Missa de Dedicação do Altar e da Igreja Matriz de São João Paulo II e Nossa Senhora de Fátima marca dia histórico para a Diocese

Atualizado em 02/11/24 às 00:4913 minutos de leitura144 views


O dia 1 de novembro de 2024 – será lembrado como um dia histórico para a Paróquia de São João Paulo II e Nossa Senhora de Fátima, localizada no Aluízio Campos, pois foi celebrada a Missa de Dedicação do Altar e da Igreja Matriz, presidida pelo Bispo Diocesano de Campina Grande, Dom Dulcênio Fontes de Matos. A missa foi concelebrada pelo Pároco, Padre Rodolfo Lucena e outros sacerdotes, reunindo uma grandiosa quantidade de fiéis; presentes também diáconos, seminaristas e autoridades civis.

Durante a celebração, Padre Rodolfo acolheu o bispo com entusiasmo, ressaltando a importância da Dedicação para a comunidade, que agora contém as relíquias sagradas de São Luís e Santa Zélia (pais de Santa Teresinha) e as de Santa Teresinha, filha do casal santo, que estão expostas no Altar para a veneração pública. O Pároco também expressou gratidão pela presença dos irmãos no sacerdócio e do povo de Deus, enfatizando que a dedicação do altar transforma a igreja em um local de graça e espiritualidade.

Homilia

A homilia de Dom Dulcênio, nesta missa, refletiu profundamente sobre a importância da Igreja como um lugar sagrado e a relação do cristão com Jesus Cristo. Ele enfatizou que, assim como a Igreja é um edifício dedicado ao culto, a verdadeira essência da Igreja reside em cada um de nós como templos vivos de Deus. Jesus, apresentado no Evangelho de São João como a "tenda de encontro", é o verdadeiro Templo que permanece no meio do povo, guiando todos em direção ao Pai. A Igreja-construção, portanto, simboliza essa presença contínua de Cristo, oferecendo um espaço onde os fiéis podem encontrar Deus de maneira mais acessível.

“Jesus é o verdadeiro Templo de Deus, que permanece definitivamente no meio do seu povo. A Igreja-Construção é um sinal dessa presença do Senhor Ressuscitado que escolheu morar em nosso meio para orientar a nossa vida rumo a Deus. A partir da Encarnação, é através de Jesus que acontece o encontro entre Deus e os seus filhos, em qualquer situação da vida que estes estejam”, disse.

Dom Dulcênio também destacou a responsabilidade da comunidade cristã em ser a Igreja-viva, não apenas um edifício, mas um sinal do Reino de Deus na Terra. Ele cita a visão de Ezequiel, que retrata a Igreja como uma fonte de vida, sugerindo que a missão dos cristãos é encarnar os princípios do Evangelho e promover a libertação espiritual.

“A lembrança da Igreja-edifício nos leva a refletir sobre a responsabilidade de sermos a igreja-viva, sinal e instrumento do Reino de Deus na história. A comunidade cristã torna-se o Templo de Deus à proporção que encarna seu papel de ser geradora de vida para a humanidade. A Igreja é um lugar consagrado a Deus, onde a assembleia dos fiéis se reúne para adorar o Senhor, invocá-lo e alcançar d’Ele as graças necessárias a uma vida cristã. Deus está em toda parte, mas nós O encontramos mais facilmente na Igreja, casa de oração. Por isso construímos igrejas. Na Igreja oferecemos o sacrifício, recebemos a instituição religiosa, ouvimos a Palavra de Deus, recebemos a graça pelos sacramentos; nela, nascemos espiritualmente, para viver eternamente com Cristo em Deus”, disse.

Além disso, o bispo falou da necessidade de os fiéis cuidarem de si mesmos como templos de Deus, evitando a profanação através de ações más. Dom Dulcênio convidou todo povo a refletir sobre a pureza de suas vidas, ressaltando que cada cristão é um altar espiritual onde se oferece a Deus o sacrifício de uma vida santa. Ele menciona as vozes de santos da Igreja que ressaltam essa ideia, reforçando que o coração do justo é um altar de Deus, onde as boas obras devem brilhar para glorificar o Senhor.

“Realmente, Deus se dignou fazer de nós templos seu. Por isso, caríssimos, ao nos alegrarmos com a dedicação deste templo, procuremos nos esforçar para que jamais se destrua, pelas más obras, o templo de Deus que somos nós. “Brilhem em ti as boas obras, para que os homens glorifiquem a Deus”.

Por fim, ele lembra da importância do Altar da Igreja, que representa a mesa do sacrifício e do banquete. O Altar não é apenas um lugar físico, mas um símbolo da unidade dos fiéis em Cristo, que se reúnem para celebrar a Eucaristia. Assim, cada missa se torna uma oportunidade de dar graças e receber o Corpo e o Sangue de Cristo, fortalecendo a comunhão dos fiéis com Deus e uns com os outros.

“Irmãos, estão precisando de paz? Venham à Igreja. Estão querendo agradecer por uma graça? Venham à Igreja. Estão desanimados? Venham à Igreja. Participar dos sacramentos? Venham à Igreja... Deus aceita as orações feitas nesta igreja. Ele as ouve com bondade e clemência, e derrama sobre todos, a sua bênção! Aqui está prometido de se obter tudo o que se pede com fé e com amor por Cristo e Nossa Senhora de Fátima e São João Paulo II”, findou.

Ao final da Missa, o Padre Rodolfo homenageou o Monsenhor Antônio Apolinário, Decano do Clero Diocesano dizendo inspirar-se em seu sacerdócio, bem como agradeceu ao Bispo por todo apoio, oração e missão junto ao povo do Aluísio Campos.  

Sobre o Rito de Dedicação

O rito de dedicação, que tem raízes na tradição judaico-cristã, inclui a unção do altar com óleo do Crisma, representando a consagração do espaço a Deus. A cerimônia também inclui a incensação do altar e do povo, reforçando o caráter sagrado do local. A Dedicação da igreja é um rito antigo que reforça a importância do espaço sagrado, que agora está plenamente consagrado e pronto para acolher os fiéis

Sobre a Paróquia

A Paróquia de São João Paulo II e Nossa Senhora de Fátima foi criada em 18 de maio de 2019 e instalada em 13 de maio de 2021, surgindo em um contexto urbano, com sua Matriz construída junto ao conjunto habitacional Aluízio Campos. A primeira missa na comunidade foi celebrada no Natal de 2019, e a primeira na Igreja Matriz ocorreu em 17 de julho de 2020.

Por: Ascom
Fotos: Pascom Diocesana 

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