Diocese de Campina Grande realiza a sua 43ª Assembleia Diocesana de Pastoral
A Diocese de Campina Grande deu início à sua 43ª Assembleia
Diocesana de Pastoral nesta sexta-feira, 18 de outubro, no Centro Diocesano Dom
Luís Gonzaga Fernandes. O evento reúne mais de 200 participantes, entre
clérigos e leigos, sob o tema "Por uma Espiritualidade de Comunhão na
Práxis Evangelizadora". A assembleia tem como foco a importância da união
e a colaboração na missão pastoral da Igreja.
A abertura do evento foi marcada pela Oração da Hora Média,
seguida pelo discurso do Bispo Diocesano, Dom Dulcênio Fontes de Matos. Em sua
fala, o bispo destacou a relevância da espiritualidade diocesana e a
necessidade de unidade entre os cristãos, afirmando que essa unidade é
fundamental para a eficácia da missão cristã. Ele enfatizou que a Igreja deve
conduzir o "mundo" a uma verdadeira relação com Deus, afastando-o da
alienação e do pecado.
Dom Dulcênio também convidou todos a uma reflexão profunda
sobre a oração, ressaltando que a comunhão nasce da escuta ao Espírito e que a
Diocese, com seus 75 anos de história, é um verdadeiro espaço de Aliança.
"Estamos construindo uma verdadeira Galileia", concluiu, chamando
todos a permanecerem em comunhão.
Após a abertura, o Padre Alexandre Moreira, da Coordenação de
Pastoral, deu as boas-vindas a todos e abriu espaço para o Vigário Geral da
Diocese, Padre Luciano Guedes que introduziu um material sobre as atividades
jubilares, agradecendo o empenho dos padres nas iniciativas. Padre Luciano
apresentou um material fotográfico a agradeceu prontamente todo empenho do Bispo,
primeiro motivador, e a todos que se empenharam na realização do jubileu. Logo em
seguida, o Padre Marcos Souza apresentou uma síntese do Ano Pastoral da Missão,
destacando as visitas às foranias e paróquias para formações.
A programação continuou com a primeira conferência ministrada
pelos Padre Paulo Sérgio, que abordou o tema: "O que conversavam pelo
caminho?" (Lc 24,17). Ao trabalhar seu material, o sacerdote falou sobre a
sinodalidade, discernimento e a essência da espiritualidade cristã, enfatizando
que a sinodalidade deve ser uma prática histórica e inclusiva, refletindo o
desejo de escuta entre os membros da Igreja.
Foi abordado ainda, o "sonho da igreja do Papa
Francisco", que diz respeito a uma visão de uma comunidade eclesial que
caminha unida e acolhe a todos. A sinodalidade foi apresentada não apenas como
um conceito teológico, mas como uma prática histórica que remonta aos primeiros
séculos do cristianismo. O sínodo atual, segundo o Padre Paulo, não se limita a
ser um evento, mas sim um convite para que todos os membros da Igreja
contribuam com suas vozes e experiências, refletindo um desejo de escuta e
inclusão.
No turno vespertino, o Pe. José Marcondes refletiu sobre os
paradigmas do discipulado, destacando a importância da unidade e diversidade
dentro da Igreja. Ele citou a carta de São Paulo, enfatizando que a verdadeira
unidade é uma dádiva do Espírito Santo, enquanto o Diácono Humberto Carneiro
apresentou a Igreja como uma família, ressaltando a importância da acolhida e
da partilha na vivência da fé.
O dia foi encerrado com uma Santa Missa celebrada por Dom
Dulcênio em homenagem a São Lucas Evangelista. O bispo destacou a importância do
médico São Lucas, venerado pela tradição cristã como autor do Evangelho Lucano
e dos Atos dos Apóstolos.
Dom Dulcênio enfatizou que as dificuldades enfrentadas em sua
vida foram superadas com a ajuda de Cristo. Ele ressaltou a importância da
autêntica comunhão, onde um sente a dor e as alegrias do outro.
Referindo-se à relação de Lucas com Paulo, Dom Dulcênio
destacou Lucas como um grande conselheiro, simbolizando a verdadeira comunhão.
Ele lembrou a lição de São Paulo: "quem planta, colhe", reforçando
que a pregação da verdade pode causar desconforto, mas é essencial.
O tema do Evangelho de Lucas foi também abordado, com foco na
vocação. Dom Dulcênio mencionou a preocupação do Papa Francisco com as
vocações, citando a Amazônia como um exemplo. Ele enfatizou a necessidade de
evangelização em todas as circunstâncias.
Na Diocese, o bispo afirmou que Deus está mostrando o
caminho, e todos estão comprometidos em trabalhar pelas vocações. Ele concluiu
com um apelo para que não falte o "vinho da alegria vocacional" e
expressou sua preocupação tanto com o presente quanto com o futuro.
A Assembleia segue com sua programação, buscando fortalecer a espiritualidade de comunhão entre os fiéis e aprofundar a prática evangelizadora na Diocese.
Por: Ascom
Fotos: Pascom Diocesana (Aline Tenório, Ryan Caio e João Pedro)