“É preciso que Ele nos encontre, vigilantemente, preparados”, disse o Bispo neste XXXIII Domingo do Tempo Comum

Postado em 17/11/24 às 21:247 minutos de leitura43 views


Na manhã deste domingo, 17 de novembro, na Catedral de Campina Grande, foi realizada a Missa do Lar, presidida por Dom Dulcênio Fontes de Matos, a celebração teve como intenção as preces do Santo Padre e o clamor por todas as pessoas em situação de vulnerabilidade social neste VIII Dia Mundial dos Pobres. A Missa foi concelebrada pelo Vigário Geral da Diocese, Padre Luciano Guedes, tendo na assistência o diácono Ricardo, em meio à expressiva participação dos fiéis.

Ainda no domingo, Dom Dulcênio seguiu para o distrito de Pirauá, no município de Natuba, onde foi recebido pelo pároco, Padre Flávio, e pela comunidade da Capela de Nossa Senhora da Conceição. O Bispo presidiu a Crisma de 12 jovens e adultos, em uma celebração que marcou a vida espiritual da comunidade local, reforçando a importância do compromisso cristão.

Homilia

O tema central da homilia de Dom Dulcênio é a preparação necessária para o encontro definitivo com Cristo no fim dos tempos. A liturgia deste XXXIII Domingo do Tempo Comum recorda aos fiéis a realidade da Parusia, a segunda vinda de Jesus, quando Ele retornará como Juiz para instaurar plenamente Seu Reino. Essa expectativa não é algo distante ou meramente simbólico, mas uma verdade presente na fé cristã, proclamada na Eucaristia e no Credo. Essa constante recordação nos convida a uma vida de vigilância e transformação espiritual, mantendo a esperança na promessa divina.

“Essa vinda - dita escatológica ou Parusia - de Jesus não deve ser esquecida por nós; antes, diariamente, a Igreja no-la recorda seja pelo Credo, como uma Profissão de Fé, seja pela Eucaristia; se não nos devemos esquecer que o Senhor “virá em Sua glória, para julgar os vivos e os mortos, estabelecendo a plenitude do Seu Reino que não terá fim, é preciso que Ele nos encontre, vigilantemente, preparados”, ensinou.

O Pastor Diocesano destacou a seriedade dos sinais que antecedem esse momento, conforme descrito na Primeira Leitura e no Evangelho. A visão do profeta Daniel e as palavras de Jesus em São Marcos falam de tribulações intensas e acontecimentos cósmicos extraordinários. Esses sinais, no entanto, não têm a intenção de causar pavor, mas de alertar para a urgência da conversão e do compromisso com a vida em Deus. O chamado é claro: reconhecer que vivemos um tempo de prova, mas também de graça, no qual somos constantemente convidados a retornar ao Senhor.

“Observemos que Daniel nos apresenta uma locução adverbial que parece nos falar de um tempo distante: “Naquele tempo…”. São Marcos apresenta-nos Jesus a falar sobre o tempo outrora profetizado por Daniel, agora com uma locução adverbial temporal que nos põe mais próximos do que está para acontecer: “Naqueles dias, depois da grande tribulação…” (Mc 13,24); ou seja: o tempo abreviado já nos dá sinais, porque, desde quando o Senhor ascendeu aos céus e, de lá, nos enviou o Seu Espírito Santo em Pentecostes, a grande tribulação começou e, a cada dia, se faz mais intensa, mais difícil”, explicou.

E continuou: “Os sinais são o aviso de que, todos, mudemos de vida, nos convertamos, porque “o Filho do Homem está próximo, às portas” (Mc 13,29). Se os sinais são tenebrosos, quando “o sol vai se escurecer, e a lua não brilhará mais, as estrelas começarão a cair do céu e as forças do céu serão abaladas” (Mc 13,24-25), como não tremeremos no dia grande e terrível, cujo “dia e hora, ninguém sabe, nem os anjos do céu, nem o Filho, mas somente o Pai" (Mc 13,32)? O que nos cabe é permanecermos na vontade Daquele que disse que vai voltar, a fim de que nos encontre na sabedoria, na virtude, no bem, porque, como disse Deus, por Daniel, acerca da recompensa, bela e dadivosa”, pregou.

Dom Dulcênio também enfatizou que, para aqueles que temem o Senhor e permanecem fiéis, há uma promessa de recompensa eterna. A perspectiva da vida eterna, conforme pregou, deve ser o norte que guia nossas ações, ajudando-nos a enfrentar as dificuldades deste mundo com confiança e determinação. Por fim, a mensagem central nesta homilia pregada, é um apelo à preparação inadiável. O encontro com Cristo deve ser o objetivo supremo da vida cristã, vivido com serenidade e entusiasmo, sem permitir que o pecado nos afaste dessa meta.

“Que estejamos preparados, conscientes, disponíveis para aquele dia em que, plenamente, nos encontraremos com o Senhor. Que o desejo desse encontro não seja turvado em nenhum instante sequer, para não corrermos o risco de sermos desagradáveis ao Senhor pelo pecado. Que seja o fim do mundo a nossa finalidade feliz na Pátria dos bem-aventurados”, findou.

Por: Ascom
Fotos: Pascom Catedral e  Amanda Monteiro (Natuba)

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