Na manhã deste domingo, 5 de janeiro, a Igreja celebrou a Solenidade da Epifania do Senhor, ocasião em que Deus se manifesta ao mundo. Ele, que se fez Homem e nasceu em Belém, revelou Sua presença a todos os povos da terra. Na Catedral Diocesana, a missa foi presidida pelo Padre Luciano Guedes, vigário geral e pároco da catedral, com o auxílio litúrgico do diácono Ricardo.

Homilia

A homilia do padre Luciano Guedes destacou a importância do nascimento de Jesus como a luz que veio iluminar o mundo, oferecendo direção e salvação para todos os povos. Ele sublinhou que essa luz não é apenas simbólica, mas real, encarnada em nosso tempo e espaço. O menino no presépio não é apenas uma figura histórica, mas a fonte da verdadeira luz que traz esperança e vida eterna. Essa luz guia a humanidade através dos desafios da vida, iluminando o caminho para a salvação que todos esperamos, e que será cumprida no fim dos tempos.

Ao citar o profeta Isaías, padre Luciano relembrou a grande promessa de Deus para Jerusalém, e, por extensão, para a Igreja. Isaías transmite uma mensagem vibrante de esperança: “levanta-te e resplandece”, um convite à transformação e à renovação, mesmo para aqueles que estão imersos na escuridão da provação e sofrimento. A mensagem do profeta ressoa como um chamado para todos os cristãos, pedindo que se tornem luzes vivas do amor e da verdade de Deus no mundo.

O padre também fez referência ao Papa e à bula que institui o Ano Santo da Esperança, destacando que todos somos peregrinos da esperança. O Papa observa que a esperança se revela nos mais vulneráveis da sociedade: os doentes, os jovens, os idosos e os pobres. Cada um desses grupos, que muitas vezes é marginalizado, traz consigo sinais de que Deus ainda restaura a dignidade humana. Assim, a esperança divina se manifesta não apenas nas palavras, mas nas ações concretas de acolhimento e solidariedade com os necessitados.

No mesmo espírito, padre Luciano pediu aos fiéis que, no ano santo, estejam atentos aos sinais de esperança ao seu redor, buscando ser luz na vida dos outros. Ele os exortou a não deixar que a escuridão do mundo obscurecesse a luz de Deus, mas a acender a chama da esperança em cada coração, tal como Jerusalém foi chamada a fazer. Esse chamado à luz é uma convocação para todos os cristãos viverem de maneira a refletir o amor e a graça divina, estendendo a mão a quem mais necessita.

Por fim, padre Luciano enfatizou a mensagem do evangelho, onde Jesus, o Rei dos judeus, é reconhecido e adorado por pagãos, mas rejeitado pelos próprios que detinham as escrituras. A luz de Jesus, que brilha como uma estrela, guia aqueles dispostos a segui-lo com sinceridade e humildade. Os magos, ao trazerem ouro, incenso e mirra, reconhecem as diversas dimensões de Cristo: Ele é rei, é Deus e é homem. Jesus é uma luz que ilumina, mas também provoca divisões, como no caso de Herodes, que se vê ameaçado por sua presença. Assim, o cristão é chamado a se colocar diante dessa luz com humildade e adoração, para que, ao final, seja também um sinal de esperança para o mundo.

Por: Ascom
Fotos: Pascom Catedral