Missa e Crisma são realizadas na Área Pastoral de Santo André
Na noite desta quinta-feira, 28 de novembro, o bispo diocesano,
Dom Dulcênio Fontes de Matos, presidiu a Santa Missa em preparação à festa de Santo André, padroeiro da Área Pastoral do Sagrado Coração de Jesus e Santo André; comunidade que
abrange, também, a Paróquia de São José, na cidade de Parari-PB. A Missa contou
com a concelebração do pároco Padre Bruno e do pároco da Paróquia de N. Srª das Dores, de São José dos
Cordeiros, Padre Cristino. A celebração marcou o quarto dia de festejos e
reuniu fiéis, diácono, seminaristas e a comunidade local para um momento de oração
e união.
Durante a missa, 67 crismandos, entre jovens e adultos, receberam
o sacramento da Crisma, um importante passo em sua caminhada de fé. A preparação
para a cerimônia foi realizada com dedicação por quatro catequistas, que
conduziram as turmas com zelo. Padre Bruno expressou sua alegria pela presença
de Dom Dulcênio e agradeceu aos catequistas pelo trabalho empenhado na formação
dos crismandos.
Após a celebração, a comunidade se reuniu para uma animada
quermesse, que contou com atrações culturais e proporcionou um momento de
confraternização e alegria entre os presentes, encerrando a noite de
festividades em clima de unidade e celebração.
Na homilia de Dom Dulcênio em preparação à festa de Santo André, o
bispo destacou duas palavras significativas do Apóstolo. A primeira,
"Todos os dias ofereço em sacrifício a Deus um Cordeiro Imaculado",
revela a profunda devoção de Santo André à Santa Missa, como um sacrifício
diário. Dom Dulcênio enfatizou que a celebração da Santa Missa é o verdadeiro
sacrifício do Novo Testamento, instituído por Cristo na Última Ceia, e exorta
os fiéis a renovar sua fé e respeito por esse sacramento fundamental.
“É fora de dúvida que Cristo, instituindo o Santíssimo Sacramento
entre as cerimônias da Última Ceia, instituiu a Santa Missa. Por isso eu digo
caríssimos, aviva a sua fé na Santa Missa e participe do Santo Sacrifício com
maior respeito e com muita piedade”, disse.
A segunda frase de Santo André, "As honras que me são
oferecidas, não as aprecio, por serem temporais e passageiras", reflete
sua atitude em relação às riquezas e honras mundanas. O Apóstolo nos ensina que
os bens materiais são efêmeros e que, mesmo diante do martírio, ele não temia
as provas temporais, pois acreditava nas recompensas eternas. Dom Dulcênio
reforçou que é melhor sofrer por um tempo aqui na terra, do que perder a alma
para as penas eternas, destacando a importância de escolher o bem eterno em vez
das ilusões temporais.
“O que o Apóstolo quer dizer é que honras mundanas, riquezas e
prazeres não tem subsistências. Loucuras seria pois, procura-los
desordenadamente e menosprezar os bens eternos. O sofrimento aqui na terra
também não é eterno. As penas do inferno, porém, que são a pagar do pecado,
duram eternamente. É melhor sofrer, penar e trabalhar, enquanto temos vida aqui
na terra, do que experimentar as penas do além túmulo. Fica aqui estas duas
mensagens para reflexão de todos”.
Dom Dulcênio destacou que a festa de Santo André, celebrada no
final do ano litúrgico, coincide com leituras que falam do fim, mas não no
sentido tradicional de destruição do mundo. Em vez disso, tratam do fim das
desordens que afligem a humanidade e o planeta. O bispo enfatiza que o cristão,
portanto, deve ser consciente do que gera vida e do que leva à destruição,
buscando sempre construir um mundo mais justo e fiel aos ensinamentos de
Cristo.
“A festa de Santo André cai no fim do ano litúrgico e as leituras
continuam com seu gênero literário apocalítico, próprio desse tempo. Elas falam
do fim, mas não do fim do mundo no sentido que senso comum imagina. Falam de um
certo tipo de mundo no sentido de que de fato precisa ter fim. É o fim de todas
as desordens que vem afetar, destruir, macular o ser humano e o próprio
planeta, como por exemplo: a corrupção,
o desrespeito a vida, o desrespeito a natureza, a violência... para isso o
cristão precisa ter consciência do que gera vida para todos e o que traz
destruição, o que gera a morte”, refletiu.
O Prelado fez um apelo à reflexão pessoal e comunitária,
especialmente durante as festividades de Santo André e o fim do ano litúrgico.
Ele convidou os fiéis a examinar as maldades presentes em suas vidas e a
trabalhar para transformá-las, renovando-se à luz de Deus.
“Caríssimos, que tal no decorrer das festividades de Santo André,
revisarmos em que pé se encontra a maldade entre nós, para transformarmos para
o bem? Nesse fim de ano litúrgico e nessa festa de Santo André, somos
convidados a destruir em nós tudo o que desagrada a Deus e nos revestir de uma
nova pessoa, uma nova cidade, comunidades, voltadas para as coisas de Deus, as
coisas do Alto.”
Por fim, o bispo destacou que o tempo do advento, que se aproxima,
é visto como um tempo de preparação para a vinda do Salvador, lembrando aos
cristãos que, embora o juízo final seja temível, também é uma fonte de
esperança, pois marca a recompensa dos justos. O bispo concluiu com um convite
a olhar para Cristo ressuscitado, que virá em glória para premiar os fiéis.
“Conclamo a todos, levante os olhos e crave-os nesse amado Jesus
Cristo ressuscitado e triunfante, que um dia virá revestido de glória e
majestade para premiar os que lhe são caros, os que seguiram os seus
ensinamentos. Amém”, concluiu.
Por: Ascom (com informações do Seminarista Pablo)
Fotos: Seminarista Pablo Brito






















