Neste domingo, 3 de novembro, a Igreja no Brasil celebrou a Solenidade de Todos os Santos e na Catedral de Campina Grande, a tradicional Missa do Lar, reuniu fiéis para este momento de fé e reflexão sobre a santidade, um chamado de Deus para todos. A Missa do Lar foi presidida por Dom Dulcênio Fontes de Matos, Bispo Diocesano, e contou com a concelebração do Padre Luciano Guedes e do Padre Mercio, além da assistência litúrgica do Diácono Ricardo e dos seminaristas.

Na homilia, o tema central é a vocação à santidade, refletida na celebração de Todos os Santos. O evangelho da Solenidade nos apresenta Jesus que, ao subir ao monte, ensina seus discípulos, destacando que a santidade é o caminho que dá significado à vida diante de Deus. Ele chama a atenção para a importância de nos aproximarmos Dele, reconhecendo que não basta apenas ser parte da multidão.

“Jesus, como Deus, é o Santo; é o Santíssimo. Com tal gestualística de subir ao monte, lugar que designa o encontro com Deus, o Senhor atrai a Si os que O tem como único modelo - porque é o único existente - de santidade. Atraindo a Si os discípulos em detrimento da multidão, Ele ensina, porque nem todos desejam aprender o caminho que realmente faz valer a pena a vida; porque a santidade é o desejo de fazer valer a vida aos olhos de Deus, de Quem a recebemos como dom singular. O Cristo nos atrai a Si. Esta é a jornada para a santidade: ir ao Seu encontro. Muito mais do que atraiu no Monte das Bem-Aventuranças, Ele nos atrai Crucificado e Ressuscitado; atrai-nos porque todos devemos olhar para Ele, comprometendo-nos com Ele”, pregou inicialmente.

O bispo falou do Concílio Vaticano II, enfatizando que, ao atrair os discípulos para Si, Cristo nos lembra de nossa vocação ao Céu. A celebração de todos os Santos nos convida a refletir sobre a nossa vida e a importância de agradar a Deus em todas as nossas ações, buscando viver em vigilância e prontidão para o encontro final com Ele.

“Recordados do nobre chamamento que Deus nos faz, celebrar esta Solenidade não é apenas vasculhar a vida de alguns cristãos que passaram por esta terra na correspondência a Deus. Celebrar todos os Santos é nos conscientizarmos de que devemos “agradar a Deus em todas as coisas (cf. 2Cor 5,9) e revestimo-nos da armadura de Deus, para podermos fazer frente às maquinações do diabo e resistir no dia perverso (cf. Ef 6, 11-13)”, enfatizou.

Por fim, o Pastor Diocesano ressaltou que a vocação à santidade é um chamado universal, um critério de felicidade e o meio de validar nossa vida cristã. Os santos são exemplos de como podemos alcançar a união perfeita com Cristo, mesmo em meio às dificuldades da vida. A santidade não é um ideal distante, mas uma realidade acessível a todos: “Nunca nos esqueçamos: a vocação à santidade urge para todos; a vocação à santidade é critério único de felicidade; a vocação à santidade é, por fim, o meio de validez da vida cristã, porque nos assemelha ao próprio Deus!”, findou.

Missa no Convento de São Francisco

Ainda neste domingo, 3 de novembro, no Convento de São Francisco, localizado no bairro da Conceição em Campina Grande, o Bispo Diocesano Dom Dulcênio Fontes de Matos, presidiu a Santa Missa, concelebrada pelo Frei Carlos Antônio, Vigário Paroquial. Durante a Missa, o bispo investiu oito novos Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão.

Na homilia pregada no Convento de São Francisco, o tema central girou em torno da santidade como resposta ao chamado de Deus e sua relação intrínseca com a felicidade humana: “Conceituando quem são os santos, poderíamos, de antemão, nos utilizando das palavras dos papas, afirmar que são os amigos de Deus postos ao nosso lado para, com os seus exemplos sobretudo, conduzir os cristãos que marcham para o Céu, inclusive, protegendo-nos como amigos nossos”, disse o bispo.  

Ao continuar com a sua pregação, lembrou que os santos são vistos como amigos de Deus, oferecendo proteção e exemplo aos cristãos que aspiram à salvação, reforçando a ideia de que todos os batizados são convidados a viver essa santidade no presente, não apenas como um ideal para o futuro.

Dom Dulcênio também destacou que a santidade se manifesta na Igreja militante, ou seja, entre aqueles que vivem ao nosso redor e que, por sua conduta, refletem a presença de Deus. Essa chamada à santidade é um convite acessível a todos, e muitos já praticam essa virtude em suas vidas, mesmo diante das dificuldades e tentações do mundo.

“A santidade é uma larga porta aberta para todos os batizados. Não é um projeto para um futuro post-mortem, para o amanhã, mas um plano para já, para agora. E, assim, encontramo-nos com muitos de nós que, já em vida, exalam esta santidade querida por Deus e necessária como resposta à salvação trazida à humanidade pelo Cristo imolado na cruz”, ensinou.

Por fim, o Pastor Diocesano sublinhou que a vivência da santidade é uma antecipação da glória futura que nos aguarda, onde seremos divinizados em Deus. Através das bem-aventuranças, Cristo nos mostra o caminho para a verdadeira felicidade, que só pode ser encontrada em união com Ele.

“A vivência da santidade neste mundo é uma antecipação daquele outro que virá e ao qual ansiamos em todo instante. O que era imaginado apenas para Deus, a santidade, é um sério convite para que nos associemos à divindade. Pela glória dos céus, na plenitude da santidade, seremos divinizados em Deus mesmo. O santo é aquele que deseja, a todo custo, ser feliz, porque felicidade é sinonímia de bem-aventurança”, findou.

Por: Ascom
Fotos: Pascom Paroquial