Em Galante, Bispo Preside Missa em Preparação à Festa da Padroeira
A Paróquia de Nossa Senhora da Conceição, localizada no distrito
de Galante, está em clima de festa, celebrando o novenário em honra à sua
padroeira. No dia 1º de dezembro, primeiro Domingo do Advento, a comunidade
recebeu com grande alegria o bispo diocesano, Dom Dulcênio Fontes de Matos, que
presidiu a missa no terceiro dia da festividade. O bispo foi acolhido
calorosamente pelo padre Cledson Clemente e pelos fiéis presentes, destacando a
importância da presença do Pastor Diocesano durante esses dias de preparação à
festa da Imaculada Conceição.
A festa em honra à padroeira teve início no dia 29 de novembro e
se estenderá até o próximo domingo, 8 de dezembro, com missa e procissão.
Durante o novenário, as noites estão sendo marcadas por quermesse e apresentações
de música ao vivo, promovendo momentos de confraternização e união entre os
membros da comunidade. A programação continua atraindo muitos fiéis, reforçando
o espírito de fé e alegria na região.
Homilia
Dom Dulcênio iniciou sua homilia lembrando que o Advento é o tempo
da esperança. É o período em que, através da liturgia, percebemos que Deus
cumpre Suas promessas feitas desde a queda de Adão e Eva. A expectativa da
libertação, já anunciada em Gênesis, encontra sua plenitude em Maria, a “Senhora
da Espera”, que nos ensina a aguardar o Cristo, o Libertador, que, através de
Sua vinda, trará justiça e misericórdia. Como canta Maria em seu Magnificat,
Deus cumprirá Sua promessa feita aos patriarcas, e a verdadeira justiça será a
Sua presença salvadora entre nós.
“Eis o Advento: tempo da esperança. Misticamente, pela vivência da
Sagrada Liturgia, vemos que Deus cumpre as Suas promessas, feitas desde a queda
da humanidade quando do pecado original (cf. Gn 3,15), porque os sinais já nos
falam de libertação, de salvação. Com Maria, a Senhora da Espera, contemplamos
esta chegada. E ela, a “Profetiza da Alegria”, cantará, tal como escutaremos no
seu Magnificat, que o Senhor, enviando-nos o Seu Cristo, o Libertador, faz
cumprir a Sua justiça, “conforme prometera a nossos pais, em favor de Abraão e
sua posteridade, para sempre” (Lc 1,55)”, trouxe.
No contexto da promessa de libertação, o profeta Jeremias faz uma
revelação divina sobre o futuro, afirmando que Deus fará brotar de Davi a
semente da justiça, que reestabelecerá a lei e a verdade na terra. A
continuidade dessa promessa se reflete na pessoa de Jesus, o "rebento de
Davi", que, segundo a profecia, viria para construir um templo eterno e
estabelecer um reino que jamais teria fim. Ele é o libertador prometido, aquele
que trará salvação e nos libertará do pecado. No louvor de Zacarias, pai de João
Batista, vemos a confirmação de que Jesus, nascido na casa de Davi, é o
poderoso libertador que veio cumprir a misericórdia de Deus.
Assim, Dom Dulcenio lembrou que o Advento, portanto, deve ser
vivido com fé e paciência, especialmente quando enfrentamos adversidades e
provações. A experiência de esperar pela salvação nos chama a confiar nas
promessas de Deus, mesmo quando o mundo ao nosso redor parece mergulhado na
desesperança. São Tiago nos ensina que as provações são oportunidades para
fortalecer nossa fé e produzir perseverança. A cada dificuldade, o cristão é
convidado a se levantar e continuar sua jornada com confiança, sabendo que a
libertação está próxima. O retorno de Cristo, como o Evangelho nos assegura, é
a razão pela qual nossa fé deve se manter firme e esperançosa.
“Assim, na experiência do Advento, o cristão, mesmo enfrentando
todas as ondas que se embatem contrárias à sua fé, deverá se esmerar por viver
a santidade, levantando-se e erguendo a cabeça, sabendo que a libertação se
aproxima, como falou o Evangelho (cf. Lc 21,28). Às dificuldades sofridas pelo ódio
deste mundo e das suas conjecturas maléficas, temos, ao nosso favor, a confirmação,
nos nossos corações, por parte de Deus, que nos concede a sua força para sermos
firmes no bem, diante de tudo, e pacientes, em vista do retorno do Filho do
Homem, nosso libertador, pelo mistério de Sua vinda a este mundo e da Sua Páscoa
redentora”, refletiu.
Por fim, Dom Dulcênio nos exorta a não nos deixarmos envolver pelos
prazeres mundanos ou pelas distrações da vida cotidiana. A preparação para o
grande dia do Senhor, o dia da libertação, exige vigilância e transformação
interior. São Paulo nos convida a não nos conformarmos com este mundo, mas a
renovar nosso espírito para discernir a vontade de Deus.
O Prelado, então, conclui dizendo: “Desta maneira,
preparar-nos-emos para o dia do Senhor, dia da nossa libertação, dia grande e
terrível (cf. Jl 2,11; Ml 3,23), no coroamento da missão de Cristo (cf. Is
61,2), na plenitude do Seu Reino eterno e universal. Copiemos, pois, as
atitudes da Virgem da Expectação na espera dos bens a nós prometidos pelo Seu
Filho e nosso Deus”.
Por: Ascom
Fotos: Pascom Paroquial (Erika Maria)