Dom Dulcênio preside Missa em preparação à Festa de Nossa Senhora das Graças
Dom Dulcênio, bispo diocesano de Campina Grande, presidiu a novena e missa em preparação para a festa de Nossa Senhora das Graças, na Paróquia do mesmo nome, no bairro da Liberdade. A celebração aconteceu nesta terça-feira, 26 de novembro, e contou com a concelebração do pároco, Pe. Aldevan, e do vigário, Pe. Adeildo Ferreira, como também do padre Adalberto Marques, da Paróquia de Nossa Senhora da Conceição, no bairro do Ligeiro. Também estiveram presentes os diáconos Marco Danilo e Manassés, representantes das paróquias São João Paulo II e Trindade, respectivamente, que participaram desta 6ª noite dedicada à Forania Sul. A igreja estava repleta de fiéis, que se reuniram em grande número para elevar louvores à Mãe de Deus, em um momento de intensa fé e devoção.
A festa da padroeira teve início no dia 21 de novembro e se estenderá até o próximo domingo, dia 1, primeiro domingo do Advento. Na data, haverá uma missa às 17h, seguida de procissão, encerrando as festividades religiosas em honra à Nossa Senhora das Graças. A comunidade continua a demonstrar seu fervor, reunindo-se em oração para celebrar este importante momento litúrgico.
A homilia de Dom Dulcênio, proferida na Missa em preparação à Festa, inicia com uma reflexão sobre a Palavra de Deus e o encerramento do ano litúrgico. Ele nos convida a realizar uma avaliação de nossa caminhada cristã, à luz da celebração de Nossa Senhora das Graças. A festa, segundo o bispo, é uma oportunidade para refletirmos sobre as boas obras que realizamos e as que precisamos corrigir, especialmente em relação aos pobres e marginalizados. O chamado é para que os fiéis revelem um compromisso mais profundo com os ensinamentos de Cristo.
“Caríssimos irmãos e irmãs, providencialmente, a festa de Nossa Senhora das Graças coincide com o encerramento do ano litúrgico; penso que ao comemorarmos a Virgem Mãe das Graças, somos impelidos a avaliar o que foi bom e o que não foi em nossa caminhada de cristãos. Que tal uma revisão de vida, uma avaliação, em vista da festa da comunidade em homenagem a Nossa Senhora das Graças, pois, temos muito o que aprendermos d’Ela? Também um balanço de nossa caminhada de cristãos, tendo em vista o ano litúrgico que se finda?”, disse.
Em seguida, Dom Dulcênio destaca a passagem do Apocalipse de São João, que traz a imagem da colheita, onde é solicitado a ceifa da lavoura madura, representando o balanço das nossas ações. Ele nos desafia a refletir sobre nossas obras desde a última festa de Nossa Senhora das Graças, perguntando se temos cumprido nossa missão cristã com diligência e amor ao próximo.
“Da nossa última festa de Nossa senhora das Graças até hoje, que obras praticamos? Como procedemos como cristãos e filhos de Nossa Mãe Maria Santíssima? Praticamos mais obras boas ou obras más? Como paroquianos de Nossa Senhora das Graças, estamos preocupados com pobres e marginalizados? Estamos indo ao encontro as ovelhas perdidas?”, questionou.
Ele também faz um paralelo com o evangelho, onde Jesus nos exorta a vigilância constante, ressaltando que a perseverança na fé é essencial diante das dificuldades e temores da vida.
“É preciso vigilância e a necessidade de perseverar diante das dificuldades e dos temores. Perseverar em Deus nos remete a pessoa de fé que esperam que a salvação de suas vidas esteja no Senhor e Nele confiam”, destacou.
O bispo, então, propõe que busquemos libertar-nos das distrações que nos afastam de Cristo, como o barulho e os medos, e que procuremos a paz que Jesus nos oferece, uma paz que transcende o que o mundo pode oferecer. Ele nos lembra da importância de uma vida dedicada à escuta da palavra de Cristo e à prática da virtude, especialmente ao considerar o papel da Virgem Maria como intercessora. Maria, com sua grande misericórdia e poder diante de Deus, é apresentada como a Mãe da Esperança, que nos guia e intercede por nós, aumentando nossa confiança na graça divina.
“Consagre sua vida a procurar libertar os homens de sua pressa para que possam chegar a Cristo; libertá-los do barulho para que possam escutar a palavra de Jesus Cristo, que ressoa no evangelho; libertá-los de seus problemas e medos, para que possam conhecer e gozar a paz que Jesus Cristo dá e que não é a paz que o mundo dá, mas outra muito mais profunda e duradoura. “Deixo-vos a paz, dou-vos a paz, dou-vos a minha paz. Não vo-la dou como o mundo a dá. Não se perturbe o vosso coração, nem se atemorize! (Jo 14,27)”
No último momento da reflexão, Dom Dulcênio explora o título de Maria como "Mãe da Esperança", inspirado por Santo Afonso de Ligório. Ele reflete sobre como a Igreja venera Maria, reconhecendo-a como intercessora e fonte de nossa esperança em Deus. Citando diversas figuras da tradição cristã, como São Tomás, São Bernardo e São Boaventura, o bispo destaca que, após Deus, Maria é nossa única esperança. Sua intercessão, segundo ele, é o meio pelo qual alcançamos as graças de Deus, e confiar nela é um ato de humildade e fé, pois reconhecemos nossa indignidade, mas confiamos no poder da intercessão de Maria para nossa salvação.
“Portanto, quem pretende a graça com razão chama aquele seu intercessor a sua esperança. Por ser de infinita bondade, sumamente deseja o Rei do céu enriquecer-nos com suas graças. Mas, porque para tanto é necessário a nossa confiança, deu-nos o Senhor, para aumenta-la, sua própria Mãe por advogada e intercessora, e concedeu-lhe plenos poderes a fim de nos valer”, findou.
Por: Ascom
Fotos: Matheus Borges