Nas Malvinas: Festa da Paróquia de Jesus Libertador segue até 24 de novembro

Postado em 17/11/24 às 00:176 minutos de leitura135 views


A Paróquia de Jesus Libertador, localizada no bairro das Malvinas, está em festa desde a noite do dia 15 de novembro. O evento celebra a fé e a comunidade, com atividades que culminarão na Solenidade de Cristo Rei do Universo, no dia 24 de novembro. Na edição deste ano, a paróquia está refletindo o tema: “Jesus Libertador, Nosso Rei e Senhor!".

Na segunda noite de celebração, realizada nesta quinta-feira, 16 de novembro, a paróquia recebeu a visita especial do Bispo Diocesano de Campina Grande, Dom Dulcênio Fontes de Matos. O bispo foi acolhido pelo pároco, Padre Sherminson Phérikllys, pelo diácono permanente Walter e por toda a comunidade de fiéis presentes.

 Na homilia de Dom Dulcênio, o tema trazido, "Os sinais de Deus nos sinais dos tempos", propôs como a Palavra de Deus orienta nossa percepção sobre a transitoriedade do mundo. Para muitos, a ideia do fim dos tempos é aterradora, mas para os cristãos, ela deve ser motivo de esperança. Jesus nos prometeu um lugar junto a Ele, um convite que nos pede o desapego aos bens terrenos e a valorização das realidades eternas, como reafirma o Evangelho: "Não ajunteis para vós tesouros na terra" (Mt 6,19).

“Muitas pessoas, ao serem interpeladas por tal temática, criam uma ojeriza, ficam horrorizadas, temendo a consumação de tudo o que existe sobre a terra. E não é para menos! Fim dos tempos, segunda vinda de Jesus... Tudo o que está ligado a estas ideias, para o cristão, deve ser motivo de alegria, de expectativa: “O Senhor virá. Ele assim prometeu-nos: Vinde, Senhor!”. O fato de o Senhor vir a nós, destruir toda esta opressão presente nesta terra de exílio, de passagem, e levar-nos para junto de Si, recapitulando-nos Consigo, em Sua Glória, é a verdade que nos faz enojados do que é transitório, efêmero, trivial, ao tempo em que nos faz ansiar pelo que é verdadeiro, perene, eterno, consumação do que somos”, pregou.

Ainda de acordo com a homilia pregada por Dom Dulcênio, a esperança cristã não é fuga da realidade, mas um chamado à vivência plena da fé no cotidiano. Enquanto peregrinamos neste mundo, somos convidados a agir com responsabilidade, buscando manifestar o Reino de Deus em nossos atos. O Senhor – continuou explicando – não nos pede para ignorar a vida presente, mas para vivê-la com os olhos fixos na eternidade. Esse equilíbrio, entre o "já" e o "ainda não", é essencial: devemos reconhecer que Deus se revela até nos momentos de sofrimento, como lembrou Bento XVI em Auschwitz, destacando que até no silêncio de Deus há um convite à confiança e à ação em prol dos mais necessitados.

“Interessante é que, nas linhas do Evangelho, temos como sinais da chegada da Parusia (em grego, parusia designa realidade próxima, que está para acontecer, iminente) o abalo das forças cósmicas. Este dado é visto, desde há muito pelos profetas, como descrição das potentes intervenções de Deus na história. Deus continua falando-nos. Não Se revelando, pois já o fizera por completo ao longo da história da Salvação, em Cristo e no Espírito Santo, mas fala-nos acerca da Sua presença ao nosso lado. Esta é uma lição que devemos tirar para a nossa vida: Deus está onde aparentemente não está. Lembro-me de uma interrogação que o Santo Padre Bento XVI fez quando de sua visita apostólica a Polônia. Ao entrar no campo de concentração em Auschiwitz, indagou: “Onde estava Deus?”. Assim, percebemos que as ocasiões de destruição, miséria e dor podem ser momentos de forte fala de Deus, inclusive quando essas intempéries acontecem dentro de nós. A mensagem de Deus é silenciosa, mas certeira”, refletiu.

O bispo ainda lembrou que todos somos convidados a ver nos pobres e sofredores os verdadeiros sinais dos tempos. O Dia Mundial dos Pobres, ensinou, nos desafia a responder a esse chamado com ações concretas. “Nos pobres vejamos os sinais dos tempos abreviados para que façamos o bem, a justiça, promovendo a caridade; nos sofredores, vejamos os sinais do próprio Deus, como nos solicita este Dia Mundial do Pobre”.

Por fim, reiterou a ideia da esperança Cristã ao dizer que a Igreja, como Esposa de Cristo, vive na expectativa da volta do Senhor, clamando em cada Eucaristia: "Vem, Senhor Jesus!": “Somos o povo da espera pelo Senhor. A sua vinda encher-nos-á de alegria profunda. Somos firmados na promessa, no seu cumprimento e na expectativa futura: o Cristo nos veio e salvou-nos; o Cristo virá e nos levará consigo: nunca nos descuidemos desta bendita esperança”, findou.

Por: Ascom
Fotos: Pascom Paroquial 

Imagem da notíciaImagem da notíciaImagem da notíciaImagem da notíciaImagem da notíciaImagem da notíciaImagem da notíciaImagem da notíciaImagem da notíciaImagem da notíciaImagem da notíciaImagem da notíciaImagem da notíciaImagem da notíciaImagem da notíciaImagem da notíciaImagem da notíciaImagem da notícia

Comentários (0)