Na cidade de Prata, na Paraíba, a comunidade paroquial celebrou com grande alegria, na noite desta quarta-feira, 23, a missa presidida por Dom Dulcênio, em preparação à Festa de Nossa Senhora do Rosário, na forania Cariri II. O evento reuniu um grande número de fiéis, que lotaram as dependências da Igreja Matriz. O Pároco, Padre Gustavo Ferreira, recebeu o Pastor Diocesano com entusiasmo, expressando sua felicidade pela presença do Reverendíssimo Senhor Bispo. A celebração foi também concelebrada pelo Padre Fabiano Cruz que foi apresentado como o novo Vigário Paroquial.

Em sua homilia, o prelado destacou a importância da presença de Maria na vida da Igreja e na história da salvação. Ele refletiu sobre a primeira leitura dos Atos dos Apóstolos, onde os Apóstolos se reúnem em oração após a Ascensão de Jesus, aguardando a vinda do Espírito Santo. Essa espera é acompanhada pela presença de Maria, simboliza a união e a concordância entre os primeiros cristãos.

“O autor dos Atos dos Apóstolos, São Lucas deve ter tido suas razões para destacar Maria, Mãe de Jesus, e os irmãos de Jesus (os parentes), por que são os que “ouvem a palavra de Deus e a põe em prática”. Outra razão é traçar um paralelo entre o papel de Maria no nascimento de Jesus e a presença dela na origem da Igreja, em Pentecostes quando Espírito descer sobre ela de uma nova maneira”, instruiu.

Adiante, Dom Dulcênio sublinhou o papel fundamental de Maria, não apenas como Mãe de Jesus, mas como figura central na origem da Igreja, especialmente em Pentecostes, também abordou a prática da oração do Santo Terço e do Rosário, enfatizando que essas orações são bíblicas e refletem a gratidão e a alegria por Maria, que é chamada “cheia de graça” pelo anjo Gabriel. Essa plenitude de graça, segundo ele, é um dom que deve inspirar os fiéis a buscarem a própria santidade e a cumprirem suas missões com dedicação.

“Amados irmãos, está no coração do nosso povo a reza do Santo Terço e do Santo Rosário, que aliás, a reza do terço/Rosário é bíblico. O Anjo saudou Maria; “Ave, cheia de graças, o Senhor é contigo. Em vez de usar o costumeiro “Ave” ou “salve” preferimos traduzir por “alegrai-nos” ou “jubilai-vos”, que empregamos no “Deus vos salve, Maria...”, disse

E continuou: “Os “ave” ou “salve” têm um sentido muito latino, mas que melhor fica em português, em nossa língua, é “alegrai-vos” ou “parabéns”. A plenitude de graça que encontramos em Maria Santíssima conceder-nos-á quantas graças necessitamos para cumprirmos a missão que a Divina Providência nos tenha atribuído durante nossa vida. É isso mesmo, nosso esforço por aumentar continuamente a graça tem de ser permanente e contínuo”.

Ao final, Dom Dulcênio conclamou todos a adotarem essa atitude de entrega e humildade, lembrando que a oração deve ser um meio de se alinhar ao plano de salvação que Deus tem para cada um. Em suma a reflexão do bispo, não apenas venerou Maria, mas também convocou os fiéis a uma vivência mais profunda da fé cristã, inspirando-se no exemplo da Mãe de Jesus.

“Se quisermos atrair os olhares de Deus, pratiquemos a humildade. A humildade de Maria levou-a a aceitar incondicionalmente a vontade de Deus, mesmo considerando-se indigna de ser a Mãe de Deus: Faça-se em mim segundo a tua palavra” (V 38), cumpra-se em mim tua vontade, realiza-se em mim o plano que tens para a salvação do mundo. É este o verdadeiro modelo de nossa oração, na qual mais que pedir a Deus que faça nossa vontade, temos de oferecer-nos para que o Senhor realize em nós seu plano de salvação e santificação”, findou.

Por: Ascom
Fotos: Pascom Paroquial