Diocese celebra Solenidade de Cristo Rei com homenagem aos leigos e Encontro do Apostolado da Oração
Neste domingo, 24 de novembro, a Igreja Católica celebrou a Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo, dia que marcou o fim do Ano Litúrgico. Na Catedral de Campina Grande, a Missa do Lar foi presidida por Dom Dulcênio, Bispo Diocesano, e contou com a assistência do Diácono Anderson. Neste dia, também, celebrou o Dia Nacional do Leigo e Leiga, um momento especial para reconhecer o trabalho e a dedicação dos leigos na missão da Igreja, principalmente à nossa igreja particular de Campina Grande ao longo dos 75 anos.
Durante a missa, Dom Dulcênio agradeceu aos leigos pela sua constante colaboração no serviço à Igreja. Como forma de reconhecimento, alguns leigos receberam certificados em nome de todos aqueles que, com sua missão, têm contribuído para a evangelização e a vida da Diocese. Este momento, fez parte das comemorações do ano Jubilar diamantino. Otto Steinmuller, Rosa de Lourdes, Everaldo dos Santos, Marilene Alves (Nena), Giselma Alves, Jocélio Loureiro, Maria Auxiliadora, e Eufrázio Arruda foram os representantes, recebendo a gratidão do Bispo, que ressaltou a importância do papel dos leigos, que com fidelidade e empenho, servem à Igreja de Cristo ao longo dos anos.
O dia também foi marcado pelo Encontro Diocesano do Apostolado da Oração, uma rede mundial de oração do Papa, com o tema "O Amor Alimenta a Esperança". O evento, que aconteceu no Clube Campestre, reuniu pouco mais de mil participantes, entre membros do Apostolado da Oração e do Movimento Eucarístico Jovem (MEJ). O encontro teve momentos de louvor, oração, pregação e adoração, com o objetivo de renovar a fé e a esperança entre os fiéis. O Padre Edjamir Silva, diretor diocesano do Apostolado da Oração, esteve presente e acompanhou as atividades.
O encontro foi encerrado com a tradicional procissão até o Santuário do Sagrado Coração de Jesus, no Catolé. A procissão foi seguida de uma Missa Solene, presidida por Dom Dulcênio, com a concelebração do Pároco Márcio Henrique, e dos padres Edjamir e Assis Pereira, ambos vigários da paróquia. Esse momento final de celebração consolidou a festa do Sagrado Coração de Jesus, renovando o compromisso da comunidade com o amor e a verdade do Reino de Cristo, no coração da Diocese.
HOMILIA
Dom Dulcênio refletiu sobre a oração do Pai-Nosso, em que pedimos, muitas vezes de forma distraída, que o Reino de Deus venha a nós. O bispo explicou que, apesar de nossa busca por esse Reino, Jesus nos revela que ele não chega de forma ostentosa, mas está "no meio de vós", ou seja, em nossa vivência diária de fé e obediência à verdade que Ele nos ensina. O Reino de Deus, então, é uma realidade presente, mas que se manifesta de maneira misteriosa e interior, não com aparências externas, mas na conversão de nossos corações.
“O Apocalipse de São João, no seu último capítulo, fala da chegada Daquele que é a razão desse mesmo Reino: “Aquele que dá testemunho destas coisas diz: ‘Sim, eu venho em breve’” (Ap 22,20). Nas páginas dos Evangelhos, porém, o Cristo Rei vai nos alertar sobre a modalidade da chegada do Seu Reinado: “O Reino de Deus não vem ostensivamente. Nem se poderá dizer: ‘Está aqui’, ou: ‘Está ali’, pois o Reino de Deus está no meio de vós” (Lc 17,20-21)”, disse.
Dom Dulcênio também destacou a conversa de Jesus com Pilatos durante seu julgamento, em que o Senhor afirma: "O meu reino não é deste mundo". A partir dessa afirmação, o bispo explica que o Reino de Deus não se configura como um reino político ou terreno, mas está centrado na verdade que Cristo testemunha. Essa verdade, a verdade de Cristo, é a chave para entender o Reino, pois quem a escuta e a vive se torna parte desse Reino, guiado pela luz da salvação que vem de Deus.
O Prelado touxe ainda que o Reino de Deus, mesmo que ainda não tenha sua plenitude na terra, já começou e se realiza na vida de cada cristão que acolhe a verdade de Cristo. Dom Dulcênio lembra que o Reino nos interpela aqui e agora, e que seremos julgados conforme nossa adesão a esse Reino no momento do Juízo Final. Jesus, sendo o Caminho, a Verdade e a Vida, é a única porta que nos conduz ao Pai, e é por meio Dele que podemos alcançar a verdadeira liberdade e paz, já antecipadas na vivência do Reino aqui na terra.
“O Reino de Deus, muito embora tenha a sua plenitude na Pátria Celeste, já começou (cf. Lc 10,11). Aqui e agora, este Reino nos interpela, e, por causa da busca deste Reino, seremos julgados quando da nossa morte, quando do Juízo Particular, e da chegada plena do Rei-Juiz, Cristo, que “virá julgar os vivos e os mortos”, no Juízo Final. Sim, o Reino já começou e identifica-se com a Verdade, com Aquele que disse de Si: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida.”.
O bispo concluiu sua homilia convidando todos a se renderem ao poder do Reino de Cristo, entregando-se totalmente à Sua vontade. Seguindo o exemplo dos anciãos no Apocalipse, que depõem suas coroas diante do trono de Deus, devemos também entregar nossas vidas ao Senhor, reconhecendo Sua soberania sobre todas as coisas. Ao viver para o Reino de Deus, somos chamados a restaurar todas as coisas em Cristo, permitindo que Ele reine plenamente em nossas vidas e, por meio de nossa santidade, sejamos instrumentos de Seu amor, justiça e paz no mundo.
“Abramos o nosso coração e vivamos, completamente, em vistas desse Reino, tudo fazendo por ele; ele que é a satisfação plena e única do existir do homem redimido. E, assim como São João viu, no seu Apocalipse, que os vinte e quatro anciãos depunham as suas coroas diante do trono de Deus, digamos, como eles, depondo as nossas vidas, rendendo-nos ao poder de Cristo: “Tu és digno, Senhor, nosso Deus, de receber a glória, a honra e o poder, porque criaste todas as coisas. Por tua vontade é que elas existem e foram criadas” (Ap 4,11)”, concluiu.
Por: Ascom
Fotos: Pascom Diocesana e Catedral e Leonardo Silva