1º Domingo do Advento: "Confiar e Agir", refletiu Dom Dulcênio

Postado em 01/12/24 às 13:266 minutos de leitura55 views

Neste primeiro domingo do Advento, 1º de dezembro, Dom Dulcênio Fontes de Matos presidiu a "Missa do Lar" na Catedral de Campina Grande, com a concelebração do Padre Luciano Guedes, pároco da catedral e vigário geral. A celebração, que marcou o início do novo Ano Litúrgico, contou com a assistência dos diáconos Anderson e Ricardo, além da presença dos seminaristas, e reuniu uma significativa quantidade de fiéis, que participaram ativamente da Missa, dando início ao tempo de espera e preparação para o Natal.

Na homilia deste primeiro domingo do Advento, Dom Dulcênio nos convidou a refletir sobre o tema "Confiar e Agir", apresentando a confiança como o princípio fundamental para iniciarmos o novo Ano Litúrgico. O Advento é um tempo de espera e preparação, que nos recorda tanto a vinda do Senhor no final dos tempos quanto a celebração do Santo Natal. Nesse contexto, confiar em Deus é mais do que uma esperança passiva; é uma atitude ativa que exige a disposição do coração para acolher a vontade divina. A confiança cristã nos chama a viver com fé, sabendo que, mesmo nas dificuldades, a promessa de Cristo nos garante a redenção e a paz.

“A confiança no sentido cristão, como fruto da fé e da esperança, exige de nós atitudes virtuosas, tal como as próprias fé e esperança. Insensato é o cristão que confia - porque espera -, mas não faz justiça à confiança que afirma possuir. A confiança deve levar-nos a atitudes condizentes Àquele que esperamos, não por simples temor, e sim, sobretudo, para que Ele encontre um povo bem disposto para Si (cf. Lc 1,17)., iniciou.

 Entretanto, a confiança cristã não é uma confiança vazia ou ingênua. Ela deve ser acompanhada de atitudes concretas que evidenciem a fé e a esperança. A confiança em Deus nos compromete com a santidade de vida, um compromisso que exige vigilância constante. Como nos ensina o Evangelho de hoje, é fácil ser seduzido pelos prazeres momentâneos, como a gula e a embriaguez, que afastam nosso coração de Deus. Em vez disso, devemos cultivar a oração como uma prática constante para fortalecer nossa vigilância, mantendo-nos atentos para não sermos surpreendidos pelo "dia do Senhor", que, para os justos, será de glória e alegria, mas de temor e angústia para os que vivem na indiferença.

“A confiança cristã exige-nos compromisso: a santidade de vida. A busca por ela é uma pronta vigilância para um constante discernimento, escolhendo sempre o que leva - e eleva - o coração a Deus. Neste sentido, o Senhor exemplificou, no Evangelho deste domingo, com as imagens da gula, da embriaguez e das preocupações da vida como os prazeres e as facilidades da vida, que se apresentam como porta larga para a perdição (cf. Mt 7,13-14), desviam-nos da atenção em sermos agradáveis a Deus, ao que aponta para a oração como fortalecimento para que não esmoreçamos”, refletiu.

Para aqueles que confiam em Deus e se comprometem com a vida de santidade, o fim dos tempos será um momento de libertação e de realização da promessa divina. Como profetiza Jeremias, o Senhor será nossa justiça e, nesse dia, finalmente veremos a vindicação dos justos, que, mesmo diante do sofrimento e zombarias dos iníquos, mantiveram sua esperança firme no Senhor. O Evangelho nos lembra que, ao invés de ser um dia de pavor, será um momento de redenção, onde os fiéis levantarão a cabeça e se sentirão livres em Deus. A confiança em Deus, portanto, transforma o fim do mundo em um início glorioso para aqueles que esperam e agem conforme a vontade divina.

“Para os que confiam e demonstram, pela santidade de vida, a confiança que possuem, o final dos tempos será ocasião de alegria, de glória, pois será, como ouvimos, da profecia de Jeremias, na Primeira Leitura, o dia em que diremos, com voz de posse, “O Senhor é a nossa Justiça” (Jr 33,16), não seremos mais envergonhados, depois de termos atravessado tantas irrisões por parte dos iníquos que nos tinham por iludidos por esperarmos, pacientemente, no Senhor (cf. Sl 24,1-3); porque, “naquele tremendo e glorioso dia, passará o mundo presente e surgirá novo céu e nova terra”, pregou.

Por fim, Dom Dulcênio ressaltou que confiar em Deus não é um ato de ilusão, mas uma decisão consciente e fundamentada na verdade revelada pelo Senhor. Ele nos deixou claros os caminhos para a conversão e a recompensa que nos aguarda, caso nos empenhemos sinceramente em seguir Sua vontade. A Igreja, como uma mãe zelosa, repete essa mensagem constantemente. Assim, somos chamados a proceder, não como expectadores, mas como agentes de uma fé viva e atuante.

“Confiar não é iludir-se. Para tanto, o Senhor nos deixou conscientes da Sua vontade, da necessidade de converter-nos, como fazê-lo e da recompensa que nos espera. A Igreja repete isso diuturnamente, principalmente nestes dias do Advento, e, como boa Mãe, espera que façamos esforços sempre maiores (1Ts 4,1-2). Que, assim, procedamos!”, pregou.

Por: Ascom
Fotos: Pascom Catedral


Imagem da notíciaImagem da notíciaImagem da notíciaImagem da notíciaImagem da notíciaImagem da notíciaImagem da notíciaImagem da notíciaImagem da notíciaImagem da notíciaImagem da notíciaImagem da notíciaImagem da notíciaImagem da notíciaImagem da notícia

Comentários (0)