristas do Seminário Maior, que cursam Filosofia e Teologia sob a orientação do reitor, Padre Leandro de Normandia.

Ao meio-dia, os seminaristas reuniram-se no refeitório para o almoço, seguido pelo momento de organização pessoal e descanso.

Às 17h30, na Capela São João Maria Vianney, foi celebrada a Santa Missa de abertura do ano letivo, presidida pelo bispo diocesano de Campina Grande, Dom Dulcênio Fontes de Matos. A celebração contou com a presença do Bispo Diocesano de Caruaru, Dom José Ruy, além de diversos sacerdotes, incluindo o reitor do Seminário de Caruaru, Padre Jerônimo Alves; o Vigário Geral da Diocese de Caruaru, Cônego Bartolomeu Félix; o vice-reitor do Seminário de Campina Grande, Padre Joseque Borges; e o diretor do Centro de Estudos do Seminário (CEA), Padre João Jorge.

Durante a homilia, Dom Dulcênio fez uma profunda reflexão sobre o significado da formação sacerdotal. Ele destacou o seminário como a “casa formadora” dos futuros padres, onde cada seminarista deve se empenhar nos estudos, na vida de oração e na comunhão diária com Cristo. O bispo enfatizou que a formação não se limita ao aprendizado intelectual, mas exige um compromisso integral com a vivência da fé e com o crescimento espiritual. Segundo ele, a dedicação a esses pilares garantirá uma relação íntima e profunda com Deus, essencial para a missão sacerdotal.

Ao final da celebração, Dom Dulcênio expressou sua gratidão a Dom José Ruy pela confiança em enviar seus seminaristas para a formação no Seminário de Campina Grande, reafirmando o compromisso da Diocese com a formação de todos. Em sua fala, Dom José Ruy também agradeceu a acolhida fraterna de Dom Dulcênio, dos formadores e de toda a comunidade seminarística, destacando a parceria e o compromisso mútuo para o ano letivo que se inicia.

Com essa celebração, os seminaristas foram motivados a iniciar mais um período de aprendizado e crescimento, fortalecendo sua vocação rumo ao sacerdócio.

Homilia

Inicialmente, Dom Dulcênio dá as boas-vindas aos seminaristas, especialmente aos da Diocese de Caruaru, que se juntam à comunidade formativa. Sua presença é vista como um enriquecimento para as igrejas locais. Ele destacou a importância do seminário como um espaço onde o seminarista se prepara para a missão de ser “outro Cristo” e levar a salvação às almas, conforme a palavra de Lucas 1, 76.

“O seminarista é pessoa chamada por Deus para o maravilhoso e imprescindível ministério de continuar em meio aos homens a missão salvífica de Cristo Nosso Senhor; missão de ser “outro Cristo” todo entregue à glória de Deus e a salvação das almas. “Tu serás chamado profeta do Altíssimo, pois precederás o Senhor preparando-lhe o caminho, ensinando o seu povo a senda da Salvação” (Lc 1, 76)”, iniciou.

Dom Dulcênio comparou a formação no seminário ao trabalho de um jardineiro, que cuida da planta para que ela cresça saudável. A mensagem é clara: o seminário exige dedicação, e o futuro sacerdote será moldado pela qualidade da formação. Um bom seminarista se tornará um bom padre, enquanto a negligência pode resultar em um sacerdote incapaz de cumprir sua missão na Igreja.

“Esse grandioso ministério, essa responsabilidade, que é um privilégio, aguarda o Seminarista de hoje, na distância de poucos anos. Fugazes anos de preparação. Pois há que preparar-se. É do seminarista que se forma o Padre, que, via de regra, será por toda vida o que tiver sido no seminário. O bom seminarista será bom Padre; o medíocre, Padre medíocre; o tíbio e descuidado poderá entristecer a Igreja, resvelando numa situação de doloroso desajustamento”, destacou.

A formação sacerdotal não é apenas acadêmica, mas também espiritual e humana. O seminarista deve cultivar virtudes, oração e dedicação para se tornar um verdadeiro homem de Deus. O bispo lembrou que a formação visa moldar o seminarista para que ele possa servir à Igreja com amor e entrega.

“Formação sacerdotal é, portanto, o processo ser empregado, a fim de dispor de tal modo um homem, que, quando vier a receber o caráter do Sacramento da Ordem, já possua um substrato humano e sobrenatural que o capacite a ser instrumento que Deus quer que ele seja, isto é, um “outro Cristo”, disse.

Dom Dulcênio exortou os seminaristas a aproveitarem bem o tempo de formação, “para que sejam santos e dedicados pastores do povo cristão”, disse, destacando a Oração pelas Vocações Sacerdotais e Religiosas, rezado em todas as missas na diocese.

Concluindo, o bispo destacou a Eucaristia como o meio de união mais eficaz com Cristo. A prática regular da Eucaristia fortalece o seminarista espiritualmente, alimentando sua vocação.

“Como seminarista, se você quiser unir-se a Jesus Cristo, recorra à Eucaristia; que é o melhor meio de união, o que tem mais força unitiva de seu coração com o coração de Jesus Cristo. Na Eucaristia é que o seminarista poderá encontrar Jesus Cristo, para que lhe comunique suas dores e suas graças e o faça participar sobretudo de seu Espírito”.

Por: Ascom (com apoio na matéria o seminarista Pablo Brito)
Fotos: Joaquim Urtiga (Pascom diocesana)



Comentários (0)