Milhares de Fiéis Participam da Procissão e Missa de Encerramento da Festa da Padroeira da Diocese
Ainda
era cedo quando os fiéis começaram a se concentrar na Catedral Diocesana para a
procissão de Nossa Senhora da Conceição, rumo ao Parque do Povo. Por volta das
16h, a caminhada teve início, marcada por cânticos e louvores à Imaculada
Conceição, como o hino: “Excelsa mãe da Conceição, volve a nós tão terno olhar. Das terras
da Borborema recebei singelo cantar”. Durante o percurso, padres,
diáconos, seminaristas, religiosos e os fiéis, que a partir das orações, a
recitação do Santo Terço e as manifestações de fé traduziam a profunda devoção
e amor àquela que intercede por seus filhos com solicitude maternal.
Ao
chegar ao Parque do Povo, o ambiente se transformou em um grande templo de
louvor e espiritualidade. O ponto alto foi a Santa Missa, presidida pelo bispo
diocesano, Dom Dulcênio Fontes de Matos, que conduziu a celebração com palavras
de fé e gratidão. Em sua homilia destacou a profundidade do mistério da
Imaculada Conceição. Fundamentando-se em textos bíblicos e pensamentos de
santos, o bispo ressaltou a escolha divina de Maria como modelo de pureza e
graça.
Dom
Dulcênio iniciou apontando que Deus, em seu amor infinito, escolheu salvar a
humanidade por meio de Maria Santíssima, preservada de todo pecado e chamada
“Porta do Céu”. Nela, a vontade de Deus e as necessidades do homem se
encontram, exaltando Maria como obra-prima da graça e canal da salvação.
“Aqui,
penso num título muito especial com o qual honramos Aquela que foi preservada
imune de toda mácula de pecado, a começar do pecado original, Maria Santíssima;
por isso a denominarmos em Sua Ladainha de “Porta do Céu”. Que bela “Porta” é
Aquela que é posta, providentemente, como frontispício da Suma Beleza!”,
trouxe.
A
conveniência ao Filho foi destacada na escolha de Maria como Mãe, perfeitamente
pura. Dom Dulcênio citou Santo Agostinho, afirmando que “a carne de Cristo é a
carne de Maria”, e explicou que o Verbo Encarnado jamais poderia habitar em um
templo marcado pelo pecado.
“Posso
até parecer radical, mas o Filho de Deus teria tido horror de Se encarnar, por
exemplo, no seio de uma Santa Inês, de uma Santa Gertrudes, de uma Santa
Teresa, pois estas virgens santas, antes do batismo estiveram manchadas pelo
pecado, de modo que o demônio teria podido lançar-lhe ao rosto que possuía a
mesma carne, que já algum tempo lhe estivera sujeita. Mas Jesus não teve horror
de encarnar-Se no seio de Maria (“Non horruisti virginis uterum”, tal como
canta a Igreja no Te Deum), porque Maria foi sempre pura e imaculada”,
refletiu.
Em
relação ao Espírito Santo, Maria foi o “horto fechado” e a “fonte selada” que
acolheu a obra da encarnação. Dom Dulcênio mostrou que a preservação de Maria
do pecado e da corrupção física reflete seu papel único como Esposa do Espírito
e Mãe da Igreja, plenamente cheia da graça divina.
“Se
Deus preservou da corrupção o corpo morto de Maria, tal como a Igreja proclama
com o dogma da Assunção da Virgem em corpo e alma, quanto mais não devemos crer
que preservasse a alma da Nossa Senhora da corrupção do pecado? Por isso o
Esposo divino A chamou de “horto fechado” e “fonte selada” (cf. Ct 4,12),
porque na alma bendita de Maria os inimigos nunca penetraram”, destacou.
Encerrando,
o bispo ressaltou a importância de Maria para a humanidade e a Igreja. Na
celebração do jubileu de 75 anos da Diocese de Campina Grande, foi renovada a
confiança no patrocínio da Virgem, modelo de fé e intercessão constante junto a
Cristo.
“Assim como
o Papa Pio XII, que a Ela nos confiou, confiemo-nos, mais uma vez e sempre,
confiando-Lhe esta Igreja jubilar e jubilosa, seus pastores e rebanho. Que Ela,
Onipotência Suplicante, sempre vele por nós. Amém.”
Por: Ascom
Fotos: Equipe diocesana da Pascom

















