Bispo preside Missa e Crisma na Paróquia de Nossa Senhora Aparecida
Na noite deste sábado, 09 de novembro, a Igreja Matriz de
Nossa Senhora Aparecida, localizada no bairro do Médice, em Campina Grande-PB, registrou
mais um momento significativo com a Crisma de jovens e adultos da Paróquia. A
celebração, presidida por Dom Dulcênio Fontes de Matos, Bispo Diocesano de
Campina Grande, contou com a concelebração dos padres da Paróquia, o Pároco,
Padre Dênis, acolheu o Pastor Diocesano bem como todos os presente. A Missa,
que seguiu a liturgia do XXXII Domingo do Tempo Comum, reuniu um grande número
de fiéis, e a igreja estava completamente lotada.
Na homilia de Dom Dulcênio, ele nos convida a refletir sobre
a doação de nossa vida e de tudo o que temos a Deus. Inicialmente refletiu
sobre a vida como um presente de Deus, e nossa resposta a esse dom deve ser uma
entrega generosa e disposta à Sua vontade. Assim como São Francisco de Assis,
que ofereceu o melhor de si ao serviço de Deus, a nossa vida deve ser dedicada
a Ele, como um ato de fé e renúncia.
Destacou também as duas viúvas que, na Liturgia, mostram o
verdadeiro espírito de doação, dando a Deus tudo o que tinham, mesmo em sua
pobreza. A atitude de dar o melhor, sem reservas, é vista em diversos exemplos
bíblicos, como o sacrifício de Abel, que agradou a Deus. São Paulo nos lembra
que Deus ama quem dá com alegria, sem lamentações ou obrigações, confiando na
promessa de uma felicidade eterna.
“Na sua penúria, o ‘Pobrezinho de Assis’, São Francisco,
dizia que o melhor, o mais digno, deveria ser posto ao serviço de Deus. Na
Liturgia da Palavra de hoje, o exemplo de duas viúvas que não se negaram a dar
o que, essencialmente, tinham para Aquele que de nada carece: Deus”, disse.
Continuou: “Deus ama a quem dá com alegria” (2 Cor 9,7). E,
mediante esta alusão, São Paulo esclarece como deve estar o interior daquele
que dá a Deus: sem tristeza, sem murmurações, sem constrangimentos, como se
fosse uma obrigação enfadonha… na confiança. Percebam que as viúvas
apresentadas hoje não reclamam, apenas dão e confiam. Deus, na exigência do Seu
amor, pede-nos a vida”.
A doação autêntica de Jesus Cristo, conforme explicou, é um
sacrifício de amor que gera vida, capaz de nos ensinar que a verdadeira entrega
é livre de vaidade e busca por reconhecimento; diferentemente dos doutores da
Lei que, em sua aparente religiosidade, buscam honra pessoal às custas dos
pobres, como as viúvas que exploram, em vez de ajudar.
“A entrega de Jesus, o Filho dado pelo Pai à humanidade no
Espírito Santo, é propícia à salvação. A Sua doação é promotora de vida. Não é
marcada pela neutralidade da aridez, tampouco pelo negativo de frutos
produzidos por vanglória, porque é uma entrega autêntica, e não aparente,
sorrateira, como a que o Senhor recrimina nos doutores da Lei”, pregou.
O Bispo lembrou ainda da importância das Obras de
Misericórdia, como dar de comer ao faminto ou abrigar o necessitado, como uma
forma de dar a Deus não o que sobra, mas o que nos faz falta. Também, a
contribuição regular para a Igreja, como o Dízimo, é uma maneira concreta de
demonstrar nossa fé e gratidão, oferecendo o que é essencial, assim como a
viúva que deu sua última moeda no templo, confiando plenamente na providência
de Deus.
“O que damos a Deus? Se Lhe damos, oferecemos o que é
acessório ou o essencial? Ao lado do grandíssimo dom de nossa existência,
ponhamos ao dispor de Deus também os nossos bens, sempre confiando em Sua
Providência. Se tudo vem Dele, porque não O devolvermos, generosamente, nas
situações em que Se faz presente: na Igreja e nos pobres, especialmente?”, concluiu.
Por: Ascom
Fotos: Pascom Paroquial