Dom Dulcênio preside última missa do ano na Catedral Diocesana
Na noite desta terça-feira, 31 de dezembro, Dom Dulcênio Fontes de
Matos, bispo diocesano, presidiu a última missa do ano na Catedral Diocesana,
marcando a véspera da Solenidade da Santa Mãe de Deus. A celebração reuniu
fiéis para agradecer as graças recebidas ao longo do ano e consagrar o novo
tempo que se inicia.
A Eucaristia contou com a concelebração do vigário geral e pároco
da catedral, Padre Luciano Guedes, e do vigário paroquial, Padre Mércio Aurélio.
O diácono Ricardo e os seminaristas também participaram auxiliando nos ritos
litúrgicos.
No início da celebração, Dom Dulcênio destacou a importância da
Santa Eucaristia como o ápice da fé cristã, convidando os fiéis a refletirem
sobre o ano que termina e a depositarem no altar do Senhor as esperanças e
desafios do ano vindouro.
Homilia:
Na última missa do ano, Dom Dulcênio refletiu sobre o significado
de Maria, Mãe de Deus, no contexto da salvação. Ao evocar o Evangelho de São
Lucas, que narra a visita dos pastores ao Menino Jesus, o bispo destaca a
presença de Maria ao lado de seu Filho, intercedendo por nós com amor maternal.
Ele ressalta que, assim como as mães cuidam de seus filhos, Maria, como Mãe de
Deus, cuida e intercede por todos nós.
“Assim como vemos as mães, de uma forma geral, falarem com os seus
filhinhos ainda de braço, com voz mimosa, apresentando aqueles que os visitam,
penso em Maria, falando com um timbre meigo, apresentando os pastores, os
magos, São José… Àquele que, sendo Deus, conhece a todos pelo coração.
Emociono-me ao pensar nisso! Emociono-me em pensar que, agora mesmo, diante do
Trono inefável de Seu Filho e Deus, está a Mãe do Céu a nos apresentar, a nos
recomendar”, refletiu inicialmente.
Dom Dulcênio também destacou as rainhas-mães bíblicas, como
Neústa, mãe de Joaquim, figuras de autoridade e conselheiras respeitadas. Ligou
essa tradição ao papel único de Maria como Rainha-Mãe de Jesus, inspirando
confiança em sua intercessão amorosa.
“Entre Betsabéia e Neústa, temos tantas outras rainhas-mães.
Algumas trabalharam para o bem, outras nem tanto; mas nenhuma era uma mera
figura decorativa, porque “Gebirah era mais do que um título; era uma função
com autoridade real”.... Os seus reis, seus filhos, não honravam os seus
pedidos por causa de uma obrigação legal de obediência, mas, por amor filial”,
trouxe.
O prelado também sublinhou a grande diferença de Maria em relação
às rainhas-mães do passado está na divindade de seu Filho, Jesus. Ele, sendo
Deus, responde às orações de Maria, mostrando a profundidade de sua relação com
Ela. Embora Mãe de Deus, Maria não exerce autoridade, mas vive para servir e
orientar os fiéis, sempre apontando para o Filho e à Sua vontade.
“Com Maria e Jesus, não é totalmente diferente. A diferença está
na potência de Cristo, que é Deus e, no mistério da Sua Trindade, inspira os
rogos de Sua Mãe. Vejam que profundidade: Maria se aproxima de seu Filho para
interceder pelas pessoas; Maria nos apresenta ao seu Filho; “Maria aconselha
seu Filho sobre o assunto em questão, ainda que ela aconselhe os outros a
obedecer a seu Filho, e não a ela”, refletiu.
Dom Dulcênio conclui sua homilia destacando que a paz, que o mundo
tanto busca, “tem um rosto, é contemplável, não como sentimento, mas como uma
Pessoa: é Cristo”, disse. E convidou a todos, neste último dia do ano, a
contemplar Cristo, a verdadeira paz, e a reconhecer que, por meio de Maria,
podemos viver em harmonia com Deus e com os outros.
“Ela (essa paz) é a mãe da unidade, o repouso dos bem-aventurados
e a morada da eternidade; sua função própria e seu benefício especial é unir a
Deus os que ela separa do mundo... E entre nós já está. Que O contemplemos com
a Sua face compadecida sobre nós, dando-nos a paz, propondo-Se, porque somente
Ele pode fazê-lo”, findou.
Por: Ascom
Fotos: Joaquim Urtiga (Pascom diocesana)